“Depende da posição”…
Leia com atenção e escolha qual a melhor posição e qual você prefere. Segundo estudos recentes, parado, fortalece a coluna; de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue; de barriga para cima é mais prazeroso; sozinho é estimulante, mas, egoísta; em grupo, pode até ser divertido; no banho pode ser arriscado; no automóvel, é muito perigoso; com frequência, desenvolve a imaginação; entre duas pessoas, enriquece o conhecimento; de joelhos, o resultado pode ser doloroso. Enfim, sobre a mesa ou no escritório, antes de comer ou depois da sobremesa, sobre a cama ou na rede, nus ou vestidos, sobre o sofá ou no tapete, com música ou em silêncio, entre lençóis ou no “closet”, sempre é um ato de amor e de enriquecimento. Não importa a idade, nem a raça, nem a crença, nem o sexo, nem a posição socioeconômica… Ler é sempre um prazer! Definitivamente, leva a desfrutar da imaginação e você acabou de experimentar esse fato.
É melhor rir…
Quando se tem 30 anos, a morte parece distante. Mas, aos 70, a gente já passou por tantas coisas na vida que sabe que ela está logo ali. (Marília Pêra, atriz, de 72 anos). – Ou eu estou com cara de encalhada ou estou com cara de quem passa o rodo. (Bruna Marquezine, atriz, sobre o fato de lhe atribuírem vários namorados).v-Turnê, só em outra encarnação. Isso chama-se velhice e não tem cura. São 52 anos pulando no palco e não há coluna que sobreviva. (Rita Lee, cantora).
…Rir sempre
– Agora que pintei os cabelos, estou mais inteligente. (Ticiane Pinheiro, apresentadora do Programa da Tarde, da Rede Record, que antes era loira). – O Brasil é o único lugar do mundo que tem jabuticaba. E o único em que políticos da oposição concordam com tudo que o governo faz . (Pedro Taques, senador, criticando o silêncio da oposição, após as denúncias contra Renan Calheiros). – Pior do que esse Parlamento, só um Parlamento fechado. (Miro Teixeira, deputado, quando das eleições para presidências da Câmara e do Senado).
Frase: “O esqueleto humano é o Raio-X que ninguém quer”.
Poesia:
Os mortos riem…
*Robson Sampaio
No Dia dos Mortos,
os mortos riem do choro
e das rezas dos vivos,
lamúrias perturbadoras
da paz e do silêncio
do Campo Santo.
Os mortos riem tal qual
hienas: sorrisos permanentes…
Mas, os vivos choram e choram,
rezam e rezam, enquanto os mortos
riem, riem e até gargalham…
Os mortos riem,
no Dia dos Mortos, ou não.
Tal qual hienas: sorrisos permanentes,
escárnio dos vivos-sobreviventes e mortos-vivos,
rotina da vida eternamente…
* Jornalista, poeta, da Academia Recifense de Letras/Cadeira 22- Patronesse: Thargélia Barreto de Menezes, e da União Brasileira de Escritores (UBE/PE).
A feira de franquias acontece no Centro de Convenções de Pernambuco reunindo mais de 200 marcas com opções de negócios a partir de R$ 10 mil
Marco Aurélio - Não há governo. A pessoa que ocupa a cadeira de presidente da República precisa contar com apoio para governar. A presidente está superisolada. Como pode governar o País, se ela praticamente fala às paredes, sem ressonância maior? Não acredito na renúncia de Dilma, até por sua resistência invulgar. Não conheço um caso de renúncia por grandeza. Na história recente do Brasil, tivemos a renúncia do presidente Janio Quadros. O ex-presidente Collor renunciou quando estava tendo início o julgamento no Senado Federal. Não sei se hoje o País está melhor. Acho que está pior. O ocorrido no passado foi traumático. Implicou num desgaste, inclusive internacional, para a nação. Com uma renúncia coletiva, ainda que utópica, teríamos novas eleições para a presidência, e para as casas legislativas.
Marco Aurélio - A situação é embrionária. Estamos na fase de inquéritos. Temos de aguardar instruções, se houver processo crime com recebimento de denúncia. Uma delas já foi apresentada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Enquanto ele for presidente da Câmara, o recebimento ou não cabe ao plenário. Não há espaço para açodamento, sob pena de não se observar o figurino legal. Se o juízo, depois da compreensão da culpa, ficar sedimentado, aí a consequência será a condenação. Por ora, é cedo para presumirmos a culpa. Mas os fatos que têm vindo à tona são lastimáveis. Principalmente, porque se trata de um homem que está presidindo a Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara deveria ser um deputado acima de qualquer suspeita. Mas ainda não há culpa formada e temos de ver a realidade...
Marco Aurélio - Por mais, por mais que seja... Temos de observar a realidade.
Marco Aurélio - Aí é que está. Pela lei 1.079, o pedido de impeachment tem que ser submetido, a quem? Não é ao presidente da Câmara, mas ao colegiado da Câmara, aos 513 deputados, que, então, votarão para saber se deve ter sequência ou não o processo de impeachment. Quem define se o pedido de impeachment deve ter sequência não é o todo poderoso presidente da Câmara. Seria um poder muito grande para um homem único, não? Pela ordem jurídica existente, pela lei aprovada pelo Congresso, ele não tem esse poder. Isso é um equívoco. É não ler a lei 1.079, de 1950, que definiu o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Istoé - E a postura da oposição?
Marco Aurélio - Uma coisa é o jogo político, outra coisa é o direito positivo, que tem de ser observado. Paga-se o preço por vivermos em um Estado Democrático de Direito: o respeito irrestrito à Constituição Federal. Quem define as regras do jogo não é o presidente da Câmara, criando o critério de plantão.
Marco Aurélio - Não sei. Cabe à Câmara definir se há fato jurídico suficiente.
Marco Aurélio - A nação fica esfacelada. Essa história de que o povo brasileiro é pacífico tem limite. Nós vimos quebra-quebra nas manifestações de 2013. Foram atacados prédios públicos e privados e a população se mostrou agressiva. Na época, disse que “Vem pra rua” deveria ser substituído por “vem pra urna”, para tentarmos eleger bons representantes. A apatia não pode ser o mal da nossa geração. A sociedade tem o costume de posar de vítima, mas é responsável pelos políticos que foram eleitos e praticam atos que repercutem em nossas vidas.
Marco Aurélio - Acredito. As circunstâncias não nos asseguram a tranqüilidade. Me ponho na posição do cidadão que perde o emprego, e constata que a corrupção chegou a um ponto inimaginável. Em 44 anos, houve um crescimento populacional de 130%. Em 1970, éramos 90 milhões. Hoje somos 205 milhões. A saúde, a segurança pública, o saneamento, o transporte cresceram nessa proporção? Não. O contexto gera temor.
Marco Aurélio - Que a paciência da população se esgote e que isso exija a intervenção de forças repressivas. O risco de ruptura é latente, ele surge em função do considerável inconformismo da sociedade. É fácil a pessoa falar quando a crise ainda não a alcançou. Quando a fonte de sustento seca, surge uma revolta interior.
Marco Aurélio - Risco à democracia, não temo. Vivemos ares democráticos, constitucionais, e não há campo para retrocessos. O que precisamos é de correção de rumos. Os interesses políticos paroquiais não podem prevalecer. Há um esgarçamento constitucional visível, o que é ruim para tirar o Brasil da estagnação. Mas as instituições estão funcionando, a Polícia Federal, o Ministério Público, a magistratura. É um alento que nos dá esperança de dias melhores.
Marco Aurélio - Falta um corpo dirigente mais compenetrado de que cargo público é ocupado para servir aos semelhantes, e não em benefício próprio. Graças a uma imprensa livre, os problemas não são escamoteados e varridos para debaixo do tapete.
Marco Aurélio - Em 2006, eu disse que havia surgido o maior escândalo da República. Hoje, dou a mão à palmatória. Depois do escândalo na Petrobras, o mensalão poderia ser julgado pelo juizado de pequenas causas.
Marco Aurélio - Somos carentes de homens exemplares. Quando alguém começa realmente a cumprir o seu dever, passa a ser herói. Temos, no Brasil, muitas pessoas compenetradas no dever de servir. Não temos apenas um juiz. Temos milhares.
Marco Aurélio - Lastimável. O desejável era não haver esses fatos, desagradáveis para eles e para a sociedade. Mas, se houve desvio de conduta, que seja apurado. E se configurado, que pague pelo desvio quem o cometeu.
Marco Aurélio - O ex-presidente Lula é um ex-presidente. Ele precisa dar o exemplo. Um ex-presidente da República deve ser um farol para os brasileiros. Será que podemos tomar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um norte para os cidadãos? Tenho minhas dúvidas. Ele não é um semideus. A não ser os programas sociais, que aumentaram para se corrigir as desigualdades, eu não vejo outros atos do ex-presidente Lula que mereçam elogios.
Marco Aurélio - Processo algum pode ser cercado de mistério. Se há algo que já está encartado nos autos, há o direito de acesso do envolvido e de seus representantes legais. É o princípio básico, sob pena de não observarmos o devido processo legal. O mistério deve ser afastado: no âmbito da administração pública, a regra é a publicidade. Se dizem que estou envolvido, tenho direito de acesso para me defender do objeto da delação. É um princípio que eu repito há 36 anos, como juiz.
Marco Aurélio - Isso é visível. Imaginávamos que havia um partido no Brasil, o PT, que viria para implantar transformações, inclusive culturais. Ficamos todos decepcionados com o desempenho do partido.
Marco Aurélio - O impeachment não está num quadro de normalidade. Presume-se que o mandato será cumprido à risca. Se vivêssemos no parlamentarismo, já teríamos um outro governo tocando o Brasil. Se o Brasil fosse parlamentarista e se fosse primeira ministra, Dilma já teria caído.
Marco Aurélio - Nunca vi tanta prisão preventiva quanto delação em minha vida. A nossa população carcerária provisória está praticamente no mesmo patamar dos presos em definitivo. Alguém só pode ser considerado culpado quando não caiba mais recursos para a sentença condenatória. Há alguma coisa errada.
Marco Aurélio - Isso é péssimo. Você não pode prender um homem, para fragilizá-lo e, com isso, chegar ao objetivo. Em Direito, o meio justifica o fim, não o inverso.
Quando se tem 30 anos, a morte parece distante. Mas, aos 70, a gente já passou por tantas coisas na vida que sabe que ela está logo ali. (Marília Pêra, atriz, de 72 anos). – Ou eu estou com cara de encalhada ou estou com cara de quem passa o rodo. (Bruna Marquezine, atriz, sobre o fato de lhe atribuírem vários namorados).v-Turnê, só em outra encarnação. Isso chama-se velhice e não tem cura. São 52 anos pulando no palco e não há coluna que sobreviva. (Rita Lee, cantora).
…Rir sempre
– Agora que pintei os cabelos, estou mais inteligente. (Ticiane Pinheiro, apresentadora do Programa da Tarde, da Rede Record, que antes era loira). – O Brasil é o único lugar do mundo que tem jabuticaba. E o único em que políticos da oposição concordam com tudo que o governo faz . (Pedro Taques, senador, criticando o silêncio da oposição, após as denúncias contra Renan Calheiros). – Pior do que esse Parlamento, só um Parlamento fechado. (Miro Teixeira, deputado, quando das eleições para presidências da Câmara e do Senado).
Frase: “O esqueleto humano é o Raio-X que ninguém quer”.
Poesia:
Os mortos riem…
*Robson Sampaio
No Dia dos Mortos,
os mortos riem do choro
e das rezas dos vivos,
lamúrias perturbadoras
da paz e do silêncio
do Campo Santo.
Os mortos riem tal qual
hienas: sorrisos permanentes…
Mas, os vivos choram e choram,
rezam e rezam, enquanto os mortos
riem, riem e até gargalham…
Os mortos riem,
no Dia dos Mortos, ou não.
Tal qual hienas: sorrisos permanentes,
escárnio dos vivos-sobreviventes e mortos-vivos,
rotina da vida eternamente…
* Jornalista, poeta, da Academia Recifense de Letras/Cadeira 22- Patronesse: Thargélia Barreto de Menezes, e da União Brasileira de Escritores (UBE/PE).
Companheiros:
A minha
coluna Cidades Online está no www.blogdorobertosantos.com, de 3ª-feira a sábado. No domingo, Teatro da Vida/Causos – Frase - Poesia. E no www.robsonsampaio.blogspot.com.
Divulguem e mandem notas para o e-mail: rsampaioblog@gmail.com. Abs e obg.
Sobre o falecimento do ex-deputado Osvaldo Coelho
Osvaldo Coelho foi um político de grande valor. Dedicava-se exemplarmente às causas que abraçou ao longo de sua fecunda vida pública, como o desenvolvimento do semiárido nordestino, a educação e a capacitação dos jovens.
Nesses tempos em que vivemos, o seu legado de honradez e espírito público haverá de se constituir em referência e inspiração permanentes.
Armando Monteiro Neto
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Tudo pronto para a 5ª ABF Franchising Expo Nordeste
A feira de franquias acontece no Centro de Convenções de Pernambuco reunindo mais de 200 marcas com opções de negócios a partir de R$ 10 mil
Empreendedores que desejam investir no setor de franquias já têm data certa para tirar os planos do papel. Entre os dias 3 e 6 de novembro, a 5ª ABF Franchising Expo Nordeste traz para o Centro de Convenções de Pernambuco mais de 200 marcas expositoras que vão apresentar seus modelos de negócios a partir de R$ 10 mil. Para participar, o público pode se credenciar através do site abfexponordeste.com.br e comprar o ingresso antecipado que custa R$ 20 e dá acesso aos quatro dias de feira.
De acordo com estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado se mostra resiliente frente às adversidades do atual contexto econômico e registrou um aumento nominal do faturamento de 8,2% no 3º trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2014, com um total de R$ 35,5 bilhões. Se considerada a receita do setor de janeiro a setembro de 2015, o crescimento foi de 10,1%, atingindo R$ 99,3 bilhões, em relação aos mesmos meses do ano passado.
A ABF Franchising Expo Nordeste é uma ótima oportunidade para investidores fecharem negócios com marcas em expansão nas áreas dealimentação, bebida, vestuário, calçado, educação, decoração, beleza, saúde, lazer, turismo, entre outros.
O Grupo Trigo, que participa do evento com as marcas Koni, Domino’s e Spoleto, cujos investimentos para adquirir uma franquia variam entre R$ 450 mil e R$ 600 mil, foca sua expansão na região Nordeste do país. “Nossa intenção é crescer entre 15 e 20% em numero de lojas para o próximo ano”, revela o gerente de expansão do grupo, Rodrigo Neves. “Na crise surgem as oportunidades e estamos prontos para expandir com qualidade”, detalha.
Especializada em calçados, bolsas e acessórios injetados, a empresa It Beach possui mais de 45 unidades no Brasil. Esta é a primeira vez que a marca participa da ABF Franchising Expo Nordeste. “Mesmo com o atual momento econômico do país, esperamos fechar 2015 com cerca de dez novas lojas e um crescimento de cerca de 10% no faturamento da rede”, afirma o diretor executivo da It Beach, Frederico Escobar. “Acreditamos que aqueles que investirem agora irão colher bons frutos lá na frente”, complementa.
Outra novidade da feira ainda é a Roval Pet, que produz remédios manipulados para animais, mercado pouco explorado no Nordeste. De acordo com o CEO do Grupo Roval, a empresa pretende abrir 20 lojas na região até o final de 2016.
Curso ABF - A 5ª ABF Franchising Expo Nordeste oferece, ainda, o cursoEtapas Essenciais para Escolher uma Franquia, ministrado pelaconsultora de Inteligência em Franchising e Varejo, Cristiane de Paula, que atua há 22 anos no mercado. O curso, gratuito para participantes da feira, abordará todos os aspectos relacionados à escolha e abertura de uma empresa no ramo de franchising. As apresentações serão feitas em dois horários, todos os dias do evento, sempre das 17h às 19h e das 19h30 às 21h30. Os visitantes interessados devem retirar seu ingresso no balcão de cursos na entrada do auditório da feira, optando pelo dia e horário que deseja participar. As vagas são limitadas.
A 5ª ABF Franchising Expo Nordeste é a versão regional da maior feira de franquias do mundo, que acontece anualmente em São Paulo. O evento é realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e promovido e organizado pela BTS Informa – segunda maior promotora de feiras do Brasil.
Serviço:
ABF Franchising Expo Nordeste
Data: 3 a 6 de novembro de 2015
Local: Centro de Convenções de Pernambuco
Horário: 16h às 22h
Site: www.abfexponordeste.com. br
Data: 3 a 6 de novembro de 2015
Local: Centro de Convenções de Pernambuco
Horário: 16h às 22h
Site: www.abfexponordeste.com.
MARCO AURÉLIO MELLO PROPÕE UMA 'RENÚNCIA
COLETIVA' NA ESPLANADA.
FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR
Em entrevista à revista IstoÉ desta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, avaliou a atuação crise institucional e econômica que o Brasil enfrenta. Segundo ex-presidente do STF, que se aposenta em julho de 2016, sua ideia é uma renúncia coletiva da presidente Dilma, do vice-presidente Michel Temer, e dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Para o ministro do Supremo, se o Brasil vivesse sob um regime parlamentarista, Dilma já teria caído.
Veja abaixo a entrevista na íntegra:
Istoé - O sr. lançou a ideia da renúncia coletiva por não ver saída para a crise?
Marco Aurélio Mello - Não podemos continuar nesse estado em que não há um diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo e não se toma as medidas que impeçam o País de ir à bancarrota. O desemprego está se agravando. Claro que julgo as pessoas por mim. Numa situação dessas, eu teria essa iniciativa. Colocaria em segundo plano um interesse individual para privilegiar o coletivo. A verdade é que o Brasil está parado. Há uma crise econômica. E é fato notório que não há governo.
Istoé - Não há governo?
Marco Aurélio - Não há governo. A pessoa que ocupa a cadeira de presidente da República precisa contar com apoio para governar. A presidente está superisolada. Como pode governar o País, se ela praticamente fala às paredes, sem ressonância maior? Não acredito na renúncia de Dilma, até por sua resistência invulgar. Não conheço um caso de renúncia por grandeza. Na história recente do Brasil, tivemos a renúncia do presidente Janio Quadros. O ex-presidente Collor renunciou quando estava tendo início o julgamento no Senado Federal. Não sei se hoje o País está melhor. Acho que está pior. O ocorrido no passado foi traumático. Implicou num desgaste, inclusive internacional, para a nação. Com uma renúncia coletiva, ainda que utópica, teríamos novas eleições para a presidência, e para as casas legislativas.
Istoé - Como vê a situação do presidente da Câmara?
Marco Aurélio - A situação é embrionária. Estamos na fase de inquéritos. Temos de aguardar instruções, se houver processo crime com recebimento de denúncia. Uma delas já foi apresentada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Enquanto ele for presidente da Câmara, o recebimento ou não cabe ao plenário. Não há espaço para açodamento, sob pena de não se observar o figurino legal. Se o juízo, depois da compreensão da culpa, ficar sedimentado, aí a consequência será a condenação. Por ora, é cedo para presumirmos a culpa. Mas os fatos que têm vindo à tona são lastimáveis. Principalmente, porque se trata de um homem que está presidindo a Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara deveria ser um deputado acima de qualquer suspeita. Mas ainda não há culpa formada e temos de ver a realidade...
Istoé - Por mais rodriguiana que seja?
Marco Aurélio - Por mais, por mais que seja... Temos de observar a realidade.
Istoé- E que tem o poder de pautar um processo de impeachment...
Marco Aurélio - Aí é que está. Pela lei 1.079, o pedido de impeachment tem que ser submetido, a quem? Não é ao presidente da Câmara, mas ao colegiado da Câmara, aos 513 deputados, que, então, votarão para saber se deve ter sequência ou não o processo de impeachment. Quem define se o pedido de impeachment deve ter sequência não é o todo poderoso presidente da Câmara. Seria um poder muito grande para um homem único, não? Pela ordem jurídica existente, pela lei aprovada pelo Congresso, ele não tem esse poder. Isso é um equívoco. É não ler a lei 1.079, de 1950, que definiu o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Istoé - E a postura da oposição?
Marco Aurélio - Uma coisa é o jogo político, outra coisa é o direito positivo, que tem de ser observado. Paga-se o preço por vivermos em um Estado Democrático de Direito: o respeito irrestrito à Constituição Federal. Quem define as regras do jogo não é o presidente da Câmara, criando o critério de plantão.
Istoé - As pedaladas fiscais são suficientes para o impeachment?
Marco Aurélio - Não sei. Cabe à Câmara definir se há fato jurídico suficiente.
Istoé - A sensação é de que a corrupção tomou conta de tudo. O que acontece com uma nação quando perde a confiança e a esperança?
Marco Aurélio - A nação fica esfacelada. Essa história de que o povo brasileiro é pacífico tem limite. Nós vimos quebra-quebra nas manifestações de 2013. Foram atacados prédios públicos e privados e a população se mostrou agressiva. Na época, disse que “Vem pra rua” deveria ser substituído por “vem pra urna”, para tentarmos eleger bons representantes. A apatia não pode ser o mal da nossa geração. A sociedade tem o costume de posar de vítima, mas é responsável pelos políticos que foram eleitos e praticam atos que repercutem em nossas vidas.
Istoé - O sr. crê em recrudescimento?
Marco Aurélio - Acredito. As circunstâncias não nos asseguram a tranqüilidade. Me ponho na posição do cidadão que perde o emprego, e constata que a corrupção chegou a um ponto inimaginável. Em 44 anos, houve um crescimento populacional de 130%. Em 1970, éramos 90 milhões. Hoje somos 205 milhões. A saúde, a segurança pública, o saneamento, o transporte cresceram nessa proporção? Não. O contexto gera temor.
Istoé - O que sr. mais teme?
Marco Aurélio - Que a paciência da população se esgote e que isso exija a intervenção de forças repressivas. O risco de ruptura é latente, ele surge em função do considerável inconformismo da sociedade. É fácil a pessoa falar quando a crise ainda não a alcançou. Quando a fonte de sustento seca, surge uma revolta interior.
Istoé - A democracia está ameaçada?
Marco Aurélio - Risco à democracia, não temo. Vivemos ares democráticos, constitucionais, e não há campo para retrocessos. O que precisamos é de correção de rumos. Os interesses políticos paroquiais não podem prevalecer. Há um esgarçamento constitucional visível, o que é ruim para tirar o Brasil da estagnação. Mas as instituições estão funcionando, a Polícia Federal, o Ministério Público, a magistratura. É um alento que nos dá esperança de dias melhores.
Istoé - Falta ao País um corpo dirigente mais preparado, com mais integridade?
Marco Aurélio - Falta um corpo dirigente mais compenetrado de que cargo público é ocupado para servir aos semelhantes, e não em benefício próprio. Graças a uma imprensa livre, os problemas não são escamoteados e varridos para debaixo do tapete.
Istoé - Depois do mensalão, surgiu o petrolão, com níveis de corrupção numa escala tão maior...
Marco Aurélio - Em 2006, eu disse que havia surgido o maior escândalo da República. Hoje, dou a mão à palmatória. Depois do escândalo na Petrobras, o mensalão poderia ser julgado pelo juizado de pequenas causas.
Istoé - Hoje o salvador da pátria é o juiz Sergio Moro. Joaquim Barbosa teve seu momento. O Brasil precisa de heróis?
Marco Aurélio - Somos carentes de homens exemplares. Quando alguém começa realmente a cumprir o seu dever, passa a ser herói. Temos, no Brasil, muitas pessoas compenetradas no dever de servir. Não temos apenas um juiz. Temos milhares.
Istoé - Como o sr. entende o caso da busca e apreensão no escritório do filho do ex-presidente Lula?
Marco Aurélio - Lastimável. O desejável era não haver esses fatos, desagradáveis para eles e para a sociedade. Mas, se houve desvio de conduta, que seja apurado. E se configurado, que pague pelo desvio quem o cometeu.
Istoé - Como o sr. avalia Lula hoje?
Marco Aurélio - O ex-presidente Lula é um ex-presidente. Ele precisa dar o exemplo. Um ex-presidente da República deve ser um farol para os brasileiros. Será que podemos tomar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um norte para os cidadãos? Tenho minhas dúvidas. Ele não é um semideus. A não ser os programas sociais, que aumentaram para se corrigir as desigualdades, eu não vejo outros atos do ex-presidente Lula que mereçam elogios.
Istoé - Outro filho do ex-presidente Lula, Fábio, pediu acesso à delação premiada de Fernando Baiano e foi negada pelo Supremo. Por que?
Marco Aurélio - Processo algum pode ser cercado de mistério. Se há algo que já está encartado nos autos, há o direito de acesso do envolvido e de seus representantes legais. É o princípio básico, sob pena de não observarmos o devido processo legal. O mistério deve ser afastado: no âmbito da administração pública, a regra é a publicidade. Se dizem que estou envolvido, tenho direito de acesso para me defender do objeto da delação. É um princípio que eu repito há 36 anos, como juiz.
Istoé - O sr. acredita que o PT esteja destruído como partido?
Marco Aurélio - Isso é visível. Imaginávamos que havia um partido no Brasil, o PT, que viria para implantar transformações, inclusive culturais. Ficamos todos decepcionados com o desempenho do partido.
Istoé - O sr. tem dito que o processo de impeachment é traumático. Por que?
Marco Aurélio - O impeachment não está num quadro de normalidade. Presume-se que o mandato será cumprido à risca. Se vivêssemos no parlamentarismo, já teríamos um outro governo tocando o Brasil. Se o Brasil fosse parlamentarista e se fosse primeira ministra, Dilma já teria caído.
Istoé - Como o sr. vê a quantidade de delações premiadas da Lava Jato?
Marco Aurélio - Nunca vi tanta prisão preventiva quanto delação em minha vida. A nossa população carcerária provisória está praticamente no mesmo patamar dos presos em definitivo. Alguém só pode ser considerado culpado quando não caiba mais recursos para a sentença condenatória. Há alguma coisa errada.
Istoé - O sr. entende a prisão preventiva como forma de pressão para provocar a delação premiada?
Marco Aurélio - Isso é péssimo. Você não pode prender um homem, para fragilizá-lo e, com isso, chegar ao objetivo. Em Direito, o meio justifica o fim, não o inverso.
TRT-PE leiloará dois grandes lotes de áreas de engenhos instalados às margens da BR-101 Norte
Um dos imóveis tem mais de 32 hectares e está localizado defronte ao Pólo Farmacoquímico e de Biotecnologia de Pernambuco
Partes do patrimônio remanescente dos engenhos Jacaré e Dois Rios, em Goiana, serão leiloadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT-PE) nesta terça-feira (03.11). Os dois lotes estão avaliados em mais de R$ 13 milhões. O valor arrecadado será usado na quitação de débitos trabalhistas junto a ex-funcionários da Usina Maravilhas S/A, atualmente desativada. As ações coletivas foram ajuizadas nas Varas do Trabalho de Timbaúba, Nazaré da Mata e Goiana.
O Engenho Jacaré está localizado numa área estratégica às margens da BR-101 Norte. Seus 43,6 hectares ficam delimitados entre o Rio Capibaribe Mirim e a Mata Atlântica e foram avaliados em cerca de R$ 4,36 milhões. No local, há uma faixa de terra cultivada com lavouras permanente e de subsistência (branca) e 29 casas de alvenaria com rede elétrica e água potável de poço comunitário ocupadas por ex-empregados das usinas Maravilhas S/A e Cruangi S/A – todos cientes da situação judicial envolvendo o lugar. As benfeitorias incluem ainda um imóvel residencial de maior porte, conhecido como ‘grande casa’, hoje desocupado e abandonado.
O 32,1 hectares do Engenho Dois Rios também estão encravados em área bastante privilegiada: às margens da mesma BR-101 Norte, defronte ao Polo Farmacoquímico e de Biotecnologia de Pernambuco e a aproximadamente cinco quilômetros do centro urbano de Goiana. O imóvel não conta com benfeitorias, mas detém uma área de plantio de cana-de-açúcar seca. Ele está avaliado em cerca de R$ 9,64 milhões.
Mais - O leilão no dia 03 de novembro ocorrerá no Fórum Trabalhista de Timbaúba, a partir das 11h, apenas na modalidade presencial. Qualquer pessoa maior de 18 anos que não possua restrição legal pode participar da hasta pública. Para isso, basta comparecer ao evento com RG, CPF e comprovante de residência.
No caso de pessoa jurídica, é necessário apresentar o contrato social da empresa com cópia autenticada, ficha cadastral do CNPJ e, se o representante não for sócio, procuração com firma reconhecida. O arrematante de cada lote deverá garantir o lance com o sinal de 20% do valor e 5% de remuneração para o Leiloeiro Público Oficial.
Execução - A penhora e leilão de bens de devedores é uma das maneiras que a Justiça tem para garantir o pagamento de créditos processuais. Quando a parte vencida não paga espontaneamente o débito é possível fazer o bloqueio e a venda de seu patrimônio. Atualmente, o TRT-PE possui cerca de 40 mil processos na fase de execução, que já têm decisão definitiva, mas aguardam quitação da dívida.
Texto: Larissa Correia
Imagem: Divulgação
Serviço:
O que: leilão de partes do patrimônio remanescente dos engenhos Jacaré e Dois Rios, em Goiana, pertencentes à Usina Maravilhas S/A
Quando: no próximo dia 03 de novembro, a partir das 11h
Onde: Fórum Trabalhista de Timbaúba (Avenida Estudante Micheline Pereira Campos, 290, Araruna)
Informações ao público:
Fone: (81) 3631- 0231
Email: varatimbauba@trt6.jus. br
Descrição dos bens:
Edital de Praça Nº 325/15
Modelo de procuração para pessoa jurídica:
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Informações para a imprensa:
Núcleo de Comunicação Social (NCS) do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT-PE)
Eugenio Jerônimo, chefe do NCS: (81) 9.8793.5116
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Por CARLOS AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS*
Miriam Leitão , no artigo RECUAR JAMAIS, publicado no Jornal O GLOBO , de 25 de outubro 2015, manifesta sua conhecida repulsa ao estamento militar. Nele, critica o General ANTÔNIO HAMILTON MARTINS MOURÃO, atual Comandante Militar do Sul, por ter proferido palestra/aula para os jovens do CPOR/Porto Alegre/RS e feito comentários sob os descaminhos éticos e políticos da corrupção brasileira. Afirma, professoralmente e sem rodeios: "O Brasil avançou muito nos últimos trinta anos.................... Primeiro, escolhemos a democracia e a volta dos militares aos quartéis. Definitivamente".
Ela quer chefes militares fracos , como freiras enclausuradas no castro, alienados dos aspectos políticos, esquecendo-se da lapidar frase do Marechal Osório :" A farda não abafa no peito o cidadão". Deseja chefes eunucos , desprovidos de indignação e honra, que continuem bovinamente assistindo o país despencar ladeira abaixo , na senda da roubalheira descarada , conduzida por políticos desprezíveis e bandidos que frequentam o esgoto da política, sem qualquer manifestação de inconformidade. Generais são líderes e têm responsabilidades e a história pátria está cheia de exemplos.
A jornalista, que desfruta de espaços generosos da mídia, propositadamente esquece o importante papel dos Chefes das Forças Armadas Brasileiras, na formação da nossa nacionalidade em fatos relevantes que os compêndios de história registram.
Não tenho procuração do GENERAL MOURÃO e nem ele precisa de mim para defendê-lo. Tenho, sim, orgulho de ser seu subordinado, por testemunhar sua eficaz e oportuna ação de comando, quando esclarece seus comandados sobre os desvios ( morais, éticos, financeiros, etc...) divulgados diariamente pela imprensa, que aviltam os brasileiros honrados.
Com a responsabilidade do alto cargo que ocupa e com a experiência acumulada ao longo de sua brilhante carreira, não só tem o dever, mas a obrigação de alertar seus comandados , como fez recentemente no CPOR de Porto Alegre.
O que incomoda a jornalista e sua grei política é ver surgir, para alegria da nação, uma nova liderança nas Forças Armadas , embasada em alicerces e princípios morais e éticos inatacáveis. O Brasil anseia por governantes com esse perfil e com essa coragem.
Tenho a certeza que parcela expressiva da humilde e necessitada população brasileira aspira por mudanças e acalenta o sonho de voltar a ser conduzida por homens honrados. Não aceitam mais corruptos e políticos medíocres que, usando as chicanas da esperteza, só buscam benefício próprio.
A palestra/aula proferida pelo General MOURÃO veio em boa hora e sugere o nascimento de uma nova liderança militar. A salutar decisão do Marechal CASTELO BRANCO de limitar o tempo de permanência dos generais no serviço ativo, retirou dos quarteis as nefastas discussões político- partidárias e terminou de vez com caudilhos militares; deixou , entretanto, uma séria lacuna: o desaparecimento de Lideranças Militares autênticas e competentes, tão necessárias nos desastrosos e trágicos dias vividos pelo país.
*General Reformado
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Prefeito recepciona estudantes da rede municipal de ensino campeões da Olimpíada Brasileira de Robótica
Os alunos da rede municipal de ensino que conquistaram a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) em Minas Gerais chegam na tarde desta segunda-feira (02) ao Recife. Os campeões Maryllia Willyane Félix, Emerson Almeida e Gabriel Loureiro, todos com 14 anos, além dos professores Cid Espíndola e Juliana Borges, serão recepcionados pelo prefeito Geraldo Julio, às 16h, no Aeroporto Internacional do Recife.
A vitória dos estudantes da rede municipal, que disputaram com escolas particulares e públicas de todo o Brasil, acontece pouco mais de um ano e meio depois da Prefeitura do Recife implantar o Programa Robótica na Escola. Todas as turmas do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) da rede municipal de ensino do Recife têm aula de robótica desde o ano passado. Maryllia, Emerson e Gabriel estudam na Escola Municipal Rodolfo Aureliano, na Várzea. Com a vitória, eles se classificaram para a RoboCup - campeonato internacional que será realizado no próximo ano, na Alemanha.
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