segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Parabólica

Timbu também recebe homenagens momescas

Sílvia Leitão - Folha de Pernambuco - Grande Recife - 16.02.09

Vestidos em branco e vermelho, nem parecia que aqueles foliões estavam longe dos Aflitos. A rua Luís Inácio Pessoa de Melo, em Setúbal, ontem à tarde, estava tomada pelos alvirrubros, que anteciparam o Carnaval no primeiro ano do bloco Timbus de Boa Viagem. Ao som da Manhattan Frevo Orquestra, o grupo de 200 pessoas, que se concentrou em frente ao reduto dos torcedores do Clube Náutico Capibaribe na Zona Sul recifense, o Bar do Seu Lunga, mostrou como se pode cair nos festejos de Momo com tranquilidade.

O analista de sistemas Fernando Veloso, de 35 anos, que o diga. Ao lado da esposa Mirella, ele pôde se divertir à vontade com os filhos João Vítor e Guilherme, ainda levando o sobrinho Luiz Felipe. Morador das redondezas, o fã do Náutico aprovou a primeira saída do bloco. Normalmente a gente evita brincar Carnaval na cidade por causa da violência, mas aqui é só brincadeira, que acompanha o ritmo de todos, sem pressa”, disse. E já que a festa é democrática, por entre tantos alvirrubros, havia quem tivesse outras preferências. “Sou rubro-negra, vim convidada por amigos, mas acho importante para exercitar a tolerância, pois o que vale mesmo é a diversão”, confessou a psicóloga Cláudia Valença, de 40 anos.

Reunindo professores, médicos, engenheiros, poetas, repentistas e comunicadores, a intenção da diretoria dos Timbus de Boa Viagem é estender as atividades do grupo por todo o ano. Presidente e fundador do bloco, o colunista da Folha, jornalista e poeta Robson Sampaio, adiantou que o projeto é transformá-lo em uma confraria. “Apesar de haver muitos alvirrubros nessa área do Recife, não havia um clube que os congregasse. Agora vamos fazer isso. Passado o Carnaval, faremos o São João dos Timbus de Boa Viagem, só para começar”, informou o jornalista.

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