quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cidades Online


Câmara elege o 6º Parlamento Jovem

A eleição do 6º Parlamento Jovem acontece, hoje, das 13h às 17h, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife, e concorrem jovens de 15 a 29 anos que tenham indicação de entidades, escolas, universidades, movimentos sociais e ONGs. O vereador Wanderson Florêncio (PSBD), autor do requerimento responsável pela organização do biênio 2015-2016 da iniciativa, explicou que uma maior inclusão de segmentos importantes do município vai fazer a diferença na nova edição do Parlamento Jovem. “Neste Parlamento, nós ampliamos os segmentos de atuação. Além dos empresários, dos secundaristas, dos movimentos ambientais e culturais que já existiam, a gente abriu espaço para pessoas que vêm do processo de ressocialização. Pessoas com deficiências também vão ter um espaço garantido”. O programa proporciona aos jovens recifenses a oportunidade de conhecer e participar no processo de discussão, proposição e deliberação de políticas públicas para a Cidade. “Neste momento de descrédito da política, em que ela é tão maltratada, a gente tem que chamar a juventude para trazer uma nova energia, novos debates, novas ideias e temas importantes para a nossa cidade”, afirmou Wanderson.

Sugestões podem virar lei

Serão eleitos, 39 titulares e mais 39 suplentes e que terão a possibilidade de sugerir projetos que, se adotados por um parlamentar da Casa, podem virar lei. A posse será no próximo dia 20. Também está prevista a realização de um minicurso preparatório sobre como fazer um projeto de lei, marcado para esta sexta-feira. Informações no parlamento2015jovem@gmail.com ou  no WhatsApp: 99950.2392.

Audiência sobre o… 

O deputado Silvio Costa Filho, líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), vai apresentar um requerimento para realização de audiência pública para discutir a escalada da violência em Pernambuco. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social do Estado, o número de homicídios em Pernambuco este ano já alcançou a marca de 3.141 casos, até o último dia 28 de outubro. Ao todo, foram contabilizadas 341 mortes a mais em relação aos dez primeiros meses de 2014, o que representa um crescimento de 21,17%.

Foto: Cortesia
A-Sílvio Costa Filho

…crescimento da violência

Só no mês de outubro, segundo dados do serviço de informações da Secretaria de Defesa Social (Infopol), já foram 334 casos registrados até o dia 28. Apesar de parciais, os números fazem de outubro o segundo mês mais violento do ano, atrás apenas de março, quando foram contabilizados 336 homicídios. O parlamentar destaca ainda que o crescimento da violência no Estado não se restringe aos crimes contra a vida. “Também temos relatos de crescimento nos crimes contra o patrimônio, com aumento de 180% no índice de assaltos a agências bancárias e caixas eletrônicos e de pouco mais de 40% nos registros de assaltos a ônibus”, destacou.

…Capital mais segura…

“A Capital pernambucana, que na propaganda do Governo e da Prefeitura aparece como a Capital mais segura do Nordeste, também apresenta crescimento no número de casos de violência. Foram registrados 456 homicídios no Recife, também até o último dia 28, num crescimento de 8,31% em relação aos dez primeiros meses do ano passado. Os números mostram a distância entre o Pernambuco da publicidade e o Pernambuco de Verdade”, afirma Sílvio Cota Filho.

…do Nordeste?

do relatório de criminalística da SDS, cerca de oito pessoas foram assaltadas por dia em Pernambuco entre janeiro e junho deste ano. Até junho, foram mais de 205 registros por dia – totalizando 37,4 mil casos, segundo balanço do segundo trimestre do sistema Infopol, da SDS. No Recife foram cometidos 40,5% desses crimes, totalizando 15,15 mil casos nos primeiros seis meses do ano.

Aberração!!! 1 

Do leitor Christovam Guerra: “Aberração!!! Comerciante de saladas de frutas, inescrupulosa e sem noção, agindo como criminosa, aproveitando  o feriadão de finados de anteontem, trocou a sua carroça de frutas por construção de alvenaria na pista de rolamento na Praça Machado de Assis, em frente ao Edifício Santa Rita, por trás do Cinema São Luiz, na Boa Vista”.

Aberração!!! 2

Ele continua: “Já conseguiu a ligação da Celpe e, agora, vai colocar uma caixa d´água e pedir ligação à Compesa. Pode?  A PCR, Secretaria de Mobilidade e Emlurb autorizaram? Deram alvará? Outra: ela manuseia e prepara sucos e vitaminas no local, também pode? A falta de higiene é total, precisa de uma visita das autoridades sanitárias, urgente”.

Homenageados… 

Um clube e um maracatu centenários e um jovem maestro. Estes são os homenageados do Carnaval 2016 do Recife. Recebem o posto maior da folia recifense o Clube Carnavalesco Misto Pão Duro, o Maestro Forró e o Maracatu Nação Porto Rico.

…do Carnaval 

Eles foram recebidos, ontem, pelo prefeito em seu gabinete, no 9º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife. Para o prefeito Geraldo Julio, os homenageados representam a tradição e a nova geração da nossa cultura.

Parabólica:

Cartografia – Hoje, representantes de entidades ligadas à temática da modernização da cartografia estadual estarão reunidos, às 9h, no auditório da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem. No  II Encontro anual da Comissão Estadual de Cartografia de Pernambuco – Comcar/PE, com foco nos “Desafios e Oportunidades para a Cartografia do Estado”. No Condepe/Fidem, na Rua das Ninfas, 65, na Boa Vista.

 Camarões – A criação de camarões em área de mangue no Recife será tema da reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), nesta quinta-feira (05), às 14h. Atendendo à solicitação dos membros do COMAM, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife promoverá um debate com a participação  e entidades e especialistaa da área. Às 14h, na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro. 

Audiovisual – Estão abertas as inscrições para a Oficina de Introdução ao Audiovisual, promovida pela Prefeitura do Paulista. Para garantir uma das 60 vagas, os interessados devem procurar o Espaço Cultural Ariano Suassuna, que fica na Rua Manoel Gonçalves, nº 76, Vila Torres Galvão. 

O Que é o… – “O Que é o Espiritismo?” será o tema da 37ª Semana Espírita Cabense, que acontecerá de 17 e 22 próximo, na Câmara Municipal dos Vereadores, no Cabo de Santo Agostinho, das 19h30 às 21h. O evento é uma vitrine de palestrantes espíritas que representam as federações estaduais da qual pertencem. 

…Espiritismo? – Palestrantes da Paraíba e Pernambuco figuram entre os participantes deste ano e os temas de cada noite explicarão melhor para espíritas e não espíritas os aspectos mais marcantes da doutrina codificada por Alan Kardec, na França do século XIX.

Companheiros:
A minha coluna Cidades Online está no www.blogdorobertosantos.com, de 3ª-feira a sábado. No domingo, Teatro da Vida/Causos – Frase – Poesia. E no www.robsonsampaio.blogspot.com. Divulguem e mandem notas para o e-mail: rsampaioblog@gmail.com. Abs e obg.


 Entrevista completa com o Comandante do Exército Brasileiro - EB

"Estamos correndo o risco de retroceder 30, 40 anos, quando uma indústria de defesa era a oitava do mundo e tinha conquistado mercados externos, mas se perdeu praticamente toda%u201D

O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva na manhã da última sexta-feira, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.

Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro. Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência.”

Programas das Forças Armadas, mais especificamente do Exército, sofrerão cortes drásticos. Como o senhor avalia essa dificuldade?

Com preocupação. A situação financeira que a gente tem ouvido é que o ano que vem será tão ruim quanto este. E 2017 também será um ano muito, muito ruim, seguido de um período razoável de crescimento muito baixo. Isso indica que não vão haver mudanças significativas no orçamento. Estamos correndo o risco de retroceder 30, 40 anos quando uma indústria de defesa era a oitava do mundo, tinha conquistado mercados externos, mas se perdeu praticamente toda. A gente corre o risco de isso vir a acontecer novamente, porque nesses anos os projetos ficaram no mínimo para não serem descontinuados. Mas, se isso prosseguir, acredito que as empresas não terão condições de manter projetos. E a perda é muito grande.

Qual é o risco imediato?

O Guarani é um programa de longo prazo, de um custo total de R$ 20 bilhões. Íamos comprar 1.200 carros, mas, neste ritmo dos cortes orçamentários, de adquirir 60 carros por ano, vamos levar 20 anos. O ciclo de implantação não será concluído e já estará obsoleto. Atravessamos um período de 30 anos de penúria orçamentária. Com isso, o Exército foi se esgarçando, porque não é da nossa natureza dizer não. Se se estabelece que é necessário o cumprimento de alguma tarefa, vamos cumprir. Nós nos acostumamos a matar um leão por dia, mas perdemos a capacidade de pensar a longo prazo, estrategicamente. Até que veio o governo do presidente Lula e essa série orçamentária que era declinante se reverteu e começou a melhorar.

Com o ministro Nelson Jobim?

O marco foi quando o presidente Lula chamou o ministro (Nelson) Jobim  para o Ministério da Defesa e disse: “Sua missão é colocar a defesa na pauta de discussão nacional”. E, aí, o ministro Jobim, com o ministro Mangabeira Unger, elaborou uma Estratégia Nacional de Defesa, um marco na história da defesa. Pela primeira vez, o poder político disse aos militares qual era a concepção de Forças Armadas, o que entendiam como necessário para o Brasil. Por exemplo, a estratégia nacional de Defesa determina que o Exército deve cumprir a estratégia da presença, principalmente na Amazônia. Sempre estabelecemos que a nossa estratégia da Amazônia era a presença. Por uma coisa autoimposta. Porque a gente entendia que era a maneira adequada de tratar o tema. Mas, com a estratégia, isso teve um efeito especial, porque há uma contrapartida. Tive condições de apresentar a nota para o governo. Outra mudança importante foi em relação aos projetos estratégicos. É importante que os recursos das Forças Armadas tenham previsibilidade e regularidade, porque não adianta ter um volume grande de recursos num ano e, no outro, não ter. Com a estratégia nacional de Defesa a gente pôde fazer uma reestruturação interna do Exército.
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Os manifestantes pedem % u 2018 intervenção militar constitucional % u 2019 (risos).
Eu queria entender como se faz isso"

Como assim?

Em 2010, houve o terremoto no Haiti, em 12 de janeiro. Já estávamos no Haiti. Imediatamente a ONU pediu que o Brasil dobrasse o efetivo. Eram mil e poucos homens e pediram que a gente dobrasse o efetivo. Isso custou três semanas para reunir um batalhão para levar para o Haiti. Veja que um Exército de 200 mil integrantes levar três semanas para organizar um batalhão para ir para o Haiti — isso porque a gente já estava lá — não podia ser assim. Aquilo foi uma gota d’água. Um Exército como o nosso, de um país como o nosso, tem que estalar os dedos e deslocar um batalhão nas áreas de interesse estratégico, em 24 horas, 48 horas. Então isso foi um alerta que ligou e começamos um processo de transformação. A Marinha e a Aeronáutica saíram na frente, porque eles estavam acostumados a grandes projetos, como no caso dos projetos dos aviões. A Marinha já vinha tratando do projeto do submarino. E a gente se estruturou para gerenciar esses sete grandes projetos que agora é que estão amadurecendo. Ainda estamos na fase de operação, e vamos ter essa interrupção.

É uma frustração?

É uma reversão de uma expectativa extremamente positiva.

O Brasil defende uma presença no Conselho de Segurança e, no ntanto, as Forças Armadas sofrem restrições. Não há incoerência?

Um país como o Brasil, que hoje é a oitava economia do mundo, naturalmente tem assumindo uma liderança regional, na América Latina, expandindo a sua área de interesse, pleiteando assento no Conselho de Segurança da ONU. Um país que pretende atingir esse patamar tem de ter capacidade de fazer o que se chama de projeção de poder. Precisa ter presença diplomática, econômica. Preciso ter presença política, capacidade de influência, e tudo respaldado por uma capacidade de presença militar. E isso pressupõe projeções de força. O país projeta poder e essa projeção de força cabe às Forças Armadas. Estamos caminhando nessa direção, de adquirir essa capacidade de realizar a projeção de força. E agora se vê interrompido. Pelas projeções que se fazem hoje, antes de 2035, tudo que foi concebido agora estará obsoleto. Isso que está acontecendo não afeta apenas o Exército. Afeta um projeto de um país. O Brasil tem uma conjuntura estratégica peculiar. São poucos países que vivem essa preocupação, como a China, a Índia, a Rússia. Vivemos em pleno século 21 com metade do nosso território não ocupado, não integrado, não articulado, com a população não dispondo de infraestrutura social e econômica para atender às necessidades. E a única capacidade de atendimento das necessidades básicas da população está nas Forças Armadas. Isso exige de nós estar espalhados, com capilaridade no território. Com isso, temos dificuldades para trocar quantidade por qualidade. Temos que adquirir qualidade, mas, ao mesmo tempo, manter a quantidade, essa presença que temos em muitos lugares. Por exemplo, na Amazônia, a nossa presença física, um pelotão especial de fronteira, está delimitando o espaço da soberania brasileira. Até coisas básicas ela cumpre hoje. Por exemplo, as comunidades indígenas, numa grande área, dependem do atendimento médico  do Exército.


O senhor atribui essa dificuldade no corte do orçamento a uma ingerência política?

Não. Atribuo à crise econômica que o país está vivendo. A partir do momento em que o Brasil apresentou esse orçamento pressupondo um deficit... A gente tem a consciência da realidade do país. Essa é uma característica nossa. O Exército tem uma interface com a sociedade. Passamos tempo na favela da Maré, a gente conhece a realidade das pessoas. E o Brasil é um país com muitos problemas de desigualdade social, de falta de infraestrutura. Eu não queria estar no lugar do governo, na área econômica, porque eu vejo a dificuldade que eles têm. O Ministério da Saúde, com todos os problemas, sofreu um corte de R$ 12 bilhões. Eu não vejo intenção política de prejudicar as Forças Armadas.
 
A oposição atribui ao fato de o ministro Jaques Wagner estar voltado para negociações políticas a falta de atenção com a Defesa.

Devo confessar que o Ministério da Defesa fez um bom trabalho na negociação do orçamento. Apesar dos problemas econômicos, eles conseguiram preservar programas. Poderia ter sido pior. Preciso admitir que foi um trabalho intenso e consistente. E foi uma das melhores negociações de orçamento que a gente já viu.

O Exército cada vez mais assume funções sociais, como saúde, segurança.  Quando o poder público civil falha, chama-se o Exército. O senhor considera essa função atípica?

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Essa questão está sempre presente nos nossos fóruns. São dois polos. Um  polo é aquele que o Exército e as Forças Armadas se destinam apenas à defesa da Pátria, ou seja, o Exército ficaria só para fazer guerra. O outro polo é de gente que acredita que o Exército virou uma empresa de prestação de serviços. Mas, na verdade, o que se vê na tendência mundial é que as Forças Armadas têm de estar em condições de atender às demandas da população.

Então estamos no caminho certo?

Sim, estamos no caminho certo. O nosso projeto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) não é um sistema para capacitar o Exército a realizar aquelas tarefas de combater o crime organizado, o narcotráfico, de armas ou contrabando. Não. É uma estrutura para que o Exército proporcione às instituições responsáveis por aquelas tarefas condições de realizá-las.

Nesse momento crítico, a questão dos salários é uma coisa forte...

É um problema grave. Se colocarmos ou fizermos um ranking dos salários das polícias militares, o Exército estará no meio.

E deveria estar aonde?

Deveria estar no topo. É um parâmetro. O que o governo tem despendido para o pagamento de pessoal das Forças Armadas vem decrescendo em relação a outros setores. Já estávamos achatados, e agora a tendência é mais ainda, o que só se agrava, porque o aumento viria até janeiro do ano que vem escalonado. E já foi adiado por sete meses. É um esforço que está sendo realizado por todo o país, só que surpreende quando a gente vê categorias ganhando aumento substancial num momento como esse. Isso, claro, aumenta a frustração interna.

O senhor fica sem discurso.

Claro.

E também perde gente capacitada.

A procura pelas Forças Armadas oscila pouco, mas é sempre alta. E nós temos dificuldade de conhecimento, a evasão aumenta nos setores de mercado, por exemplo em áreas técnicas, de engenharia, saúde. Isso é mais um dos efeitos negativos da frustração que os cortes dos projetos causam. Um engenheiro se envolve num projeto como se esse aquilo fosse a vida dele, com paixão. (Com os cortes), ele fica mais suscetível a esse tipo de atrativo externo do mercado.

Qual é o ponto de vista do Exército em relação à descriminalização das drogas?

O combate às drogas nas cidades não é atribuição nossa. Mas tomo como referência a posição de duas instituições importantes. Em primeiro lugar, as polícias, que fazem a linha de frente e sofrem com isso. Elas entendem que vai haver uma piora. Até porque já há a descriminalização. Vai se criar uma elasticidade maior, o que será mais difícil ainda de coibir. E o outro é a área médica. Conversei com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele está muito preocupado em relação à descriminalização. Diz que, muito provavelmente, vai aumentar o índice de suicídios. O Exército não se pronunciou institucionalmente. Pessoalmente, me balizo e me manifesto por essas orientações. Mas confesso que, como está, não está bom.

O que o senhor quer dizer?

Se me perguntarem qual é a maior ameaça à segurança do país, digo que é o tráfico de drogas. Porque temos uma fronteira de quase 17 mil quilômetros. Estados Unidos e México têm 3 mil quilômetros de fronteira, e o governo americano, com todo aquele aparato policial e tecnológico, não consegue vedar. Imagine o que é para nós. Temos um país vizinho que é produtor de cocaína e maconha. Somos o segundo maior consumidor do mundo e somos corredor de passagem. Nós, do Exército, estamos muito preocupados pela iminência de que haja plantio de coca dentro de nosso território, porque foi desenvolvida uma variedade adaptada ao clima quente e úmido da Amazônia baixa. Então, junto à fronteira brasileira, está repleto de plantio de coca. Para isso passar para nosso território, é um pulo. Então há essa preocupação muito grande para que não nos tornemos também produtores de coca, porque isso altera nossa posição, juridicamente, no ambiente internacional. O tráfico na Amazônia ainda é pouco organizado, mas está caminhando para se organizar. As grandes organizações criminosas de Rio e São Paulo estão chegando lá. Em Manaus, surgiu uma grande organização, chamada Família do Norte, que faz a interface das produções dos países vizinhos com o comando de São Paulo. Na fronteira com os países vizinhos já se detectou a presença de cartéis internacionais, com modus operandi muito violento e capacidade de contaminação de instituições muito grande.

Há também o problema das armas. 

De onde vem a droga, vai a arma. Paga-se um pelo outro. É um problema muito sério, que está se agravando. Os indicadores das polícias apontam a presença de armas cada vez mais sofisticadas e potentes nas mãos do crime organizado.
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Qual é o atraso hoje no Sisfron?

Este ano era para termos concluído a implantação do projeto piloto no Mato Grosso do Sul e em Rondônia. Isso só vai acontecer, provavelmente, em 2016. Talvez até se estenda mais um ano. No projeto como um todo, a previsão para concluirmos a implantação era 2022. Agora, a se manter o atual ritmo, deve-se concluir em 2035, apenas, ou depois até. E nesse projeto Sisfron, que usa tecnologias críticas, mais avançadas, a obsolescência é mais rápida. Então não teremos cumprido a implementação e já estaremos às voltas com mais necessidades.

É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?

Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.


O que  acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?

É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim... não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.

O Exército está atento. Está preocupado?

Claro, porque a situação tem reflexos. Vejam o problema que nós temos no Orçamento.

Mas o eco das ruas se espelha em algum momento dentro da tropa?

Sim. No Exército Brasileiro, só tem brasileiros. Estamos vendo a sociedade. Isso nos aflige, afeta, angustia, provoca ansiedade, frustrações da mesma forma.

Existe alguma possibilidade de os militares voltarem ao poder em determinado momento?

Não, não, não. Nenhuma.

Por quê?

Porque o que nos baliza é o que está na Constituição. Não há a menor hipótese de os militares virem a tomar o poder novamente.

O senhor não vê ameaça e ruptura institucional? 

Hoje, não há. Podemos criar um cenário. Por exemplo, se a crise econômica se agravar. O problema seriíssimo do desemprego, que pode gerar alguma convulsão. O que acontece? Constituição. Nós tivemos problemas em 2013, na época da Copa das Confederações. Era uma situação extremamente crítica. O Exército estava pronto para atuar e ser empregado. Como seria? Com base na Constituição. Não foi necessário.

O  Brasil ainda está vulnerável a ataques cibernéticos?

Não há dúvida. Até porque a defesa cibernética não depende de um projeto. É um processo que tem de estar em permanente evolução. Aqui se aplica muito aquela relação do canhão e da couraça. Você desenvolve um canhão, logo vai surgir uma couraça capaz de se proteger dele. Mas, em seguida, vai surgir outro tipo de canhão que vai furar essa couraça. Aqui temos um exemplo típico, só que acontece diariamente.

Com um problema: o Brasil não constrói o canhão nem a couraça. 

É verdade. Defesa cibernética é uma área extremamente preocupante. Conseguimos proteger a Copa do Mundo, com a infraestrutura que vínhamos desenvolvendo. Foram mais de 700 ataques diretos ao evento. Agora, para as Olimpíadas, estamos esperando um volume muito maior.

Em 2008, chegamos a um marco. Por que isso não seguiu?

A crise econômica. O que começou em 2008 vinha seguindo. Talvez não na potencialidade como a gente desejava, mas vinha seguindo. Quando a crise econômica aconteceu neste ano, com os cortes que sofremos, inicialmente a gente até pensou: bom, isso vai ser um soluço. No ano que vem, a gente retoma. Mas, não: agora se configurou que a coisa vai muito mais longe.

Como sobreviver em uma economia de guerra como essa? Que caminhos o país deve seguir?

Não vou entrar nessa. Não me bota essa armadilha (risos). Deixe  falar alguma coisa. Da década de 1930 até a década de 1980, o Brasil foi o país do mundo que mais cresceu. Tínhamos uma ideologia de desenvolvimento e, mais importante, tínhamos um sentido de projeto. Nas décadas de 1970 e 1980, cometemos o erro de permitir que a linha de fratura da Guerra Fria passasse dentro da nossa sociedade. E, com isso, nos desestruturamos. Perdemos a coesão nacional. Perdemos o sentido de projeto, e o Brasil anda meio à deriva. Não sabe exatamente o que ser. Ou, mais interessante, não sabe ainda o que ele pode ser. A gente só tem essa dimensão quando sai do país, interage fora. A visão que as pessoas têm do Brasil é muito superior à que temos. O pano de fundo de tudo isso é recuperar o sentido de projeto nacional e definir o caminho. É lógico que isso não é uma coisa autoritária, tem de ser construída pela sociedade e seus múltiplos atores. Mas é preciso definir uma vocação para o país. Outro dia li o artigo de um escritor argentino que dizia o seguinte: “Se a gente espera que o Brasil vá assumir a liderança da América do Sul, esqueçam. Não é da natureza do Brasil”. Vejam que esse é um papel que o Brasil não pode se furtar. Os países sul-americanos nos enxergam como a possibilidade de eles fazerem parte de um grande processo de desenvolvimento. O Brasil tem de ter essa consciência, temos de assumir essa responsabilidade. Para assumir a liderança, primeiro precisa demonstrar capacidade. E segundo, demonstrar vontade. Ou não vão reconhecer em você essa liderança.

Isso preocupa?

Outro aspecto é que corre-se o risco de que haja uma outra Guerra Fria, de que novamente a gente venha a permitir que a nossa sociedade seja dividida. Não em uma confrontação ideológica, nos moldes antigos. Mas numa confrontação de caráter econômico. A presença da China, por exemplo. O objetivo da China é ter acesso a recursos naturais. Em consequência, vai estabelecer novamente uma competição. Aí se começam a usar ferramentas para instrumentalizar essa competição. Uma ferramenta que já é utilizada é a questão ambiental. Quando dizia que o Brasil era capaz de grandes realizações, hoje nos deixamos tomar por um pensamento politicamente correto que tem impedido que aflorem soluções concretas para nossos problemas. Alguém dizia esses dias e achei muito interessante: hoje não seria permitido construir o Cristo Redentor.

E Brasília?

A própria Brasília, talvez. E não que não seja a favor da preservação do meio ambiente. Tenho um compromisso com a Amazônia muito grande. Servi lá oito anos e sei bem a importância da preservação. Mas temos de ter um mínimo de pragmatismo para voltar a construir um país. Então, além de não termos um sentido de projeto, nos deixamos dominar por esse pensamento politicamente correto que nos dificulta. Esse pensamento está dificultando, por exemplo, tremendamente combater essa criminalidade terrível que vivemos no país. Morrem assassinadas no Brasil 55 mil pessoas por ano. Cem mulheres são estupradas por dia.

É um cenário de guerra. 

Desaparecem 20 mil pessoas por ano no Brasil. Nenhuma guerra no mundo cobra um preço tão alto. Isso é muito mais grave do que esse fluxo de imigrantes que estamos vendo na Europa. Olhem o significado daquele menino sírio que morreu na praia. Outro dia morreu um menino nosso no Rio de Janeiro, de bala perdida. Quantos meninos morrem por dia?

Qual é o erro do politicamente correto?

Vejo dois fatores importantes. Há uma presunção difusa, mas presente no Brasil, de que o criminoso é sempre uma vítima, de alguma forma ele é vítima da sociedade. E nossa legislação penal é extremamente generosa. Outro ponto é que perdemos muita disciplina social. Vão dizer: ah, vem um militar autoritário. Absolutamente. No Brasil se perdeu o conceito da autoridade presumida. É a autoridade que tem um professor quando entra em sala de aula. A presença do professor deveria estabelecer, automaticamente, regras de comportamento para que o funcionamento da sala de aula se viabilizasse. E o que vemos diariamente?

Quando se fala isso, parece discurso conservador, autoritário...

Parece discurso conservador. Mas perdemos essa referência. É o mínimo necessário para uma sociedade, ou qualquer coletividade, funcionar, trabalhar adequadamente. É por isso que as pessoas pedem a volta do Exército? As pessoas veem no Exército essa hierarquia? Exatamente.

Isso não é um pouco do ranço que se deixou da ditadura militar?

Sim. No bojo da reação aos governos militares, tudo que tinha uma conotação de autoridade e de disciplina ficou estigmatizado.

O senhor fala da ausência de um projeto para o país. Quem deveria tomar a frente? Os políticos, ou a sociedade de uma forma geral?  Como começar a fazer isso?

Precisamos de alguma coisa que galvanize. Precisamos de uma liderança. Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Já tivemos isso há um tempo e sabemos bem o que é isso. Mas é essencial. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência capaz de apontar. Falta-nos liderança, e nos falta algum projeto. Para exercer uma liderança, em nível político, tem de ter uma política. Em nível estratégico, tem de ter uma estratégia. O que se está trabalhando hoje é para superar a crise imediata. Tudo que se debate, que se diz, não tem o alcance de apontar caminhos mais a longo prazo.

Qual é o propósito de o Exército ficar mais presente nas redes sociais?

Tem muito a ver com isso, até lhe diria que o objetivo último, lá no fim disso, é a gente melhorar o nosso orçamento (risos). Mas a interação com a sociedade tem vários efeitos, inclusive aumentar o nível de procura das pessoas para ingressar no Exército.

O senhor, no fim de semana, consegue aproveitar a cidade? 

Olha, confesso que pouco. Como moro aqui em uma casa, um lugar bom, a gente desfruta ali do ar livre, do espaço amplo, para caminhar, fazer um exercício. No dia a dia o meu lazer é muito em função de música e de livro. Não sou muito de sair, não. Isso estabelece algum conflito dentro de casa (risos). As coisas de que gosto, faço muito menos do que gostaria: ler, ouvir música, pescar...

Mas do chimarrão o senhor não abre mão.

Não, do chimarrão não.

E filhos?

Tenho três filhos. O menino mora comigo e deixei duas filhas casadas em Manaus, uma delas tem três filhos. Devia ser terminantemente proibido, pelos direitos humanos e tribunais penais internacionais... Netos longe do avô.

Crime de lesa-humanidade.

Sim, um crime de lesa-humanidade.

Que conselho dá a um jovem que pensa em entrar nas Forças Armadas? 

Há uma sabedoria importante para quem entra nas Forças Armadas, em especial no Exército. A felicidade está nas pequenas coisas do dia a dia. A felicidade está no caminho, não está no destino. Numa vida em que se muda sempre, tem que levar a felicidade dentro de você senão se  frustra.


Brasília é meu lugar

Nasci em Cruz Alta (RS), mas o meu pai era paulista, e o meu avô, sergipano.  Sou de um ramo Villas Bôas de Sergipe.  O meu pai resolveu entrar na escola militar e, quando se formou, terminou a academia, foi servir no Sul e lá se casou com minha mãe. A minha mulher é  gaúcha também. Sou de Infantaria. Servi na Amazônia, no Rio, e  em Salvador, João Pessoa e Natal porque também sou filho de Deus, né? Mas a minha carreira se divide em duas partes. A primeira foi muito em função da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).  Servi por muito tempo lá, em vários postos. Depois, aí já como oficial superior, coronel, passei um bom tempo na Amazônia.  Adoro Brasília. Adoro o clima da cidade.  Esse clima seco, de que muita gente não gosta, eu adoro, e gosto muito de calor.  Gosto do ambiente da cidade, dos amigos, do estilo de vida. Elegi Brasília como o lugar onde vou ficar. 

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Direito de resposta fortalece a imprensa e a democracia, diz Humberto

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), comemorou, nesta quarta-feira (4), a aprovação na Casa do projeto de lei que estabelece regras para o direito de resposta a quem se sentir ofendido por um veículo de comunicação. Para Humberto, a medida fortalece tanto a democracia quanto a liberdade de expressão.

"Não se trata de uma medida que cerceie o trabalho da imprensa, mas sim de proteção do bom jornalismo e dos cidadãos brasileiros. Sem dúvida, apreciamos um dos projetos mais importantes que o Congresso Nacional já teve oportunidade de votar. A lei só vai punir, com autorização judicial após comprovação, aqueles que utilizam a liberdade de expressão para agredir, caluniar e mentir”, ressaltou o senador. A lei segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Pelo texto, o direito de resposta está garantido gratuitamente, na mesma dimensão da matéria considerada agressiva, em qualquer veículo de comunicação que tenha veiculado a ofensa, seja impresso, televisivo, radiofônico ou na internet. 
Humberto, que orientou a bancada do PT a votar a favor da proposta, lembrou que o ofendido terá até 60 dias para pedir o direito de resposta. “Hoje, muitas vezes, mesmo após decisão judicial, o desmentido é garantido em espaços minúsculos. 

Mesmo quando alguém é alvo de dezenas de manchetes, o resgate da verdade nesses locais escondidos nunca consegue reparar o tamanho do prejuízo causado. Agora, isso mudou”, comentou. 

O parlamentar avalia que a matéria aprovada no Senado preenche uma lacuna deixada após a extinção da Lei da Imprensa. “Óbvio que o pedido de reparação, por danos e perdas, existia. Mas o restabelecimento da verdade não se concretizava pelo pouco espaço concedido”, observou.  
Honra
De acordo com o projeto, o direito de resposta poderá ser solicitado pelo ofendido quando houver "conteúdo que atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoas ou empresas identificadas ou passíveis de identificação".

O texto estabelece ainda que a retratação ou retificação espontânea, conferidos com os mesmos destaque e dimensão do agravo, não impede o exercício do direito de resposta pelo ofendido nem prejudica a ação de reparação por dano moral.
Segundo a proposta, o direito de resposta ou retificação deverá ser exercido no prazo de 60 dias, contado da data de cada divulgação da informação. Se o veículo de comunicação não atender o pedido no prazo de sete dias, caberá ação judicial.

O ajuizamento de ação cível ou penal contra o veículo de comunicação ou seu responsável com fundamento na publicação ofensiva não prejudica o trâmite do direito de resposta ou retificação previsto na lei.

Não será admitida ainda a divulgação, publicação ou transmissão de resposta ou retificação que não tenha relação com as informações contidas na matéria a que pretende responder.

O juiz, depois de receber o pedido de resposta ou retificação, terá 24 horas para mandar citar o responsável pelo veículo, que terá três dias para contestar a decisão. Quando quiser, o juiz ainda poderá impor multa diária ao réu, independentemente de algum pedido do ofendido, assim como modificar-lhe o valor ou a periodicidade, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.

A lei complementa o artigo 5º da Constituição Federal, que "assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem".


Eleições do IFPE ocorrerão no dia 02/12

Além do(a) reitor(a) do Instituto, também serão escolhidos nesta data os diretores gerais de nove campi do Instituto. 
Inscrição de candidaturas será feita nesta quinta (5) e sexta-feira (6/11)

O Conselho Superior do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) aprovou, nesta quarta-feira (4), o cronograma do processo eleitoral para a escolha do(a) reitor(a) da Instituição e dos(as) Diretores(as) dos campi Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Ipojuca, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão. As eleições foram marcadas para o dia 02 de dezembro deste ano em todos os campi, polos da EaD e reitoria. O período para inscrição de candidaturas começa nesta quinta-feira (05/11) e segue até a sexta (06/11). 

Poderão candidatar-se ao cargo de reitor(a), os docentes pertencentes ao quadro de pessoal ativo de qualquer campi que integram o IFPE, desde que possuam o mínimo de cinco anos de efetivo exercício e que tenham título de doutorado ou estejam posicionados na Classe DIV. 

Já o cargo de diretor(a) geral pode ser disputado por qualquer servidor (docente ou técnico-administrativo) lotado no Campus, desde que possua cinco anos de exercício no Instituto Federal e se enquadre em um dos seguintes critérios: preencher os requisitos exigidos para o cargo de reitor (a); possuir o mínimo de dois anos de exercício em cargo ou função de gestão na instituição ou ter concluído com aproveitamento curso de formação para o exercício de cargo ou função de gestão em instituições da administração pública.

Os candidatos ao cargo de reitor (a) deverão preencher duas vias da ficha de inscrição, disponível no anexo II do edital, e entregar presencialmente toda a documentação ao representante da Comissão Eleitoral Central. Já os postulantes à Direção Geral procurar a Comissão Setorial do campus para o qual concorre. Também é preciso escolher o par de números que serão usados nas urnas eletrônicas ou cédulas de votação. Os candidatos à reitoria podem escolher entre 10 e 99. A numeração para candidatos (as) a diretor(a) é delimitada por campus e pode ser consultada no edital.

Além da ficha de inscrição, é necessário apresentar cópias de documento de identidade oficial com foto (RG, CNH, carteira de trabalho, passaporte ou carteira funcional); CPF ou comprovante de situação cadastral emitido pela Receita Federal; certidão expedida pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DGPE) da Reitoria ou Coordenação de Gestão de Pessoas dos campi, informando o atendimento aos requisitos estabelecidos pelo edital, conforme o caso; declaração de não Impedimentos; duas fotografias 5x7 cm colorida, em fundo branco; além das propostas de gestão para o cargo postulado.

Estão aptos a votar nas eleições do IFPE todos os servidores que compõem o Quadro de Pessoal Ativo e Permanente bem como os estudantes regularmente matriculados nos cursos médio de Qualificação Profissional, Técnico, de graduação e pós-graduação, presenciais ou a distância. A campanha eleitoral ocorrerá no período de 13 a 30 de novembro. O edital e outras informações sobre o processo eleitoral encontram-se disponíveis no site ifpe.edu.br.



Terceira Idade dá exemplo de vida na abertura dos 8º Jogos da Pessoa Idosa

Programação vai até a próxima semana, incluindo oficinas, caminhada, atividades esportivas adaptadas e baile

            Aos 77 anos, dona Jaciara Shiranusy não perde o pique. Ensina dança do ventre, é instrutora de capoeira, faz trilhas e é faixa roxa de caratê. Junto com centenas de outros "atletas da Terceira Idade", ela participou, na tarde desta quarta (4), da abertura dos 8º Jogos da Pessoa Idosa, que aconteceu na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no bairro das Graças. O evento é promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes, e oferece uma semana inteira de atividades físicas e culturais, incluindo oficinas, caminhada no Bairro do Recife, jogos adaptados e baile de encerramento. Na abertura, os 33 grupos de idosos inscritos desfilaram e fizeram apresentações artísticas.

            "Com os jogos, eu me sinto feliz e realizada, uma pessoa realmente especial. É essencial que os idosos se mantenham em atividade. Tenho uma aluna de dança que sofre de Alzheimer e já melhorou muito. Ela não tinha coordenação motora, mas agora está pegando o ritmo e se entrosando com o restante do grupo", conta dona Jaciara, que se apresentou junto com  a ONG Casa de Apoio ao Idoso Vovó Bibia, situada no Cordeiro. Ao som da música "O Que É, O Que É?", de Gonzaguinha, o grupo homenageou o educador Paulo Freire. "Aos 75 anos, ele estava concluindo seu 26º livro e viajando o mundo para receber honrarias", explica a diretora da ONG, Aparecida Araújo Brito.


Exibindo 04.11.2015 Abertura do 8 Jogos da Pessoa Idosa AABB Foto Irandi Souza (135).jpg


            Para o secretário de Esportes do Recife, George Braga, realizar os Jogos da Pessoa Idosa é uma das atividades mais marcantes da pasta. "Convivemos com a alegria e com o jeito de viver dessas pessoas e estamos ampliando o atendimento. Durante todo o ano, realizamos atividades como caminhadas e bailes, que proporcionam uma vida ativa aos idosos. Temos sempre cuidado com a saúde deles, com medição de pressão e equipe médica de plantão. Os Jogos têm uma programação variada, com caminhada, oficinas, momentos dançantes e modalidades esportivas como a bocha, o voleibol e o basquete", ressalta George.

CULTURA POPULAR - Na abertura, o grupo Sabedoria de Vida, do bairro da Macaxeira, fez uma homenagem a dona Selma do Coco, com uma apresentação ao som da música "Navio de Guerra". "Sempre destacamos um representante da nossa cultura popular. No ano passado, o escolhido foi Dominguinhos. Participar dos Jogos é uma alegria muito grande. A gente sai de casa, se movimenta, dança. Somos idosos mas somos vivos!", define dona Joana Ferreira de Brito, 64 anos.
            Por sua vez, o grupo Centro de Vivência Cristã (CVC), do Alto do Eucalipto, escolheu o samba "A Terceira Idade", de Lecy Brandão, para animar a apresentação. A letra não poderia ser mais adequada ao momento: "A terceira idade é a felicidade / A terceira idade é a voz da verdade / Faz um grupo e sai por aí / o negócio é se divertir / o amor é pra se dividir / alegria geral". "Nascemos agora! Participamos dos jogos todos os anos e estamos indo muito bem", exalta dona Tereza da Silva Gonçalves, de 65 anos.

PROGRAMAÇÃO - Os Jogos da Pessoa Idosa continuam na sexta-feira (6), das 7h30 às 11h30, com as oficinas culturais, que acontecem nas quadras do Sport Club do Recife. O domingo (8) será dedicado à caminhada pelas ruas do Bairro do Recife. Os idosos se concentrarão nas proximidades do Marco Zero e percorrerão, a partir das 7h30, animados por orquestra de frevo, as ruas Alfredo Lisboa, Mariz e Barros, do Apolo e a praça do Arsenal. As competições esportivas acontecem entre os dias 9 e 11, sempre das 7h30 às 11h30, também no Sport. O baile de encerramento será na AABB, na quinta-feira (12), das 14h às 17h30, com show da Orquestra Vereda.



Paulista representa o Brasil em premiação internacional

A cidade do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, vai representar o Brasil no prêmio de Educação no Trânsito, desenvolvido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A cada mês a entidade seleciona um projeto para representar seu país na premiação, que acontece no mês de dezembro. Ao todo 12 países participam da disputa.

Paulista foi escolhida para participar da disputa, através do Programa Educa+Trânsito, que tem o intuito de despertar no aluno o cuidado com sua segurança, não só como futuro condutor, mas também como pedestre, ajudando assim na formação de cidadãos conscientes.  

A iniciativa, que é uma parceira da Prefeitura do Paulista com o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran) e a Federação Pernambucana de Automobilismo (FPA), está sendo desenvolvida na cidade desde o mês de agosto deste ano. Atualmente o projeto beneficia cinco escolas da rede municipal.


Durante a ação, os profissionais da educação são capacitados para atuarem como agentes multiplicadores em suas escolas. Na primeira etapa, os educadores do 1º ao 5º ano, recebem orientações sobre ética, cidadania e trânsito. Na segunda fase, o projeto é discutido e apresentado aos estudantes.

“Estamos felizes por essa indicação para representar o Brasil. Esperamos que esse projeto sirva de exemplo para outras cidades”, disse o secretário de Educação, Carlos Júnior.

O vencedor poderá conseguir recursos para ampliar os projetos no município. O nome do ganhador, assim como a lista dos melhores classificados, serão divulgados na edição 2015 da Revista FIA.

É hora de curtir Festival Bar em Bar 2015
Evento gastronômico começa na quinta, dia 05

Os donos de bares e restaurante resolveram usar a criatividade para dar nomes aos pratos para o Festival Bar em Bar 2015, promovido pela Abrasel-PE. O evento, que começa dia 5 de novembro, em todas as regiões do Brasil, traz como tema “Brasil, mostra a sua rua” e conta com a participação de mais de 300 bares e 20 cidades. Em Pernambuco, são 27 estabelecimentos. O evento segue até o domingo 22 de novembro.

Entre os pratos, o Fogo e Frio, Polpetas temperadas e recheadas com requeijão, da Bodega e Pizza, o Rabo da Crise, Dois croquetes de rabada com purê de mandioquinha, do Cia do Chopp, o Saltado Pernambucano, Filé de bode com legumes e molho especial, do Caprinos, além dos tradicionais petiscos locais, como o Camarão na Cerveja, do Caldinho do Neném, a Maminha com fritas, do Carne de Sol do João e o cuscuz com frutos do mar, do Biruta Bar. Os preços que variam entre R$ 12,60 e R$ 35,00. A maioria dos pratos serve duas pessoas.

“Nesse momento movimentar nossos associados é fundamental e o empresário tem que ser criativo para atrair o público. A Abrasel-PE está fazendo a sua parte com os nossos festivais. A estimativa é que o Bar em Bar gere um incremento de até 10% no faturamento dos participantes”, avalia Valter Jarocki, diretor executivo da Abrasel-PE .


O Festival vai contar também com o 6º Concurso Coquetelaria Show, que vai premiar os melhores profissionais de drinks da cidade. Os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente até o dia 06 de novembro pelo endereço de email (operacoespe@abrasel.com.br). A competição acontece no dia 16, às 18h, no Loft Bar, em Boa Viagem, e haverá premiação pra os três primeiros lugares.

 

Técnico alemão capacita treinadores
 de escolinhas de futebol no Recife

Parceria entre a PCR e a GIZ, agência ligada ao governo da Alemanha, beneficia cerca de 25 treinadores; curso começa nesta quinta (5), com aulas práticas e teóricas

     Cerca de 25 treinadores de escolinhas de futebol do Recife participam, desta quinta (5) ao próximo domingo (8), do curso "Treino Social - Aprendendo no campo, Vencendo na Vida", uma parceria entre a Prefeitura e a agência Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), órgão ligado ao governo da Alemanha, com atuação no Brasil há mais de 30 anos. A capacitação acontece no Sport Club do Recife, a partir das 8h30, e será ministrada pelo treinador Sascha Bauer, ligado à Confederação Alemã de Futebol e assessor-técnico da GIZ. A programação se divide em aulas teóricas, no auditório, pela manhã, e treinos práticos no campo auxiliar da Ilha do Retiro, à tarde.

     A ideia é usar o futebol como ferramenta para a difusão de valores sociais, como cultura de paz, companheirismo, respeito ao próximo e igualdade de gênero, trabalhando conceitos como o estímulo à autoconfiança, a capacidade de comunicação e o respeito ao outro. Entre os temas a serem abordados estão "Características e considerações para o treino de crianças", "Treinador como modelo, "Planejamento do treino/Uso das simbologias", "Competências sociais e pessoais", "Componentes para o planejamento e controle do treino" e "Mediação de Conflitos".

      Sascha Bauer já atuou como técnico na seleção sub-17 de Moçambique e esteve no Recife durante a Copa do Mundo de 2014, coordenando atividades para 200 jovens no campo do Parque Arraial Novo do Bom Jesus, nos Torrões. O chefe do Setor de Futebol Participativo da Secretaria de Esportes do Recife, Maurílio Carlos, e a consultora esportiva Daiany França também participam da capacitação. Da quinta ao sábado, o curso acontece nos dois expedientes; no domingo, as atividades se encerram ao meio-dia.

COOPERAÇÃO - A Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) é uma agência alemã de cooperação para o desenvolvimento, com presença no Brasil desde os anos 1980. A entidade tem mais de 150 colaboradores atuando no País e apoia o governo da Alemanha na área de relações internacionais, com foco em parcerias estratégicas para o desenvolvimento sustentável.







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