segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Parabólica




 Teatro da Vida (Causos)
 
O meu livro Teatro da Vida (Causos) - já atingiu a marca de 481 exemplares vendidos - pode ser adquirido por R$ 25,00,  com Nivaldo, no Restaurante  Pedro, na Rua do Imperador, Centro do Recife (3224.3762). Ou com Charles, no  Gabinete Português de Leitura, na mesma rua (Tels: 3224.2002/2593.   Em Boa Viagem, na Banca Paulista, ao lado do mercado, na Av. Conselheiro Aguiar, 4834, (tel: 3326.6264).




Teatro da Vida:

Ascenso X Austro

 

O escritor Carlos Bezerra Cavalcanti, das Academias Recifense e Olindense de Letras, me enviou esta: O Lafayette era um lugar essencialmente masculino e que, além do tradicional café, servia bebidas, principalmente cerveja. Entre os seus frequentadores, destacavam-se políticos, intelectuais, funcionários públicos e, muitos deles, poetas de renome. Era costume, entre eles, escrever na “louça” (azulejos do banheiro), quadras de poesias que eram verdadeiros desafios. A “turma” até torcia pelos protagonistas, como acontece, hoje, com os repentistas. Numa certa tarde, Ascenso Ferreira, um dos frequentadores mais assíduos (como também o era dos principais bares recifenses), chegou mais cedo, vindo lá da “Coletoria”. Avisou a alguns companheiros já presentes: - Vou lá, no banheiro, deixar “um presente” para Austro Costa (grande poeta) figura pitoresca e admirada na boemia recifense.

 

“A ‘peleja poética’, entre o gordo e espalhafatoso Ascenso e o baixinho e paquerador Austro, amigos de poesia e de boemia, causou expectativa e risos no Lafayette.

 

 

 

Ascenso X Austro II      Charge

 

 Ascenso, com toda a sua irreverência, foi ao banheiro, fez o “serviço” e escreveu na parede azulejada: “Aqui jaz, Austro Costa/ um poeta sem segundo/ morreu atolado na bosta/ na maior bosta do mundo”. Voltou à mesa e comentou o “feito” com os amigos.

 

 

Ascenso X Austro III - Aí, chegou Austro Costa e alguém diz: - Vai ver o que tem lá no banheiro. Ao ver o “presente de grego”, Austro pegou um lápis e mandou o verbo: “Na maior bosta do mundo/ não morri, fiquei suspenso/ pois antes de ir ao fundo,/ peguei nos chifres de Ascenso.

 

 

Fernando Melo/ Cortesia          Foto
Animais mortos com... - O professor e ambientalista Fernando Melo está indignado, pois, nos últimos meses, surgiram inúmeros casos de envenenamento de cães e gatos, na Comunidade de Taepé, em Igarassu. Um absurdo.

 


 

...veneno - Moradores estão revoltados por terem encontrado os seus animais mortos. “Creio que chegou a hora da Secretaria de Meio Ambiente discutir a implantação de políticas públicas em defesa da vida animal”, sugere Melo.

 

 

Prefeito - O prefeito Geraldo Júlio é o palestrante do 1° Encontro IBEF-PE/2014, abordando mobilidade urbana, educação, saúde, segurança, Carnaval e Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, às 8h, no auditório do JCPM, no Pina. À frente do IBEF-PE, José Emílio Calado.

 

 

 

CPI - A CPI para investigar 14 grandes obras inacabadas, em Olinda, será instalada no próximo dia 18. A sessão plenária definirá a Comissão, a presidência e a relatoria. O prazo inicial da apuração é de 90 dias, podendo ser prorrogado. A presidência dos trabalhos ficará com o vereador Arlindo Siqueira (PSL), autor da proposta.

 

 

 
 

Escolas -

Os pais, que não matricularam os filhos, na rede municipal de Jaboatão, ainda podem fazer nas escolas mais perto de suas casas. São dez mil vagas.

Médico -

O Consultório de Assistência Médica ao Trabalhador, do Programa Força Saúde, funciona das 7h20 às 18h30, na Rua São João, 601,  São José, perto do Metrô.

 






POLÍCIA FEDERAL FAZ GREVE DE 24H NESTA TERÇA-FEIRA



Nesta terça-feira, 11, os Agentes Federais, Escrivães e Papiloscopistas de Pernambuco farão a primeira de três paralisações pontuais, agendadas para os meses de fevereiro e março. Liderados pelo SINPEF/PE, os policiais federais pernambucanos irão parar em adesão à greve de 24 horas que acontece em todo o país. Os motivos são os mesmos que levaram a categoria a protestar com o “Algemaço” na última sexta-feira (07), ou seja, más condições de trabalho, desaparelhamento da polícia, corte do orçamento, perdas salariais. A concentração será na Superintendência da PF, no Cais do Apolo a partir das nove horas, onde os policiais irão oferecer café da manhã.
 
Uma das principais revoltas dos profissionais da PF é contra uma política de Segurança Pública que não valoriza os servidores, cujo trabalho é combater o tráfico de drogas, armas e a corrupção em nosso país. E isso vai da falta de investimento em melhores condições de trabalho a defasagens salariais. A categoria amarga um congelamento salarial de cinco anos, imposto pelo Governo Federal, já que o último reajuste simbólico foi de 3,4% em 2009 e a conseqüência são perdas salariais superiores a 40%.
Outra reclamação dos policiais federais é que, faltando apenas quatro meses para uma Copa do Mundo no país, não existe ainda um planejamento concreto em relação à segurança. Ao mesmo tempo a FENAPEF denuncia que o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção está incomodando e fazendo com que a categoria seja “castigada” pelo Poder executivo.
O resultado é que tamanha crise tem provocado conseqüências devastadoras entre a categoria e até gerado um número de suicídios gritante – A PF hoje é considerada a categoria que apresenta o maior índice de suicídio do país. Outro agravante diz respeito às evasões de profissionais, chegando a 250 policiais federais por ano, em todo o Brasil, que estão migrando para outros órgãos através de novos concursos públicos.
Além disso, só no ano passado 230 agentes federais abriram mão da profissão. Dos cargos esvaziados, metade desistiu no início da carreira, sem citar o comportamento dos policiais mais antigos, que contam os dias para se aposentar.
Conforme informações do Ministério do Planejamento existem aproximadamente três mil cargos policiais autorizados por Lei, mas ainda não ocupados na PF.
Segundo o presidente do SINPEF/PE Marcelo Pires, a expectativa é que a greve de amanhã tenha uma adesão significativa e que a maioria das atividades em Pernambuco seja suspensa, permanecendo em atividade, 30% do efetivo – conforme exigência em lei -, tanto na Superintendência, quanto em unidades da Polícia Federal no aeroporto, Porto do Recife e nos municípios de Caruaru e Salgueiro.
MAIORES INFORMAÇÕES
Diretoria de Comunicação
Magne Cristine – 9254-6411

Assessoria de Imprensa
Patrícia Braga – 9267-9853

Presidência do SINPEF
Marcelo Pires – 9231-0053




Saco de bondades para as empresas elétricas
 Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
 
O que o cidadão brasileiro não aceita mais é a benevolência, para se dizer o mínimo, com que as empresas elétricas são tratadas pelo Governo Federal.
 
Dois pesos e duas medidas. Enquanto a população brasileira, e ai não somente o consumidor sofre e é prejudicado com a queda vertiginosa da qualidade do serviço elétrico oferecido e com as altas tarifas, muito pouco é feito para reverter essa situação; já que sistematicamente as empresas elétricas de geração, transmissão e distribuição são “aliviadas” dos compromissos, inclusive contratuais, por quem devia regulá-las fiscalizar.
 
Os “apagões” e “apaguinhos” já são constantes na vida das pessoas, que sofrem as consequências de um péssimo serviço prestado. Carente de manutenção, de investimentos de modernização, de qualificação da mão de obra, de incompetência gerencial e com lucros cada vez maiores (basta acompanhar a evolução dos balanços contábeis anuais), essas empresas ainda pressionam, e conseguem com os gestores de plantão, mais e mais benefícios. O que se resume a um “capitalismo sem risco” para quem está, ou aventurou-se, nesse negocio. E não são poucos os aventureiros de primeira viagem.
 
A população sofre as mazelas de ter as frequentes interrupções de energia já incorporadas a seu cotidiano e tudo o que isso acarreta; e mesmo assim ter que pagar tarifas caras (ai de quem não pagar ou atrasar o pagamento).
 
Vejamos então mais recentemente algumas medidas que constituem verdadeiro “saco de bondades” oferecidas àquelas empresas.
 
No setor de geração, a resolução da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nº 595/2013, de dezembro passado, prevê algumas “bondades”. Por exemplo, a tolerância de três meses de atraso para a aplicação de sanções e a exclusão de responsabilidades ao gerador nas situações em que o atraso na operação ocorrer por caso “fortuito” ou “força maior” (?). Também poderá repassar ao consumidor o valor integral da energia comprada no mercado para atender a seus compromissos. O que significa que o consumidor vai pagar, pela ineficiência das empresas, que deixaram de produzir a quantidade de energia contratada no tempo determinado. Complementando sua quota de geração com a compra de energia às termelétricas (energia mais cara), repassando o aumento do preço da energia daí resultante ao Governo Federal, e assim aos contribuintes (nós). Na resolução anterior de 2005, a de no 165, as regras eram mais severas, pois as geradoras, quando atrasassem seus compromissos, não podiam repassar aos consumidores os gastos extras.
 
Na transmissão, segundo relatório da Aneel, os atrasos chegam a 4 (quatro) anos. Na média, o descumprimento do cronograma supera em 13 meses o prazo original previsto no contrato de concessão. 71% de todas as obras de transmissão estão com o cronograma atrasado. Ou, das 129 companhias do setor de transmissão, 57 apresentaram atrasos no cronograma de obras. O documento avaliou as obras concluídas após dezembro de 2010 e as que estavam em andamento até dezembro do ano passado. O resultado mostrou uma piora gradual no setor nos últimos anos. De acordo com a legislação, a empresa que tiver mais de três autos de infração e atraso acima de 180 dias não pode participar, sozinha, de novos leilões de energia. A campeã nesse quesito é a estatal Chesf, com 17 autos de infração. E nada é feito para modificar tamanha incompetência e falta de planejamento. 
 
Na distribuição, o “lobby” é estruturado e organizado. Capitaneados pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), constantes benesses têm sido “conquistadas”. A mais recente é a proposta de firmar Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Aneel e as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços e instalações de energia. O TAC poderá ser firmado quando forem encontrados descumprimentos quanto à qualidade dos serviços de energia elétrica, a segurança das pessoas e das instalações de energia, a expansão, reforços e melhorias das redes de energia, assim como dos sistemas de proteção e controle do sistema elétrico. Também será possível, em alternativa à aplicação de multas, impor às concessionárias pena substitutiva consistente em Obrigação de Realização de Ações e Investimentos. O pedido de imposição de pena substitutiva será apreciado pela Diretoria da Aneel e, se aprovado, a concessionária terá o prazo de 30 dias para apresentar a descrição e o cronograma detalhado das ações e investimentos a serem implementados. Ou seja, será uma alternativa dada às distribuidoras, em lugar da continuidade de processo fiscalizatório ou punitivo.
 
Enquanto que o cidadão convive com a péssima prestação de serviço, as companhias são agraciadas, favorecidas e estimuladas pelo poder publico com “facilidades” para continuarem a “desrespeitar” os que necessitam de energia elétrica (nós de novo). É hora de dar um basta. A solução está com o povo (nós finalmente).




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