sexta-feira, 1 de maio de 2009

Parabólica

Bloco da Saudade agora é
Patrimônio Imaterial de PE

Carnaval e cinema. Essas duas expressões tão fortes da cena cultural pernambucana dançaram de mãos dadas ao som do frevo de bloco, na noite dessa quarta-feira (29/04), no Palácio do Campo das Princesas. O governador Eduardo Campos sancionou a Lei N.º 956/2009, que eleva o tradicional Bloco da Saudade ao título de Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. Antes disso, recebeu também a visita do cineasta grego Constantim Costa-Gavras - e de outros artistas e diretores que participam da 13º edição do Cine PE.

Para o governador, essa homenagem ao Bloco da Saudade, que tem 35 anos, é “mais do que justa, porque essa agremiação foi uma verdadeira resistência do carnaval original pernambucano, do nosso frevo. Isso num tempo duro, em que a nossa cultura não era valorizada. Faltava liberdade no Brasil e muitos artistas eram perseguidos. O bloco foi o início de uma trincheira de resistência”, afirmou. Eduardo Campos ressaltou ainda que a iniciativa dos seus fundadores, entre eles Edgard Moraes e Zoca Madureira, estimulou uns e “ressuscitou” outros na defesa da cultura pernambucana. “A expressão cultural estava sendo boicotada pela censura.
Mas o Bloco da Saudade, com sua força, permitiu, inclusive, o ressurgimento de outros blocos mais antigos, que haviam desaparecido”, explicou o governador.

A ideia de conceder o título de Patrimônio Imaterial ao Bloco da Saudade partiu do deputado estadual Antonio Moraes e foi aprovada por unanimidade. Coube ao professor Amílcar Bezerra representar os componentes da agremiação na solenidade. Ao final, os quase 30 componentes que estiveram na cerimônia cantaram o hino do bloco, “Valores do Passado”, e o “Último Regresso”, para alegria dos presentes.

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