domingo, 13 de setembro de 2009

Poesias

Frevar Olinda

Olha moçada,
é madrugada,
sai da calçada,
vem pra rua,
olha que lua,
escuta o frevo,
vamos frevar.

Apesar de tudo,
vamos cantar,
não fique mudo,
nada de choro,
é hora de sonho,
de brincadeiras,
até de namoro.

A esperança é linda,
ela não finda,
vamos frevar,
viver a vida,
cantar (frevar) Olinda.

21.02.03



O Canto do Galo

Que canto é esse,
que sacode a multidão?
Que canto é esse,
que mexe com o coração
e que acorda o Recife?

É o canto do Galo,
é o som da Madrugada,
é o canto do Galo,
do Galo da Madrugada.

É o canto e o encanto
de gente nas ruas, ruas de gente,
mar de frevo, frevo da gente,
frevo do Galo.

16.02.07


Morro

Morro,
De mulatas belas
Que remexem as cadeiras e
Comprovam que só elas
Com graça e perícia
Dançam um samba de amor,
Cadência e malícia...

Morro,
De gente com fome
De moleques que choram
De alegria que some
Ficando, apenas, um sorriso triste
Para quem a felicidade
Não mais existe...

Morro,
A tua vida é mundana
Cheia de vícios e misérias
A tua luta é insana
O teu progresso é o pandeiro
O teu hino é o samba
Do sambista brasileiro...


Sou arrecifes...

Sou arrecifes,
de pedra esculpida nos
rebentes das ondas do mar
e na força dos ventos.

Sou arrecifes,
de arrebentação
de Sol no rosto
de águas azuis
de gosto de sal
de gente do frevo.

Sou arrecifes,
de pedra esculpida
de pontes rochosas
na sinuosidade
do Rio Capibaribe.

17.09.08

Saudade danada...

Recife,
cadê teus arraiais,
canaviais, mucamas
e sinhazinhas?
- Casa-Grande

Recife,
cadê teu forró,
ciranda, maracatu
e frevo?
- Carnaval

Recife,
cadê teu mar,
pontes, praças
e rios?
- Beberibe e Capibaribe

Recife,
cadê teus boêmios,
bares, batida gelada
e mulheres?
- Poesia

Recife,
não mais te encontro
e sinto uma saudade
danada...

03.04.09

Nenhum comentário:

Postar um comentário