quarta-feira, 1 de abril de 2015

Parabólica



Camelôs: Será
que Braga vai?

Hoje, às 9h, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife, o vereador Osmar Ricardo (PT) promove Audiência Pública para debater a situação do comércio informal no Recife. E pretende reunir autoridades, representantes do Governo, dos trabalhadores e da sociedade civil para discutir o problema. Mas, a grande pergunta é: “Será que o secretário de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), João Braga, vem?” Isto porque a audiência, antes programada para ocorrer, no dia 16 de março passado, foi remarcada para hoje, por conta da desistência de Braga de participar do encontro, mesmo tendo confirmado presença. Osmar Ricardo entende que é imprescindível a participação do secretário municipal no debate. A retirada de vários ambulantes da Avenida Conde da Boa Vista pela Prefeitura do Recife, sem alternativas para a categoria, gerou insatisfação entre os trabalhadores que, até agora, estão sem local para comercializar as suas mercadorias. A expectativa é que a Audiência Pública, na Câmara Municipal do Recife, encontre uma solução para o impasse e atenda as reivindicações dos ambulantes.



Nem a “santa” dá...    

A Praça Nossa Senhora do Rosário, no Centro de Paulista, vive mais suja do que pau de galinheiro. É mais fácil assistir a um milagre do que ver a fonte de água jorrando, denuncia Amanda Alves Ferreira. E buracos, no seu entorno, dificultam a passagem.

Amanda Ferreira/Cortesia
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...um jeito na praça - “É um descaso, pois a ‘praça’ fica a poucos metros da prefeitura. Deficientes, idosos e gestantes penam para passar pelo no local. Se este logradouro está desse jeito, imaginem como não estarão as praças dos bairros mais afastados?”,pergunta Amanda. 



A face da miséria

Genival Paparazzi  

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No Parque Treze de Maio, às barbas da Câmara Municipal do Recife, da Assembleia Legislativa e da Secretaria da Juventude, mendigos montaram acampamento com dormitório e tudo. É a miséria que ninguém quer ver.


Inclusão - De hoje a domingo, sempre às 20h, a Paixão de Cristo do Recife, na Praça do Marco Zero. E a Secretaria Estadual de Direitos Humanos fará a tradução em libras para surdos e em áudio-descrição do espetáculo para pessoas cegas.



Deficientes - O Porto Digital abriu inscrições para o Curso de Testes de Software voltado para pessoas com deficiência auditiva,  turmas de 20 pessoas, 60 horas de aulas e duração de quatro meses. Inscrições, até sexta-feira, no qualificacao@portodigital.org.



IMIP - O Dia da Lembrança do IMIP é, hoje, às 10h, com uma missa, na capela, em homenagem e em agradecimento aos que se dedicaram à edificação do maior hospital 100% SUS do Nordeste. Marca ainda o dia da memória do saudoso fundador do IMIP e pediatra, o professor Fernando Figueira. A missa é aberta ao público



Via-... -

Às 6h de hoje, concentração, no Pátio de São Pedro, da Via-Sacra da Fraternidade, que percorrerá as ruas do Recife, lembrando  Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.


...Sacra -
Promovida pela Associação Missionária Amanhecer (AMA),  arrecadará alimentos para a Escola Salesiana, de Jaboatão, que acolhe crianças em tempo integral .


Franquias -
Nos próximos dias 7 e 8, o Camará Shopping receberá o I Encontro Empreender Franquias, do Instituto Fecomércio e do Sebrae. Tel.: 81.3050.9050 e contato@camarashopping.com.br.








Robson Sampaio
“O Recife ainda é a minha eterna paixão



Por Raimundo de Moraes - Editor do Portal Interpoética.


por Raimundo de Moraes 

No mês do aniversário do Recife, o Interpoética entrevistou um dos seus habitantes que expressa na poesia o seu amor pela cidade: o escritor e jornalista Robson Sampaio – recifense de coração, que adotou a capital pernambucana como residência desde a infância, conhecendo de perto as grandes mudanças que transformaram o Recife nas últimas décadas. Membro da Academia Recifense de Letras, publicou O Recife & Outros PoemasEu Sou Capibaribe – PoemasArrecifesFrases & Minipoemas e Teatro da Vida. Atuando na imprensa pernambucana desde 1968, na entrevista Robson também opina sobre jornalismo, revela inspirações cotidianas e preferências literárias. Confiram a seguir.

O Recife é uma espécie de musa, é um tema bastante frequente em sua poesia. E em 2006, você recebeu da Câmara Municipal o título Cidadão do Recife. Como vê a cidade nos dias atuais?
Sou alagoano, cheguei aqui com 12 anos, e ser recifense foi uma emoção e honra grandes. Também ser eleito para a Cadeira 22, da Academia Recifense de Letras, foi outra alegria. E também sou cidadão de Jaboatão. O Recife, a exemplo de outras metrópoles, quintuplicou nos últimos 30, 40, 50 anos. Com isso, surgiram vários problemas sociais e que foram agravando-se pela falta de políticas públicas efetivas e voltadas para os menos favorecidos. Vieram a violência, o desemprego, a falta de habitação, a carência na educação e na saúde, a poluição e por aí vai. Enfim, situações em que os governantes – federal, estadual e municipal – desdobram-se, ano após ano, em busca de soluções para uma vida melhor e mais digna aos mais necessitados. Acredito que, através da educação, possamos alcançar essas metas. Mas, o Recife ainda é a minha eterna paixão e, por isso, não perco a esperança e nem deixo de ir à luta.
Acredita em inspiração? Possui alguma rotina para escrever?
Claro, principalmente, entre os poetas. A poesia surge como um relâmpago, numa fração de segundos. De repente, bate alguma coisa dentro de mim, oriunda de uma observação, de um pensamento. Por várias vezes, fui dormir, com um tema na cabeça e não consegui conciliar o sono. Levantei para fazer o poema e, em algumas ocasiões, fiz três, quatro, varando a madrugada e amanhecendo o dia.  É algo que toma conta de sua alma.  Não tenho rotina. Não sei fazer poesia programada. A inspiração é repentina e natural. Faço poesia até num guardanapo de papel, numa mesa de bar. Aliás, o bar é a tribuna do povo. Em todos os sentidos.
Você tem uma grande experiência na Imprensa pernambucana. Além das novas tecnologias e das mídias sociais, o jornalismo mudou muito nas últimas décadas. Na sua opinião, quais osprincipais desafios para os novos profissionais que estão chegando ao mercado?
Completo, em agosto deste ano, 47 anos de profissão, dos quais 17 anos na coluna Folha da idade, da Folha de Pernambuco. O principal ou o primeiro é a concorrência devido aos inúmeros cursos de Jornalismo, que há 50, 40 anos, não existia. Com isso, diminui o campo de trabalho para o jovem jornalista. Então, além do talento, ele precisa saber escrever corretamente o Português, ler muito para ter um conhecimento geral dos acontecimentos e dos personagens mundiais e procurar aprender com os mais experientes. Eu tenho dito, aos jornalistas mais jovens, que o leitor é a principal matéria-prima do jornal. Além disso, o papel do jornalista é ser o vigilante dos direitos do povo e ainda isento, apartidário e neutro. É também a função do jornalista dar voz àquele que não tem voz. Isso, em todos os setores da sociedade e, especialmente, aos menos favorecidos. E, sobretudo, ler jornais e revistas, assistir telejornais, acessar a Internet e por aí vai. E procurar fazer Pós-graduação, Mestrado e Inglês ou Espanhol. Mas, no fundo no fundo, tem que ter a vocação e saber que ainda é uma profissão difícil e mal remunerada.
O lado jornalista ajuda na hora de escrever um poema?
No meu caso, sim. A poesia vem muito antes do Jornalismo, por volta dos anos 60, quando fiz as primeiras. Claro, que foram poemas infanto-juvenis, coisa de adolescente com 15 ou 16 anos. A inspiração para a poesia que faço, hoje, surgiu depois que me tornei jornalista, a partir de 1968. A inspiração veio com as minhas observações diárias como repórter. Comecei a sentir mais a beleza do Recife, o Rio Capibaribe (mesmo poluído e agredido), as pontes, as esquinas, as avenidas, os becos, o mar, a boemia, os bares, os botecos, os uísques, os cigarros, as mulheres, os amores e os desamores, o  frevo, o forró, o maracatu e a ciranda; o sofrimento das pessoas pobres, as crianças abandonadas, a seca do Sertão, a miséria  e a insensibilidade humanas, a criança e o idoso famintos, a inquietude humana e a morte são e serão sempre temas bem fortes na minha poesia. Foi por aí.      
Qual seria a maior tristeza de um homem? A maior alegria?
O desemprego. Não ter um trabalho ou uma profissão para se sustentar e manter a família. A alegria é ser pai. É um momento em que você pensa em Deus, sem dúvida nenhuma. Olha para o bebê e é você quem está ali. É a sua continuidade, é o sinal divino, esplêndido de um ser humano. Eu sou pai e pai-avô, corujas.
Tem algum livro de cabeceira? Costuma fazer releituras?
Já tive, hoje, não tenho mais tempo. Às vezes, releio Casa Grande & Senzala, que tem trechos que são verdadeiros poemas. Releio alguns livros de poesias, todos pernambucanos, e da minha geração e da atual.
E tendo como referência todos os livros que leu e admira, que personagem você seria?
Nenhum, não me atrevo a tanto. Na admiração por autores, o ator, escritor e dramaturgo Plínio Marcos tem a minha predileção.

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