sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Parabólica




Falta policiamento à noite

O leitor Christovam Guerra diz o seguinte: “Meu caro, Robson.
Bati palmas para o governador quando da recriação da Patrulha dos Bairros, que prometia vigilância 24 horas, circulação de centenas de veículos equipados e com moderna tecnologia. Enquanto de dia se observa as viaturas nas ruas, inclusive, na Rua da Imperatriz, esta semana, teve até engarrafamento de viaturas junto a um posto fixo da PM. Mas, à noite, o patrulhamento praticamente desaparece quando seria mais necessário ainda. Conversando “em off” com um PM, ele disse que, de noite, deve reduzir uns 60% a circulação de viaturas nos bairros. Entendo que a vigilância ostensiva deve ser 24 horas com a mesma intensidade, pois de noite também tem assaltos a pedestres, sequestros relâmpagos, arrombamentos de lojas e residências, assaltos na frente de prédios na chegada e saída de moradores, seja no Centro da Cidade ou nos bairros da periferia. Outro ponto que chama atenção é a velocidade das viaturas, pois passam tão rápidas que os policiais não podem ver, com detalhes, o que ocorre nas ruas”.




R/2 - A Associação dos Oficiais da Reserva do Exército (AORE), o Comando do CPOR-Recife e a Rapidão Cometa, recentemente adquirida pela americana FedEx, firmaram parceria para intensificar o recrutamento e a seleção de oficiais R/2 ao Programa de Trainee e de Engenheiros Operacionais da multinacional. Inclui palestras de preparação ao mercado e ministradas pela empresa. Inscrições até o dia 18 e informações www.sejaumrapidao.com.br/trainee e www.sejaumrapidao.com.br/ engenheiros.



Ratos e muriçocas...


Virgílio José de Oliveira, morador da 5ª Etapa de Rio Doce, em Olinda, denuncia o estado deplorável em que, mais uma vez, se encontra o Canal da Avenida Colibri naquele bairro. Diz que é um verdadeiro “alojamento” de ratos, baratas, muriçocas, mato, etc, e que as residências da comunidade estão sendo literalmente invadidas por esses “indesejáveis visitantes”. E todos transmissores de toda a sorte de doenças, a exemplo de leptospirose, filariose e por aí vai.



...baratas e mato


“Espero que a Prefeitura de Olinda cumpra com a sua obrigação para com os moradores da 5ª. Etapa de Rio Doce, promovendo urgentemente a limpeza do referido canal. Os moradores já não aguentam mais tanta bronca”, afirma Virgílio.



Esgotos

O jornalista José Neves denuncia que, na Avenida Herculano Bandeira, entre o portal do Polo Pina e o posto de combustível, tem uns dois canos de esgoto estourados. “Um local que abriga vários restaurantes. É lamentável”, diz José Neves.




Um inferno!

Leitores voltam a reclamar dos constantes engarrafamentos, nos horários de picos, no trecho entre a Rua Quarenta e Oito, no Espinheiro, e a Avenida Norte.Segundo eles, é um verdadeiro inferno e não se vê um agente da CTU.




Taborda - O X Concurso de Artes Plásticas Campina do Taborda 2012 será, no Forte do Brum, no dia 21. Recebem a Medalha do Mérito Fernandes Vieira: o historiador George Cabral, o advogado João Gaspar e o diretor teatro Manoel Constantino.


Turismo - A Fafire oferece o Curso de Especialização em Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, com ênfase no Turismo e Meio Ambiente. Inscrições: 2122.3529/ 3530 e http://posgraduacao.fafire.br.


Fisioterapia - Sábado, acontece o I Simpósio de Fisioterapia, da Faculdade dos Guararapes, para profissionais e estudantes da área. Inscrições: 3461.5555 e dafisfg@gmail.com.




Educação - O Curso Papel da Família na Educação Escolar de Crianças e Jovens terá o seu segundo dia de atividades, amanhã, na Fafire, das 9h às 12h. Inscrições: (81) 9648.2135 e 3081.8188.


Papai Noel já recebe cartas

As cartas endereçadas ao “Bom Velhinho” já estão sendo recebidas pelos Correios. Realizada há mais de duas décadas, a Campanha Papai Noel dos Correios pretende, neste ano, distribuir cerca de sete mil presentes. O foco da campanha é atender crianças, com até dez anos de idade, e que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Vale salientar que é muito importante a participação da sociedade, com o apadrinhamento das cartas, onde você lê os pedidos das crianças e compra os brinquedos desejados para o Natal. A partir do próximo dia 21, o tradicional painel de pedidos estará montado, na Agência Central dos Correios no Recife, na Avenida Guararapes, 250, no Bairro de Santo Antônio, Centro do Recife e, também, em cidades do Interior. As informações podem ser obtidas pelos telefones 3003-0100 (para o Recife e a Região Metropolitana do Recife) e 0800-725-7282 (para os demais municípios de Pernambuco). Vamos colaborar e ser solidários, pois o sorriso de uma criança vale a pena, companheiros.

Sífilis - George Trigueiro, diretor do Hospital Albert Sabin, encabeçando Projeto de Erradicação da Sífilis Congênita, no Distrito Sanitário I, da Boa Vista, e desenvolvido no Rotary Club do Recife daquele bairro. No Recife, no período de 2001 a 2008, foram notificados à Secretaria Municipal de Saúde cerca de 1.600 e mais da metade poderia ter sido evitado com o diagnóstico precoce e tratamento. O projeto será apresentado, em breve, à Prefeitura do Recife para possível parceria.


Remendos mal feitos

Leitores denunciam que, no Espinheiro, várias ruas estão com buracos e, muitas delas, com bocas de lobo destampadas. Outros problemas, relatados por eles, são os remendos mal feitos e que se transformam em verdadeiras lombadas.



Insuportável

Ninguém suporta mais os buracos, na Rua Sá e Souza, em Boa Viagem, no trecho que vai do terminal de ônibus até o sinal com a Rua Barão de Sousa Leão. Além de danificar os carros, os motoristas correm sérios riscos de acidentes.



ABC


Prognóstico do leitor Cláudio Melo, de Olinda: “Baseado na música ABC do Sertão, de Luiz Gonzaga, no próximo ano, teremos também o ABC do Futebol Pernambucano: Náutico ( Série A), Sport (B), Santa Cruz (C) e, de “quebra”, Salgueiro (D).



Fliporto - Alexandre Santos, presidente da União Brasileira dos Escritores, já fechou a programação da tradicional Casa da UBE na Fliporto, amanhã e domingo, no Sítio de “Seu” Reis, no Parque do Carmo, em Olinda.


Frevo - A Livraria Jaqueira recebe, amanhã, às 17h, a aula-espetáculo “Fervo, Frevo”, com a atriz-pesquisadora Viviane Souto Maior e Gil e Lucélia, do Grupo Guerreiros do Passo. Informações: http://viviver.blogspot.com.


Endodontia - A Faculdade de Odontologia do Recife abriu vagas para o Curso Endodontia: do Diagnóstico à Cirurgia, que será realizado no dia 30. Tels: (81) 3221-3325 e (81) 3037-3325.



Frases & Minipoemas


O meu quarto livro - Frases & Minipoemas - está à venda, por 20 pratas, no Restaurante Dom Pedro, na Rua do Imperador, em frente ao Arquivo Público Estadual, no Bairro de Santo Antônio. Quem se interessar, pode procurar Nivaldo. Ou encomendar pelo e-mail rsampaioblog@gmail.com.



POESIAS

Sou arrecifes...

Robson Sampaio

Sou arrecifes,
de pedra esculpida nos
rebentes das ondas do mar
e na força dos ventos.

Sou arrecifes,
de arrebentação
de Sol no rosto
de águas azuis
de gosto de sal
de gente do frevo.

Sou arrecifes,
de pedra esculpida
de pontes rochosas
na sinuosidade
do Rio Capibaribe.


Dor é dor...
Robson Sampaio

Dor não se mede
Dor não se compara
Dor é dor..

Dor da saudade
Dor do amor
Dor da fome
Dor do parto
Dor da vida
Dor da dor...

Dor se sofre
Dor se cura
Dor é dor...


Recifense...
Robson Sampaio

Nas águas eternas do Rio Capibaribe,
naveguei sonhos e derramei lágrimas
de tristezas e de alegrias.

Nas ondas salgadas da Praia de Boa Viagem,
molhei o corpo e purifiquei a alma.

Nas pontes históricas do Recife,
forjei o destino e percorri as trilhas
da vida.

E, só assim, me tornei recifense...


Mamulengo?
Robson Sampaio

A alma fora do corpo,
a carne feita em pedaços
triturada em vários braços
e o corpo fora da alma.
O preço do desapreço
transforma a dor em lamentos
e a vida não vale nada.
A alma fora do corpo
e o corpo fora da alma.
Os sussurros são fingimentos
de um prazer sem sentimentos,
a face talhada em dor
pela indiferença da gente.
A alma fora do corpo
tal qual um mamulengo...


Os invisíveis...
Robson Sampaio

Menino dos olhos
grandes e olhar vazio,
a mão no queixo
e o semblante triste.
É a dor da vida,
da indiferença
e do desamor.

A alma ferida,
as entranhas doídas,
a fome amarga
e o coração de pedra.
É a dor da vida,
da indiferença
e do desamor.
São os invisíveis!


O Recife
Robson Sampaio


O Recife não é uma aldeia.
- O Recife é um estado de ser...
Suas luzes, naturais ou artificiais,
não são luzes e, sim, o alumiar
dos teus olhos.

Reflexos de todos nós,
recifenses ou arrecifensados,
onde as luzes não são luzes,
mas olhos debruçados sobre
o Capibaribe, um traço indivisível
de ser o Recife...


As rosas...
Robson Sampaio

No jardim, as doze
rosas vermelhas.
E uma delas, murcha!
As demais:
O olhar
O piscar de olho
O sorriso,
As mãos dadas
O primeiro beijo
A paixão
A primeira vez
As outras tantas vezes
A vida a dois
A vida feliz
A vida infeliz
A rosa murcha...


Ah, infeliz espera... -
Robson Sampaio

Espera. Ah, infeliz espera...
Para não dividir os minutos
Só calculei os segundos
Soma do daqui há pouco
Demora de meia-hora
Instantes intermináveis
Horas e horas de angústia...

Espera. Ah, infeliz espera...
Épocas de desassossego
Multiplicador de desespero
Sem fim de sofrimento
Subtração do amor
Tempo perdido da dor
Vontade de ser eterno
Para esperas de sempre...



Recife (Noturno)
Robson Sampaio


Só gosto de ti à noite,
quando os abstêmios dormem
e os boêmios saem às ruas
em busca do nada.

Só gosto de ti à noite,
quando batem lembranças
de amor e de sonhos perdidos
no tempo.

Só gosto de ti à noite,
quando me debruço sobre
o Rio Capibaribe e, assim, consigo
ver a minha alma e a chorar
a dor do mundo.

Só gosto de ti à noite,
quando pertences por inteiro
aos boêmios, vagabundos
e poetas.


Vou “m’imbora pro” Recife...
Robson Sampaio

Vou “m’imbora pro” Recife
do mar, das jangadas, das redes,
dos pescadores, dos peixes, do caçuá,
dos mangues, das ostras, dos siris,
dos caranguejos e da minha gente...

Vou “m’imbora pro” Recife
dos caboclinhos, da ciranda,
do maracatu, do baque-virado,
do Galo da Madrugada,
do Homem da Meia-Noite,
do frevo e dos meus foliões...

Vou “m’imbora pro” Recife
dos arrecifes, das pontes, dos becos,
das travessas, dos bares, dos botecos,
dos boêmios, da lua, das estrelas, do vento,
do sol, dos meus sonhos, da minha sina e
do meu Capibaribe...

Eu vou “m’imbora pro” Recife e
vou “m’imbora pra” mim mesmo!


Corpo e Alma...
Robson Sampaio


A explosão de fogo,
no clarão do morteiro certeiro,
dilacerou a carne divina,
mas, não matou a minha
convicção na paz.

Apenas exibiu a insanidade
bélica dos homens: pobres
mortais, pobres incrédulos.

Porém, o dom sagrado
da vida, dado por Deus,
nem é só corpo nem é só alma;
e, sim, corpo inteiro,
esculpido em matéria e luz.
Sangue de Jesus...



Filhos da Caatinga

Robson Sampaio

Ôxente, meu fio,
cadê o boi no cercado
e toda aquela plantação?
Foi embora no vento,
sumiu tudo no céu,
feito ave de arribação.
Agora, é só terra em brasas,
ardendo que nem tição.

Do gado só as cabeças,
igual assombração.
Feito rio escorregadio,
a terra plantada se foi,
levada no deslize do chão.
Ai, que tamanha judiação.

Inhô, num gema não,
basta de choro e reza,
feitos só de lamentação.
A terra é seca e batida,
igual alma sem alumiação,
mas, de gente com fé no Santo,
indo e vindo, solta pelo Sertão.

São os filhos da Caatinga,
sofrendo toda humilhação.
Mas, briga, mata, esfola ou morre,
mesmo sem ser Lampião.
Ôxente, sêo Capitão,
Virge, Santa Maria,
pra quê ser tão valentão?
Num tem nem quase a vida
e, muito menos, esse chão.

Cruz credo, Ave Maria,
dê-me a benção Padim Ciço,
pois, é só dor no meu Sertão.
Mas, juro meu Santo querido,
que de fome, a gente num morre não.



Boi no laço?
Robson Sampaio


Rebanho no pasto,
boi no laço,
corte inclemente,
fartura na mesa,
só de “oiá”...

Em “riba” do jumento,
só sofrimento,
terra batida,
chuva é miragem,
barriga vazia,
só rapadura,
só lambuzar.

Rebanho no pasto,
boi no laço,
fartura na mesa,
só de “oiá”...

“Óia” a caatinga,
vaqueiro valente,
só boiadeiro.
Cadê, o pasto?
Cadê, o boi?
Penitência e
assombração?


A Cruz do Patrão
Robson Sampaio

Ecoam gritos eternos na
vastidão das noites e do mar.
Gritos de dor lancinante,
tão fortes que trepassam os
arrecifes, as almas e emitem
sons quase selvagens.
São lamentos de negros
sem o sonho da liberdade,
feridos de saudades e de morte.
Submissos à espera do senhorio
estão os filhos da vida sem vida,
confinados na Cruz do Patrão,
onde o tempo não sepulta a lenda
e a injustiça ainda açoita os insepultos,
escravos-fantasmas...




Meninos de Rua
Robson Sampaio

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos das pontes
gente sem teto
Meninos dos ventos
gente sem mundo
Meninos do nada
gente sem alma

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...


Meninos de rua
gente sem nome
Meninos da fome
gente sem paz
Meninos do vício
gente sem lei
Meninos do crime
gente sem perdão

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos da cola
gente sem riso
Meninos da cruz
gente sem fé
Meninos da dor
gente sem choro

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos do passo
gente sem frevo
Meninos do povo
gente sem rosto
Meninos da vida
gente sem gente...



Casa da Cultura
Robson Sampaio

Os quatro cantos do mundo
Nos quatro raios da Casa:
- Norte, Sul, Leste, Oeste...
Nada do fechar de cadeados, nada do ranger de correntes,
nada dos gritos de desespero. Só os lampejos da criatividade
Só o dom mági
co do artesão, só os tons sonoros do azul
do Recife...
Os quatro cantos do mundo
Nos quatro raios da Casa:
- Norte, Sul, Leste, Oeste...
Nada da solidão dos apenados, nada dos carcereiros carrascos,
nada da humilhação das grades.
Só a certeza da liberdade, só alegria dos livres, só o ir e o vir
do Recife...


- (In)consciência!
Robson Sampaio

Anjo, ele é.
Só que é um anjo diferente desses
que enfeitam igrejas, santuários, capelas
ou que aparecem corados, gorduchos e
risonhos em pinturas celestiais.

Anjo, ele é.
É um anjo do sofrimento, do abandono,
da fome, da miséria e do esquecimento.
Mas é um anjo, mesmo sem nada, sem-teto,
sem arcanjo e sem guarda.

Anjo, ele é.
De traços angélicos, de olhar infantil,
que chora de fome, que treme de frio; que
dorme nas calçadas ou nas mesas solitárias
dos bares vazios das noites-madrugadas.

É um anjo, sim.
De vestes esfarrapadas, de corpo sujo,
de andar sem rumo, de extrema penúria,
de querer ser santo na espera da morte.
É o anjo da nossa (in)consciência!







Nenhum comentário:

Postar um comentário