quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Parabólica

 
 
Ônibus: terminais
sem planejamento
 
“Caro Robson, até quando o Grande Recife irá inaugurar os terminais integrados sem o devido planejamento? A cada novo terminal, sempre anunciado como vantajoso para a população, os usuários do transporte público da Região Metropolitana e do Recife sofrem e perdem em qualidade de vida”. O desabafo é do leitor Matheus Torres que alerta ainda para o fato de que a demanda desses terminais é sempre maior que a oferta de ônibus das empresas, causando superlotação e muita demora. “Já estive nos terminais do Aeroporto, TIP, Cajueiro Seco e Tancredo Neves e presenciei em todos, a exemplo de milhares de passageiros, esse mesmo problema. A Linha Candeias/Tancredo Neves, que deveria ter intervalos de dez minutos, nos horários de pico, tem espera de   quase uma hora. Baldeação e conexão de linhas são vantajosas, apenas se a espera é mínima. Mas, a cada terminal inaugurado, as reclamações são as mesmas”, detona Torres.
 
 
Pagando 2 passagens     
 
Matheus Torres diz que esses terminais integrados acabaram com itinerários importantes e prejudicaram o povo. “Moradores do Ipsep, por exemplo, passaram a pagar duas passagens, após o TI Tancredo Neves. Já o TI do Xambá, tirou várias linhas da Estrada de Belém”.
 
 
Da vez - Cláudio de Melo Silva denuncia que, quase todos os dias por volta do meio-dia, os ônibus da São Judas Tadeu estão sempre apresentando defeitos. E prejudicam trabalhadores e estudantes que vem do Cabo para o Recife. Ontem, o de nº 127 foi o da vez...
 
 
 
Sanitários a... - Marieta Borges Lins e Silva lamenta que a  Prefeitura do Recife não crie meios de proibir, evitar e até multar os donos dos cães que fazem das calçadas e praças “sanitários a céu aberto” para as necessidades dos animais.
 
 ...céu - “Moro nos Aflitos e raro é o dia em que alguém não se suja nas fezes dos cachorros. Nas minhas caminhadas, quando vejo pessoas com sacos plásticos nas mãos, paro e parabenizo pela iniciativa”, diz Marieta. 
 
...aberto - 
 
Ela conclui: “Donos de animais, que agem dessa forma, não têm   escrúpulos nem cuidado com a saúde pública e uma campanha seria bom. E que tal, se um vereador assumisse essa causa? Será que a Vigilância Sanitária não teria alguma coisa a ver com isso, também?”
 
 
 
 
 
 Zoo - A partir de setembro, alunos de Medicina Veterinária podem ganhar experiência em manejo de animais silvestres e trabalhar como voluntários no Zoológico do Parque Dois Irmãos. Abertas  vagas para estudantes, a partir do 5º período. Informações: (81) 3183.5543 e zooestagio@parquedoisirmaos.pe.gov.br.
 
 
 
Musa dos... -
 
Com o tema Nara Leão a Musa dos Trópicos, o escritor Cássio Cavalcante faz palestra, hoje, a convite de Tereza Magalhães, presidente da Academia de Artes e Letras de Pernambuco.
 
...Trópicos -
 
Às 17h, no Memorial da Medicina de Pernambuco, na Rua Amaury de Medeiros, 206, no Derby, na reunião ordinária da AALPE.

 
Deputados Estaduais de Pernambuco
apoiam o SINPEF/PE
Sindicato conta com a atuação dos Parlamentares para a crise na Polícia Federal.
A Polícia Federal foi pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco durante o Grande
Expediente do dia 27 de agosto, em articulação promovida pela Diretoria do SINPEF/
PE com o Deputado Antônio Moraes (PSDB). Os Policiais Federais estavam trajando as já
tradicionais camisas pretas do movimento “SOS POLÍCIA FEDERAL”, portando faixas alusivas
às reivindicações da categoria de Escrivães, Papiloscopistas e Agentes e distribuindo folders e
panfletos explicativos a todos os presentes.
Grande expediente da Assembleia Legislativa, em 27/08.
O Deputado Antônio Moraes (PSDB) ratificou sua preocupação com a crise instalada na Polícia
federal que envolve sua estrutura e organização. Em seu discurso afirmou que a instituição
vem sofrendo abalos em seu funcionamento diante de cortes de recursos para a manutenção
de suas atividades, especialmente as operacionais, como é o caso de helicópteros e aeronaves
que vem sendo doados, sob alegação de falta de verbas para manutenção, valores esses
que o próprio governo não faz o repasse. “A falta de helicópteros para uso da Polícia Federal
Rua Capitão Lima, 84, Santo Amaro, Recife/PE, CEP 50.040-080- Fone/fax (81) 3222.4322
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compromete a repressão ao tráfico de drogas no Estado, especialmente na região conhecida
como ‘Polígono da Maconha’, no sertão pernambucano”, disse.
O Parlamentar destacou ainda que a crise do órgão atinge também o efetivo dos Policiais
Federais diante do descaso do Governo, referentes às reivindicações dos cargos de Escrivães,
Papiloscopistas e Agentes, que envolvem a inclusão em lei das atribuições desses cargos, uma
vez que constam em uma portaria considerada inconstitucional; o reconhecimento do nível
superior dos cargos que há 16 anos se encontra na Lei nº 9266/96, mas que é ignorado pelo
Governo Federal; e as Reestruturações de Carreira e Salarial, condizentes com os demais cargos
de nível superior das Carreiras Típicas de Estado.
Além dessas questões, o reduzido efetivo da Instituição Policial, a sobrecarga de horas de
serviço e o assédio moral imposto aos Policiais Federais, Escrivães, Papiloscopistas e Agentes, 
tem resultado em grande número de afastamentos para tratamento de saúde por problemas
psicológicos e psiquiátricos, que tem elevado a evasão de policiais, os quais vem deixando a
Polícia Federal todos os anos, 105 somente no ano de 2012. “O resultado dessa combinação
é a evidente queda vertiginosa de operações e prisões e, consequentemente a redução do
combate à criminalidade”, asseverou o Deputado Antônio Moraes.
A Deputada Terezinha Nunes (PSDB) assim se manifestou: “Tenho amigos na PF que vem
lidando com perseguições morais e ameaças dos seus superiores por ter participado da última
greve, e esses problemas somados à natureza de trabalho que é estressante e envolve risco
constante, tem provocado consequências”.
Escrivães, Papiloscopistas e Agentes da Polícia Federal durante a Sessão.
O Deputado Sérgio Leite se pronunciou dizendo que A Polícia Federal não é composta só de
delegados, os outros cargos também devem ser valorizados, pois  cada um tem que respeitar
o direito do outro, pra que haja um bom andamento dos serviços. “Ninguém pode se achar dono
da corporação e não permitir que os outros possam ter os seus direitos garantidos. O que está
acontecendo hoje na Polícia federal é o que aconteceu nas instituições da Polícia Militar e Polícia Civil,
em que alguns tentam tomar conta da instituição, prejudicando o seu fortalecimento”, concluiu o
parlamentar, parabenizando os Policiais Federais pelas reivindicações.
Durante a sessão, os Deputados Betinho Gomes e Daniel Coelho, do PSDB, Sérgio Leite e Odacy
Amorim, do PT, Raquel Lyra e Sebastião Rufino, do PSB, Eriberto Medeiros, do PTC, Sílvio
Costa Filho, do PTB, e Tony Gel, do Democratas, também prestaram solidariedade aos policiais
 
 
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federais e afirmara a necessidade de uma audiência pública, como forma de provocar o debate
com a sociedade e com os órgãos competentes sobre a crise na Policia Federal.
Essa audiência coaduna com a estratégia lançada pela Federação Nacional dos Policiais Federais
e seus sindicatos estaduais que buscam elaborar um Projeto de Emenda Constitucional –
PEC, como proposta de implementação da reestruturação da Polícia Federal.
 No dia 05/08 foi
realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e em 06/09 será a
vez da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul realizá-la.
Apoio dos deputados Sérgio Leite (PT); Antônio Moraes
(PSDB), Tony Gel (PTB) e do Presidente da Assembleia
Legislativa Guilherme Uchoa (PDT).
O Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco – SINPEF/PE, representado pelo presidente
Marcelo Pires, tem cumprido uma extensa agenda com os Parlamentares.  “Esse ato é uma
estratégia da nossa Federação, deliberado pelo Conselho de Representantes, que espera colher
assinaturas dos Deputados Estaduais de todo o País, para levar à Câmara Federal uma Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) para reestruturar a nossa categoria”, afirmou.
A Federação Nacional dos Policiais Federais - FENAPEF, representando todos os Policiais
Federais das categorias de Escrivães, Papiloscopistas e Agentes, está há mais de três anos
participando de mesa de negociações com o Governo Federal, através do Ministério da Justiça
e Ministério do Planejamento, sem que até o momento tenham chegado a um consenso.
Na última reunião realizada no dia 26/08, mais uma vez não foi apresentada uma proposta
que atendesse aos anseios dos policiais federais, mas sim a imposição de aceitação do
reajuste salarial de 15,8%, dividido em três parcelas anuais, que não fazia parte do pacote
de reivindicações da categoria. “Reajuste é uma recomposição de perdas inflacionárias
estabelecida em Lei e na Constituição Federal, não se justificando o Governo estar negociando
neste momento um direito que é de todo trabalhador brasileiro, ao invés de estar tratando
sobre o objeto das negociações: reestruturações de carreira e salarial”, explicou Marcelo Pires.
Diante do impasse criado que gerou insatisfação dos Policiais Federais por todo o país, foram
realizadas greves e mobilizações de protestos pelos sindicatos representantes da categoria
nos Estados. Em Pernambuco o SINPEF/PE realizou um ato de protesto no dia 22/08 na
Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco.
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Presidente do SINPEF/PE, Marcelo Pires e o Presidente da ALEPE, Guilherme Uchôa.
 
 
Confira as principais noticias sobre os policiais na Assembleia Legislativa:
alepe_debate_problemas_da_policia_federal__157829.php
interna_vidaurbana,458551/policiais-federais-protestam-na-assembleia-legislativa.shtml
 
 
 
ABERTURA DO VERÃO
 
O presidente da Apse, Manoel de Moura Filho convida os associados e dependentes para participarem da festa de abertura do Verão, que irá acontecer no dia 22 de setembro, às 9h, no clube balneário em Candeias. Informações pelo telefone 3469-9265.
 
 
 
Tudo por dinheiro (1)

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Em recente visita a microrregião de Itaparica, aos municípios de Floresta, Belém do São Francisco, Petrolândia e Itacuruba, pude constatar, a completa falta de informação das respectivas populações sobre a provável instalação de uma usina nuclear na região.
A visita, que contou com o apoio da Diocese de Floresta através do Movimento Cultura de Paz, teve o objetivo de levar informações sobre a energia nuclear, a radioatividade, os efeitos da radiação, o que é uma usina nuclear e como funciona, os riscos de acidentes e a situação desta fonte energética no mundo e no Brasil. Além de haver uma discussão sobre outras fontes de energia, em particular aquelas encontradas na natureza, que poderiam atender a demandas energética destas populações.
Foram realizadas Rodas de Dialogo nos quatro municípios com a presença de educadores, religiosos, políticos, representantes da sociedade civil organizada, movimentos de jovens, representantes de grupos quilombolas e indígenas. Amplo material de divulgação foi distribuído aos participantes, desde cartilha explicativa, cordéis, e-books com artigos sobre a questão nuclear e panfletos.
Como resultado das Rodas de Dialogo foram definidos em cada cidade, ações que serão desenvolvidas no intuito de mais e mais pessoas se incorporarem ao debate sobre a instalação da usina nuclear. Assunto de grande importância para o destino dos moradores das cidades e do campo daquele território.
O trabalho planejado durante estes reuniões se dará essencialmente na divulgação pelas redes sociais, em ações nas escolas estimuladas pelos educador@s, na distribuição de material informativo aos membros das associações de moradores, associações de pescadores, comerciantes, nas aldeias indígenas e nas comunidades quilombolas. O que se espera de toda esta movimentação é que as populações se envolvam neste debate, e como resultado, formem opinião sobre a decisão unilateral tomada de se instalar a usina nuclear. Espera-se que sejam ouvidos, e tomem em suas mãos a responsabilidade de aceitarem ou não esta instalação industrial para produzir energia elétrica. O que não se pode mais aceitar e nem admitir são que decisões sejam tomadas à revelia, sem a participação dos principais interessados.
Por outro lado nestas reuniões, o que era esperado aconteceu. Mesmo convidado à classe política não esteve presente, e quando alguns de seus membros compareceram, foi de maneira não participativa nos debates. O que se percebe nesta atitude é que fogem da discussão pública. Evitam se comprometerem, e nem emitem suas opiniões publicamente. Todavia, à surdina, conspiram para a vinda da usina nuclear para a região, apoiando interesses pessoais em detrimento do interesse público, da coletividade, das comunidades.
Também nesta viagem, tornou mais claro o interesse econômico envolvido com a construção da usina nuclear no município de Itacuruba. A área pré-selecionada a beira do rio São Francisco possui diversos proprietários em todo seu entorno. A maior propriedade em extensão pertence a parentes do ex-prefeito de Itacuruba,. Estivemos com um dos outros proprietários de terras na região (possui uma gleba de 130 ha), que nos informou já ter sido procurado pelo ex-prefeito interessado em comprar suas terras, como também de outros proprietários que teriam sido procurados para este fim.
Verifica-se nesta movimentação o interesse de tornar-se o único proprietário das terras, e  assim poderem ser negociadas, e muito bem indenizadas pelo governo federal, caso a usina nuclear seja implantada na região. Também para valorizá-las, o ex-prefeito na sua gestão, obteve recursos do Ministério da Integração Nacional/Codevasf para a implantação  e pavimentação de uma rodovia vicinal até estas terras, chegando bem próximo a fazenda Jatinã (local pré selecionado para a implantação da usina nuclear). Esta rodovia, um trecho da PE 422, atravessa terras da aldeia Pankará e comunidades quilombolas, Por exigência da comunidade indígena, licenças para esta rodovia nunca foram apresentadas, e as obras foram paradas. Os recursos públicos destinados para esta rodovia foram de R$ 13.488.205,55.
O discurso proferido por este político na defesa intransigente da usina nuclear, caminha no sentido que a usina trará impactos econômicos importantes para a região, e como consequência, o desenvolvimento e o progresso tão almejado pelos habitantes. Este discurso, recorrente, já que utilizou os mesmos argumentos quando prometeu e não cumpriu o Observatório de Itacuruba (http://www.debatesculturais.com.br/observatorio-de-itacuruba-uma-obra-inacabada/), aponta na geração de emprego e renda para a população. Todavia, esconde de fato o mero interesse pessoal, em detrimento ao da coletividade, que sofrerá os impactos e o estigma que esta construção trará aos moradores do seu entorno.
Em verdade, o que tem movido a defesa desta obra na região, por alguns que exerce grande influencia junto às populações pelo fato ocuparem (ou já ocuparam) cargos públicos na política local, são os benefícios financeiros que receberão com a implantação desta obra.
Esta situação se verifica quando defensores do modelo predatório de desenvolvimento em curso no Estado, com obras como da instalação de uma indústria de petróleo e gás, termoelétricas a combustíveis fósseis, construção de estaleiros, de indústrias altamente poluentes no Complexo de Suape; locupletam-se financeiramente.  Afinal é tudo por dinheiro.


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