sábado, 2 de maio de 2009

Parabólica

Dez tipos de crime crescem
em SP, indica secretaria

Pela primeira vez desde 2003, a tendência da criminalidade é de alta em São Paulo. O registro no primeiro trimestre do recorde de roubos da série histórica iniciada em 1995 não é somente um pulso, um desvio na curva, mas a consolidação de uma perspectiva que se desenhava desde o primeiro trimestre de 2008, quando os delitos pararam de cair no Estado. De 14 indicadores de criminalidade divulgados ontem pela Secretaria de Segurança, 10 tiveram aumento. O maior crescimento em relação ao primeiro trimestre de 2008 foi o de latrocínios (36,2%) e a maior queda, a de roubos a banco (13,6%).

O diretor da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da secretaria da segurança Pública, Túlio Kahn, afirmou que vários fatores podem explicar a mudança, entre eles a crise econômica. "Ela ajudou a intensificar o aumento da criminalidade, mas não a explica todo o crescimento", disse. Cada ponto porcentual a mais nos índices de desemprego significa, segundo Kahn, um acréscimo de 5 mil roubos na estatística policial. Outros fatores, como o fim do cumprimento em regime integral fechado para o cumprimento das penas por crimes hediondos e até "um caráter cíclico da criminalidade" teriam influído na mudança.

Os roubos no primeiro trimestre deste ano alcançaram 65.635 casos - o recorde anterior pertencia ao 2º trimestre de 2003 (64.282). Embora o índice tenha crescido em todas as regiões do Estado, o aumento foi maior em Presidente Prudente (76,9%), Bauru (59,7%) e Piracicaba (38,5%). O crescimento na capital foi o menor do Estado (12,6%). Segundo Kahn, excluindo o último trimestre de 2008, quando a greve da Polícia Civil prejudicou o registro de casos, os roubos crescem há três trimestres consecutivos, o que atesta a tendência de alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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