sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Parabólica


Frases & Minipoemas

O meu quarto livro - Frases & Minipoemas - está à venda, por 20 pratas, no Restaurante Dom Pedro, na Rua do Imperador, em frente ao Arquivo Público Estadual, no Bairro de Santo Antônio. Quem se interessar, pode procurar Nivaldo. Ou encomendar pelo e-mail rsampaioblog@gmail.com.







Solidariedade natalina


A ação solidária Natal do Bem, do Shopping Recife, em parceria com os Doutores da Alegria, vai até o dia 25. As redes sociais do mall vão se transformar numa grande corrente do bem, fazendo com que os seguidores possam ajudar mil crianças em tratamento nos hospitais Barão de Lucena, Oswaldo Cruz, Restauração e IMIP. Para ajudar, basta acessar o facebook ou twitter do Natal do Bem -Shopping Recife/ http://apps.facebook.com/nataldobem e https://www.facebook.com/doutoresdaalegria. A cada cem compartilhamentos, colabora-se para uma visita dos Doutores da Alegria para uma criança. E no próximo dia 15, das 8h às 13h, o Projeto QueroQuero promove o Bazar Solidário, em sua sede, no Coque. Objetos novos e seminovos, como roupas, sapatos, bolsas e acessórios, serão vendidos a preços que variam de R$ 1,00 a R$ 7,00. A renda irá para a festa de Natal, no dia 21, das 130 crianças e jovens atendidas pelo projeto, braço social do Hapvida Saúde. Que recebe ainda doações de roupas, sapatos, bijuterias, utensílios domésticos, entre outras peças. Telefone: (81) 3447.1301.



APSE - Hoje, às 19h, o presidente Manoel de Moura Filho e a diretoria entregam a Medalha de Honra ao Mérito Manoel de Moura Neto, nas comemorações dos 75 anos de fundação da Associação Pernambucana de Servidores do Estado (APSE). A comenda agraciará várias personalidades, a exemplo do governador Eduardo Campos, do prefeito João da Costa, autoridades civis e militares, entre outros. Rose Maria, da TV Globo NE, e este colunista estão entre os contemplados. Na Rua Dom Bosco, 895, na Boa Vista.


Rua abandonada


Leitor denuncia o abandono, há anos e anos, em que se encontra a Rua Vicente Pinzon, em Campo Grande, e a única transversal do bairro que não é asfaltada. Como mostra a foto, tem lixo, poeira, buracos e sucatas de carros.


Construíram uma casa, no meio da rua e, agora, só dá para passar um carro. E ainda tem um ferro-velho, que também fez o mesmo. E as oficinas de veículos que ocupam todo um lado da rua. Ele pede providências à Prefeitura do Recife.


Olha, o fumacê...

Alexandre César Galvão Farias está indignado com a Dircon, 4ª. Região, pois denunciou, há mais de dois meses, uma carrocinha de espetinho, na Praça Professor Barreto Campelo, conhecida como Praça da Torre, em frente à Rua Diogo Álvares.



...insuportável!
Farias afirma que o dono da tal carrocinha provoca, à noite, uma fumaceira incrível de churrasco, além de bancos espalhados pela praça e venda de bebidas alcoólicas. Quem caminhava, não caminha mais, pois a passagem está obstruída.



Torcida

Leitora torce para que o futuro prefeito, Geraldo Júlio, resgate a antiga Avenida Conde da Boa Vista, uma das mais importantes e históricas do Centro do Recife. E que virou uma via de trânsito precária e, totalmente, descaracterizada.


Seca - O Simepe pede a colaboração de todos para que doem água mineral para as cidades que sofrem com a seca. Pode ser entregue, no Palácio dos Manguinhos, na Avenida Rui Barbosa, nas Graças.


PET- A UPA da Imbiribeira será decorada com artigos natalinos sustentáveis, feitos de garrafas PET, por mulheres da Entra Apulso. Com o apoio do Instituto Shopping Recife e para gerar renda para as mulheres da comunidade.

Livro - Nascido em Barreiros (PE), Tedd Albuquerque empreende novos modelos de negócios com grande êxito em São Paulo. Às 19h de hoje, lança, na Livraria Cultura, do RioMar, o livro “Como assim?!...” que revela o segredo do sucesso.


Teatro - O espetáculo Travessia - Aridez e Sentimentos está em cartaz, de quinta a domingo, às 20h, no Teatro Apollo. Ingressos: R$ 10,00 (meia e promocional) e R$ 20,00 (inteira).





Sou arrecifes...
Robson Sampaio

Sou arrecifes,
de pedra esculpida nos
rebentes das ondas do mar
e na força dos ventos.

Sou arrecifes,
de arrebentação
de Sol no rosto
de águas azuis
de gosto de sal
de gente do frevo.

Sou arrecifes,
de pedra esculpida
de pontes rochosas
na sinuosidade
do Rio Capibaribe.


Dor é dor...
Robson Sampaio

Dor não se mede
Dor não se compara
Dor é dor..

Dor da saudade
Dor do amor
Dor da fome
Dor do parto
Dor da vida
Dor da dor...

Dor se sofre
Dor se cura
Dor é dor...


Recifense...
Robson Sampaio

Nas águas eternas do Rio Capibaribe,
naveguei sonhos e derramei lágrimas
de tristezas e de alegrias.

Nas ondas salgadas da Praia de Boa Viagem,
molhei o corpo e purifiquei a alma.

Nas pontes históricas do Recife,
forjei o destino e percorri as trilhas
da vida.

E, só assim, me tornei recifense...


Mamulengo?
Robson Sampaio

A alma fora do corpo,
a carne feita em pedaços
triturada em vários braços
e o corpo fora da alma.
O preço do desapreço
transforma a dor em lamentos
e a vida não vale nada.
A alma fora do corpo
e o corpo fora da alma.
Os sussurros são fingimentos
de um prazer sem sentimentos,
a face talhada em dor
pela indiferença da gente.
A alma fora do corpo
tal qual um mamulengo...


Os invisíveis...
Robson Sampaio
Menino dos olhos
grandes e olhar vazio,
a mão no queixo
e o semblante triste.
É a dor da vida,
da indiferença
e do desamor.

A alma ferida,
as entranhas doídas,
a fome amarga
e o coração de pedra.
É a dor da vida,
da indiferença
e do desamor.
São os invisíveis!


A Cruz do Patrão
Robson Sampaio
Foto: Edvaldo Rpodrigues

Ecoam gritos eternos na
vastidão das noites e do mar.
Gritos de dor lancinante,
tão fortes que trepassam os
arrecifes, as almas e emitem
sons quase selvagens.



São lamentos de negros
sem o sonho da liberdade,
feridos de saudades e de morte.
Submissos à espera do senhorio
estão os filhos da vida sem vida,
confinados na Cruz do Patrão,
onde o tempo não sepulta a lenda
e a injustiça ainda açoita os insepultos,
escravos-fantasmas...




Meninos de Rua
Robson Sampaio

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos das pontes
gente sem teto
Meninos dos ventos
gente sem mundo
Meninos do nada
gente sem alma

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...


Meninos de rua
gente sem nome
Meninos da fome
gente sem paz
Meninos do vício
gente sem lei
Meninos do crime
gente sem perdão

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos da cola
gente sem riso
Meninos da cruz
gente sem fé
Meninos da dor
gente sem choro

Cavaleiros do medo, cavaleiros da morte,
guardai as armas, guardai o ódio,
bastaria, apenas, um simples brinquedo...

Meninos de rua
gente sem nome
Meninos do passo
gente sem frevo
Meninos do povo
gente sem rosto
Meninos da vida
gente sem gente...


O Recife
Robson Sampaio


O Recife não é uma aldeia.
- O Recife é um estado de ser...
Suas luzes, naturais ou artificiais,
não são luzes e, sim, o alumiar
dos teus olhos.

Reflexos de todos nós,
recifenses ou arrecifensados,
onde as luzes não são luzes,
mas olhos debruçados sobre
o Capibaribe, um traço indivisível
de ser o Recife...


As rosas...
Robson Sampaio

No jardim, as doze
rosas vermelhas.
E uma delas, murcha!
As demais:
O olhar
O piscar de olho
O sorriso,
As mãos dadas
O primeiro beijo
A paixão
A primeira vez
As outras tantas vezes
A vida a dois
A vida feliz
A vida infeliz
A rosa murcha...


Ah, infeliz espera...
Robson Sampaio

Espera. Ah, infeliz espera...
Para não dividir os minutos
Só calculei os segundos
Soma do daqui há pouco
Demora de meia-hora
Instantes intermináveis
Horas e horas de angústia...

Espera. Ah, infeliz espera...
Épocas de desassossego
Multiplicador de desespero
Sem fim de sofrimento
Subtração do amor
Tempo perdido da dor
Vontade de ser eterno
Para esperas de sempre...

Recife (Noturno)
Robson Sampaio


Só gosto de ti à noite,
quando os abstêmios dormem
e os boêmios saem às ruas
em busca do nada.

Só gosto de ti à noite,
quando batem lembranças
de amor e de sonhos perdidos
no tempo.

Só gosto de ti à noite,
quando me debruço sobre
o Rio Capibaribe e, assim, consigo
ver a minha alma e a chorar
a dor do mundo.

Só gosto de ti à noite,
quando pertences por inteiro
aos boêmios, vagabundos
e poetas.


Vou “m’imbora pro” Recife...
Robson Sampaio

Vou “m’imbora pro” Recife
do mar, das jangadas, das redes,
dos pescadores, dos peixes, do caçuá,
dos mangues, das ostras, dos siris,
dos caranguejos e da minha gente...

Vou “m’imbora pro” Recife
dos caboclinhos, da ciranda,
do maracatu, do baque-virado,
do Galo da Madrugada,
do Homem da Meia-Noite,
do frevo e dos meus foliões...

Vou “m’imbora pro” Recife
dos arrecifes, das pontes, dos becos,
das travessas, dos bares, dos botecos,
dos boêmios, da lua, das estrelas, do vento,
do sol, dos meus sonhos, da minha sina e
do meu Capibaribe...

Eu vou “m’imbora pro” Recife e
vou “m’imbora pra” mim mesmo!


Corpo e Alma...
Robson Sampaio


A explosão de fogo,
no clarão do morteiro certeiro,
dilacerou a carne divina,
mas, não matou a minha
convicção na paz.

Apenas exibiu a insanidade
bélica dos homens: pobres
mortais, pobres incrédulos.

Porém, o dom sagrado
da vida, dado por Deus,
nem é só corpo nem é só alma;
e, sim, corpo inteiro,
esculpido em matéria e luz.
Sangue de Jesus...



Filhos da Caatinga

Robson Sampaio

Ôxente, meu fio,
cadê o boi no cercado
e toda aquela plantação?
Foi embora no vento,
sumiu tudo no céu,
feito ave de arribação.
Agora, é só terra em brasas,
ardendo que nem tição.

Do gado só as cabeças,
igual assombração.
Feito rio escorregadio,
a terra plantada se foi,
levada no deslize do chão.
Ai, que tamanha judiação.

Inhô, num gema não,
basta de choro e reza,
feitos só de lamentação.
A terra é seca e batida,
igual alma sem alumiação,
mas, de gente com fé no Santo,
indo e vindo, solta pelo Sertão.

São os filhos da Caatinga,
sofrendo toda humilhação.
Mas, briga, mata, esfola ou morre,
mesmo sem ser Lampião.
Ôxente, sêo Capitão,
Virge, Santa Maria,
pra quê ser tão valentão?
Num tem nem quase a vida
e, muito menos, esse chão.

Cruz credo, Ave Maria,
dê-me a benção Padim Ciço,
pois, é só dor no meu Sertão.
Mas, juro meu Santo querido,
que de fome, a gente num morre não.



Boi no laço?
Robson Sampaio


Rebanho no pasto,
boi no laço,
corte inclemente,
fartura na mesa,
só de “oiá”...

Em “riba” do jumento,
só sofrimento,
terra batida,
chuva é miragem,
barriga vazia,
só rapadura,
só lambuzar.

Rebanho no pasto,
boi no laço,
fartura na mesa,
só de “oiá”...

“Óia” a caatinga,
vaqueiro valente,
só boiadeiro.
Cadê, o pasto?
Cadê, o boi?
Penitência e
assombração?



Casa da Cultura
Robson Sampaio

Os quatro cantos do mundo
Nos quatro raios da Casa:
- Norte, Sul, Leste, Oeste...
Nada do fechar de cadeados, nada do ranger de correntes,
nada dos gritos de desespero. Só os lampejos da criatividade
Só o dom mágico do artesão, só os tons sonoros do azul
do Recife...
Os quatro cantos do mundo
Nos quatro raios da Casa:
- Norte, Sul, Leste, Oeste...
Nada da solidão dos apenados, nada dos carcereiros carrascos,
nada da humilhação das grades.
Só a certeza da liberdade, só alegria dos livres, só o ir e o vir
do Recife...


- (In)consciência!
Robson Sampaio

Anjo, ele é.
Só que é um anjo diferente desses
que enfeitam igrejas, santuários, capelas
ou que aparecem corados, gorduchos e
risonhos em pinturas celestiais.

Anjo, ele é.
É um anjo do sofrimento, do abandono,
da fome, da miséria e do esquecimento.
Mas é um anjo, mesmo sem nada, sem-teto,
sem arcanjo e sem guarda.

Anjo, ele é.
De traços angélicos, de olhar infantil,
que chora de fome, que treme de frio; que
dorme nas calçadas ou nas mesas solitárias
dos bares vazios das noites-madrugadas.

É um anjo, sim.
De vestes esfarrapadas, de corpo sujo,
de andar sem rumo, de extrema penúria,
de querer ser santo na espera da morte.
É o anjo da nossa (in)consciência!








Mundo
‘É preferível
morrer que
ficar preso’


Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
Adital

Dá título a este artigo afirmação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, proferida a 13 de novembro. O ministro sabe o que diz. O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo. Perde apenas para EUA, China e Rússia.
Hoje, nossas cadeias abrigam 515 mil pessoas em 1.312 unidades prisionais com capacidade máxima para acolher 306.500 detentos. Se o sistema judiciário brasileiro fosse menos lento e mais humanitário, 36 mil detentos já deveriam ter sido soltos ou beneficiados com a progressão de penas.
A Lei de Execução Penal assegura a cada preso seis metros quadrados de espaço na cela. Hoje, a maioria se espreme entre 70 centímetros e um metro quadrado. Daí as frequentes rebeliões.
O Brasil não tem política prisional e muito menos de reintegração social dos detentos. Diante da violência urbana, muitos clamam, ingenuamente, por mais cadeias. Pressionados pelo clamor popular, governos federal e estaduais investem em prisões o que deveriam destinar a escolas.
Nossas cadeias são verdadeiros queijos suíços, com multiplicidade de buracos. De dentro das celas, bandidos usam celulares para extorquir incautos (o golpe do sequestro de parentes) e comandar o crime organizado. Drogam-se com cocaína, maconha, crack, e recebem bebida alcoólica.
Privatizar presídios é a solução? Sim, para enriquecer empresários. Esse sistema estadunidense já é adotado nos estados de Pernambuco, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Santa Catarina. A empresa dona do presídio cobra do Estado o que ele gasta, em média, com cada detento: R$ 1.500. E mais R$ 1 mil por cabeça. Ao todo, R$ 2.500 por prisioneiro. Ora, quanto mais tempo o preso permanecer ali dentro, tanto mais lucro. Sem que haja preocupação de reintegração social.
Nossas unidades prisionais estão sucateadas e abandonadas. Pela LOA (Lei Orçamentária Anual), elas deveriam ter recebido do governo federal, este ano, R$ 277,5 milhões. Mereceram apenas R$ 2.579,776,61 – menos de 1% do previsto!
Apenas no Piauí não há superlotação de cadeias. País afora, os presos são confinados em espaços exíguos, promíscuos, sem acesso a atividades esportivas, artísticas, escolares e profissionais.
O que fazer diante da falta de vagas em nossas unidades prisionais? Adotar a pena de morte? Multiplicar o número de penitenciárias?
Estive preso quatro anos (1969-1973). Dois, entre presos comuns de São Paulo – Penitenciária do Estado, Carandiru e Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau.
Nesta última, na qual fiquei mais de um ano, foi possível recuperar alguns detentos através de grupos bíblicos, teatro, desenho e pintura e, sobretudo, pela instalação de um curso supletivo de ensino médio, que interessou 80 dos 400 presos.
Nos dois anos em que trabalhei no Palácio do Planalto (2003-2004), tentei ressaltar a urgência de reforma em nosso sistema prisional. Em vão.
As delegacias e os estabelecimentos de apreensão de menores funcionam como ensino fundamental do crime. Os presídios, como ensino médio. As penitenciárias, como ensino superior.
Como é possível que o Estado não consiga algo tão simples quanto evitar a entrada de celulares na cadeia? Alguém consegue passar com celular escondido no controle dos aeroportos? Isto sim, merece ser imitado dos EUA: detentos usam orelhões para se comunicar com seus familiares e todas as ligações são grampeadas.
Nossos policiais são, em geral, despreparados, a ponto de considerarem direitos humanos como alforria de bandidos; alguns carcereiros dificilmente resistem à corrupção e tratam o preso como inimigo, e não como reeducando; o sistema prisional não é pensado tendo em vista a reinserção do preso como cidadão na sociedade.
A educação é a solução, fora e dentro das prisões. Como evitar a criminalidade se 5,3 milhões de jovens brasileiros, com idade entre 18 e 25 anos, estão fora da escola e sem trabalho?
Nossas penitenciárias poderiam funcionar como escolas profissionalizantes. Aulas de mecânica, alfaiataria, computação e culinária, associadas ao aprendizado de idiomas e à dedicação a práticas esportivas e artísticas (teatro, música, literatura), certamente esvaziariam as nossas cadeias. O progresso no curso equivaleria a retrocesso na pena.
Se o Estado e a sociedade não cuidam dos presos, eles mesmos tratam de buscar o que mais lhes convém: auto-organização em comandos; rede de informantes entre carcereiros e policiais; vínculos com os bandos que atuam em liberdade. E nós, cidadãos, pagamos duplamente: por sustentar um sistema inoperante e ser vítimas da recorrente espiral da violência.
[Frei Betto é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros. http://www.freibetto.org/ - twitter: @freibetto.
Copyright 2012 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato –MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].









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