quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Parabólica



 

Solidariedade para

crianças de Manari



  “As doações podem ser entregues no Parque Dona Lindu, aos domingos, das 8h às 15h, e na Rua Francisco de Paula Machado, nº 44, no Bairro do Cordeiro”.


O Grupo Ação Solidária no Sertão, formado para ajudar os sertanejos que sofrem com a seca, em Manari, está realizando a Campanha Pequenos Sertanejos - Faça uma Criança Feliz! para arrecadar brinquedos novos ou seminovos em bom estado de uso para às crianças daquele município. Como outubro é o mês das crianças, o objetivo da campanha é resgatar os direitos da criança à infância, ao lazer e à brincadeira, visando à promoção da saúde através do bem-estar. Vale lembrar que Manari foi apontada, recentemente, como a cidade com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) do Estado. Daí, a importância de levar um pouco de alegria a estes pequenos cidadãos que sofrem com uma infância cheia de sofrimento causado pela seca e pela extrema pobreza. A arrecadação irá até o dia 20 e a entrega será nos dias 26 e 27. Doação financeira: Banco do Brasil, Ag.  2365-5 e c/c 68760-X. Telefones: (81) 3436.5245, 9685.9692 e acaosertao@gmail.com.

 

 

Caranguejo ameaçado    Fernando Melo/Cortesia  Foto


Embora bastante apreciado na culinária regional, o caranguejo está desaparecendo do Litoral pernambucano, segundo o ambientalista Fernando Melo. E as principais causas da diminuição, no número da espécie, são a coleta predatória, a poluição e a destruição do manguezal.

 

Educação ambiental - Para o ambientalista, além da destruição do manguezal, que é o habitat natural do caranguejo, a realização de ações de educação ambiental é fundamental para a sua sobrevivência. Fernando Melo critica ainda a falta de uma maior fiscalização.

 

Lata d’água... - Lata d’água na cabeça, lá vai Maria... Nem isso os moradores da III Etapa de Rio Doce, em Olinda, conseguem. Há vários dias sem um pingo do “precioso líquido”, a situação dos  cidadãos é desesperadora.

 

...na cabeça - O presidente da Associação dos Moradores da III Etapa de Rio Doce, Miguel Pacífico, reivindica que a Compesa faça um abastecimento regular com carros pipas. Principalmente, logo após a Vila Olímpica de Olinda.

 

Aperreio - Uma obra inacabada, na Rua Ursa Maior, em Paulista, virou dor de cabeça e constrangimento para os moradores. Lama, buracos, mato e manilhas, espalhadas por toda a parte, deixam a via quase intransitável. E ninguém sabe quando o serviço recomeça.

 

Moto - Após a abertura dos cursos de pilotagem, promovida pelo Detran-PE e pelo Projeto Moto Amiga e Assohonda, com cerca de 40 alunos por dia, novas turmas já podem ser formadas. É só se inscrever, no Facebook do Moto Amiga, para as datas: 26/10, 09 e 23/11 e 07/12. As aulas serão de 9h às 13h, com certificado .
 

Bazar -

 O Pro Quero Quero, do Coque, promove, sábado, bazar do Dia das Crianças. E recebe roupas, sapatos, bolsas e acessórios em bom estado de conservação. Tel: (81)3447.1301.

 Sucesso -

 A Livraria Jaqueira realiza, hoje, às 18h30, a palestra “O Preço do Sucesso”, com Ary Cordeiro. A entrada é um pacote de fraldas descartáveis adultas para o GAC. Tel: 3265.9455.

 

Família -

O Instituto Integrado de Apoio a Família, na Av. Suassuna, 871, em Santo Amaro, promove, amanhã e sábado, o I Encontro Família e Arte. Tel: 30347549.

 

 



Raiva: Sábado é dia de vacinar cães e gatos

Em PE, vacinas estarão disponíveis em mais de sete mil pontos

O Brasil realiza, neste sábado (19/10), o Dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação contra a Raiva Canina e Felina. Só em Pernambuco, mais de 1 milhão de doses da vacina estarão disponíveis em 7.350 pontos volantes de vacinação, como praças e mercados públicos. A expectativa é que 888.450 cães e 120 mil gatos, todos a partir dos três meses de vida, sejam imunizados.
A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A vacinação desses animais é essencial para evitar qualquer caso de raiva humana. A enfermidade é uma doença 100% letal, transmissível de animal para animal e de animal para o homem, por meio da saliva. A passagem do vírus se dá no momento da mordida, arranhão e lambedura de qualquer mamífero infectado. Os cães são responsáveis pela maioria dos casos de transmissão da doença para o homem. Animais silvestres, como morcegos, raposas e macacos também podem transmiti-la.
Cabe aos serviços municipais de Saúde o controle da transmissão da doença na zona urbana (na zona rural, a vigilância sobre os animais fica a cargo da Adagro). Como nas áreas urbanas os transmissores são basicamente os animais domésticos, a campanha de vacinação contempla, apenas, as populações canina e felina.
DADOS - O último caso de raiva humana em Pernambuco foi registrado em 2008, no município de Floresta. A transmissão foi por um morcego. Já a raiva canina ou felina vem decrescendo no Estado. Em 2012, foram registrados dois casos (caninas) e, em 2013, não houve, até o momento, nenhum registro.
RECOMENDAÇÕES MÉDICAS – Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar com urgência o posto de saúde mais próximo. Cães raivosos apresentam sintomas como: agressividade (atacando pessoas e objetos) ou tristeza (procurando lugares escuros), salivação excessiva, dificuldade para engolir, latido rouco e paralisia das patas traseiras. Nos humanos, a doença ataca o sistema nervoso central, levando à morte.
Vale lembrar que o tratamento profilático antirrábico também é recomendado para toda agressão por espécie silvestre (morcegos, raposa, cachorro do mato e saguis). O soro e a vacina para esse tratamento estão disponibilizados na rede do SUS, gratuitamente.
 
 
O equivoco do Projeto de Lei 6.441/2013

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Foi apresentado pelo deputado pernambucano Eduardo da Fonte (presidente da Comissão de Minas e Energia), no dia 26 de setembro último, na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei nº 6.441 que propõe “criar no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o Conselho de Empreendimentos Energéticos Estratégicos (CNEE), destinado a analisar, avocar e decidir, em última e definitiva instância, o licenciamento dos empreendimentos do setor elétrico considerados estratégicos para o Brasil”.

Se não bastasse Pernambuco contar com um governo que não dá a mínima pelo meio ambiente, outra singular personalidade deste Estado quer sepultar de vez as preocupações multidisciplares e reduzir de vez a interesses paroquiais, o processo de licenciamento ambiental, uma exigência legal (Lei 6.938/81, Resoluções do CONAMA: 001/86 e 237/97, e Lei Complementar 140/11) a que estão sujeitos todos os empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente.

O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual é autorizada a localização, instalação, ampliação e operação destes empreendimentos e/ou atividades. O PL em questão visa retirar do IBAMA o poder de ser o órgão licenciador de empreendimentos energéticos considerados estratégicos, primeiramente, para o país, não necessariamente para o governo. Hoje, essa função cabe aos órgãos ambientais estaduais ou ao IBAMA, no caso de empreendimentos de grande porte, capazes de afetar mais de um estado, o que costuma ser a regra no setor de energia. Além dos órgãos licenciadores, há os órgãos auxiliares, como as autarquias que cuidam de áreas protegidas e precisam dar um parecer sobre a obra, caso ela afete sua área de atuação. Se uma hidrelétrica atinge uma terra indígena, por exemplo, a FUNAI participa do processo de licenciamento.

Com o novo projeto de lei, o IBAMA e os órgãos auxiliares seriam ouvidos, porém a palavra final ficaria com o novo e poderoso conselho, composto por um representante da Câmara dos Deputados e um representante do Senado Federal; e pelos ministros da Casa Civil da Presidência da República, das Minas e Energia, da Justiça, do Meio Ambiente e da Cultura. Enfim, uma proposta contrária aos interesses nacionais – um grande equivoco, que amplia a ação da “mão pesada do Estado” sobre assunto de elevado conteúdo polêmico e com vasta legislação em vigor, que não está sendo cumprida adequadamente.

A justificativa do nobre deputado é simplória e demonstra uma óbvia falta de conhecimento da realidade complexa que envolve tais empreendimentos. No PL encaminhado, a justificativa é que “o Brasil precisa crescer e se desenvolver para permitir o resgate de nossa imensa dívida social. Para isso, nosso povo precisa de energia elétrica barata”. Ainda afirma que existem entraves e indefinições no processo de licenciamento de empreendimentos elétricos, e que há “demora injustificada, exigências burocráticas excessivas, decisões pouco fundamentadas”. Quantos disparates num só parágrafo!

A iniciativa do deputado da Fonte vem se somar ao Projeto de Lei de iniciativa da Comissão de Assuntos Econômicos, que tramita no Senado Federal, o PLS nº 179/2009, que disciplina o licenciamento ambiental de aproveitamentos de potenciais hidráulicos considerados estratégicos, e institui a Criação de Reservas Energéticas Nacionais.

Como descreve o prof. Célio Bermann, da Universidade de São Paulo, “este processo de criminalização dos movimentos sociais e de redução dos espaços de resistência vem sendo acompanhado de uma sucessão de tentativas de modificação do licenciamento ambiental de empreendimentos hidrelétricos.
 
Estas tentativas e intenções de mudanças e de simplificação do licenciamento ambiental já correram em outros momentos recentes de nossa historia, e acabaram não tendo continuidade. Em janeiro de 2007, o diretor geral da ANEEL anunciou um Projeto de Lei para a criação de Reservas para a Exploração de Potenciais Hidroelétricos, que seriam áreas demarcadas pelo governo, sem considerar as restrições de ordem ambiental. Em seguida, em março de 2007, outro Projeto de Lei foi anunciado com o objetivo de identificação de projetos de centrais hidroelétricas estratégicas que seriam avaliadas por um Conselho de Segurança Nacional (de triste lembrança para os brasileiros), sem passar pelo órgão ambiental federal, o IBAMA. Em dezembro de 2008, mais outro Projeto de Lei, agora proposto pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, procurava instituir um procedimento “reduzido” de licenciamento ambiental para obras de infraestrutura definidas como estratégicas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Amazônia Legal, que teriam um prazo (reduzido a quatro meses) diferenciado daquele estabelecido no art. 14 da Resolução CONAMA nº 237/1997.
Como observa o prof. Bermann “muitos dos empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental devem a demora do seu licenciamento, ao não atendimento dos prazos pelo próprio empreendedor. Ainda, um número significativo de obras encontra-se paralisado, não por dificuldades de obtenção do licenciamento ambiental, mas por problemas de insuficiência de recursos financeiros para as obras”.

Estas três tentativas anteriores de modificação do licenciamento ambiental revelam como a questão ambiental tem sido menosprezada pelas autoridades, desnudando completamente a contradição entre o discurso com preocupações sociais e ambientais, e a prática na contramão dos interesses das populações.

Novamente o governo Federal volta à carga, tanto no Senado Federal como na Câmara dos Deputados, usando da força política, age de forma torpe para (1) impedir a discussão de interesses locais, regionais e nacional, para (2) remeter a decisão para Conselhos antidemocráticos, com ampla maioria de ministros do Governo; e, também, para (3) dificultar a ação legítima e democrática do Ministério Público, sempre que este julgar necessário intervir.

No caso do PL 6.441/2013, espera-se que o deputado da Fonte não leve adiante este desserviço às gerações presentes e futuras de nosso país, e, de modo sensato, retire o seu projeto.
 
 
 
 

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