sexta-feira, 8 de julho de 2011

Parabólica

Mão de obra carcerária

Uma ação, importante sob todos os aspectos, inclusive, o de inclusão social, está unindo o setor empresarial da construção imobiliária, representado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE- (www.ademiimoveis.com.br) ; o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Secretaria de Ressocialização do Governo do Estado. Trata-se de um protocolo de intenções para a utilização de mão de obra carcerária na construção de imóveis, numa iniciativa que visa dar emprego e ressocializar o detento, inserindo-o no convívio da sociedade.. O acordo, entre a iniciativa privada e os poderes públicos, vai também minimizar o déficit de profissionais na construção civil. Para marcar a parceria, a Ademi-PE promoveu, recentemente,um almoço em sua sede, com a presença de empresários e representantes do Rotary Clube e do Poder Público, a exemplo do procurador-geral do MPPE, Agnaldo Fenelon; e do secretário Romero Ribeiro, da Secretaria de Ressocialização; e do empresário e desportista Alexandre Mirinda, presidente da Ademi-PE.

Brala - Hoje, às 19h, no auditório da Livraria Cultura, no Bairro do Recife, palestra promovida pela Ong Brala - www.brala.org.br - que tem como objetivo resgatar e abrigar os cães maltratados/ abandonados e lutar pelo meio-ambiente. O deputado Daniel Coelho (PV) aborda o tema “Meio Ambiente”. Haverá distribuição de brindes e a entrada é gratuita. Mas, a Livraria Cultura sugere levar um quilo de alimento não perecível que será doado a uma instituição carente.

O sujo e o mal lavado?

Do jornalista Chico Carlos: “Companheiro, uma triste realidade. Os moradores da IV Etapa de Rio Doce, em Olinda, reclamam da falta da coleta de lixo por parte da Prefeitura. Porém, dão o mal exemplo e emporcalham a rua que fica atrás da Igreja Presbiteriana, próximo ao Terminal Integrado de Passageiros. Se, cada um fizesse sua parte, seria bem diferente! Coisa feia é povo sujo. Que vergonha minha gente!”

Ninguém merece!

Tem coisa que não dá mais para assistir nas emissoras de TV: nutricionistas falando sobre comidas saudáveis ou chefs sobre pratos que não engordam. Será este pessoal está “saradão” ou não vai morrer nunca? Vôte! Cruz,credo!

Fedentina

Um fedor insuportável sai da boca de lobo, na Rua Vigário Tenório, no Bairro do Recife, na esquina da Folha. Outra, na esquina da entrada do estacionamento da Padaria Além do Pão, na Rua Cônego Romeu, em Boa Viagem.

Tânia

A cantora Tânia Alves será recepcionada, hoje, às 13h, no Palácio do Galo, num almoço oferecido pelo presidente Rômulo Meneses. Participam o produtor Jonas Silva (NET Recife e Cantinho Dalva de Oliveira) e Ronald Menezes (dono do Manhattan Bar).

Pós - Terminam, hoje, as inscrições para a disciplina isolada “Didática do Ensino Superior”, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Pública da Fiocruz/PE, para alunos externos. No site: www.cpqam.fiocruz.br.

Cursos - Abertas inscrições para os cursos de Sinalizador Rigger, Operador de Guindaste e Operador de Guindauto, seguindo as normas de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego/ NR11. Informações: 3424.2625 e www.ictnet.com.br.

Selo - O Hospital Otávio de Freitas (HOF) completa, hoje, 65 anos e, para comemorar, ganha selo dos Correio de Pernambuco. A solenidade será, às 15h e, ao todo, serão mais de 6 mil selos a ganhar as ruas.

Oficinas - O Instituto Ricardo Brennand que movimenta oficinas de férias semanais de terça a sexta-feira (das 9h às 12h e das 14h às 17h), iniciou oficinas relâmpago de pintura em tela. Informações: (81) 2121-0354.




ECA completa 21 anos sem comemoração no Recife



Documento do Conselho foi fraudado




21 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Na capital pernambucana há o que se comemorar, porém, as conquistas estão paradas no tempo e encontram-se ameaçadas. Desde a atual gestão municipal, o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente do Recife – COMDICA enfrenta uma desestruturação acelerada. Para tornar a situação pública à sociedade, conselheiros e demais organizações que atuam na defesa e promoção de direitos de crianças e adolescentes realizam ato público nesta terça-feira, dia 12 de julho. Com concentração às 8h, uma caminhada deve sair da Praça da República, em frente ao Palácio do Campo das Princesas até a Prefeitura do Recife.



Enquanto o Conselho e a política de atendimento à criança e ao adolescente enfrentam retrocessos, o prefeito João da Costa participa em São Paulo, de 13 a 15 de julho, do Seminário do Programa Prefeito Amigo da Criança. O Programa concede o prêmio Prefeito Amigo da Criança, no qual a Prefeitura do Recife se inscreveu para concorrer.



A grave situação em que se encontra o Conselho inclui falta de equipe técnica adequada para o acompanhamento de programas e projetos. O setor administrativo financeiro foi transferido para as dependências da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, e enfrenta dificuldades, acumulando funções para o Conselho e para a Secretaria. O Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, que de acordo com ECA deve estar vinculado ao Conselho de Direitos, está sendo gerido dentro da Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Além disso, a sede do COMDICA enfrenta problemas na rede elétrica, hidráulica e já houve advertência da Vigilância Sanitária às condições de higiene no local.



A desestruturação pode impedir a revisão de planos para o enfrentamento da violência sexual, do trabalho infantil, situação de rua, além do acompanhamento de programas e projetos, do atendimento socioeducativo municipal, entre outras atribuições do órgão.



Conselheiros temem que a transferência de operações financeiras e da gestão do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente para dentro da sede da Secretaria, aliada à negligência com os recursos humanos e com estrutura da casa provoquem o fechamento da sede autônoma do Conselho.



Os conselhos de direitos no Brasil representaram um avanço democrático. São órgãos formados igualmente por governo e sociedade civil, e que têm o poder de formular e monitorar as políticas públicas. Pela mesma razão, os fundos estão vinculados a esses órgãos. De acordo com o ECA, os conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente são órgãos deliberativos e controladores das ações em todos níveis, assegurada a participação popular.



Ato público - No dia 12, os conselheiros e entidades reivindicarão no ato público que o Conselho tenha seu funcionamento pleno, com equipe técnica adequada. O Fórum Municipal dos Direitos da Criança, que mobiliza entidades para o evento, convida a sociedade prejudicada para se juntar ao movimento.



Outra reivindicação é que o vínculo entre Conselho e gestão municipal não se dê mais através da Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Ainda na gestão do ex-prefeito João Paulo, em 2005, o Conselho deixou de ter vínculo com o Gabinete do prefeito, passando à Secretaria. “A intersetorialidade é o sentido da política de atendimento da criança e do adolescente, isso exige que o Conselho esteja vinculado diretamente ao Gabinete e não a uma secretaria, órgão que não têm a possibilidade da visão geral”, afirma a coordenadora executiva do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC, Valéria Nepomuceno. “A política de atendimento não é assistência social, ou educação, ou direitos humanos, é tudo isso e mais integrado”, ressalta a coordenadora, que estava na presidência do COMDICA em 2005, quando a transferência de vínculo aconteceu. “A lei foi aprovada sem o nosso conhecimento, sem debate, não conseguimos reverter. Desde então, a ótima estrutura que tínhamos no Conselho foi se deteriorando”, explica.



As entidades também vão reivindicar no ato que o prefeito João da Costa assuma os compromissos assinados por ele na época de sua candidatura: a Agenda dos 18 compromissos, proposto pelo Fórum DCA Municipal, e a Agenda proposta pelo COMDICA. Entre os compromissos está o fortalecimento do Conselho, a efetivação de planos, produção de diagnósticos no Recife e outras ações que dependem de um Conselho autônomo.



Fraude – No dia 20 de junho, COMDICA denunciou a falsificação de um ofício do Conselho que aprovava o projeto Faça parte proposto pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã. O documento foi utilizado como pré-requisto para a que o projeto fosse aprovado junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com orçamento no valor de R$ 150 mil. Segundo os conselheiros, o ofício não segue a numeração da casa, há erros na configuração do papel timbrado e a data que consta de aprovação em reunião do pleno não condiz com a data da reunião realizada, que são gravadas. A secretária de Assistência Social do Recife, Niedja Queiroz, na época, vice-coordenadora da Secretaria Municipal de Direitos Humanos nega que a assinatura no documento que solicita o projeto, que está em seu nome, seja dela. A secretária Niedja solicitou abertura de inquérito que deverá investigar todos os projetos relacionados à criança e adolescentes. Durante o ato público, será exigida a investigação da fraude.



Abandono sistemático - A estrutura do COMDICA, localizado na Rua Benfica, na Madalena, apresenta problemas na fiação e no encanamento. A Vigilância Sanitária já exigiu que sejam tomadas medidas para a higiene da casa que recebe as reuniões de pleno dos Conselhos, do Fórum de Adolescentes do município e qualquer entidade ou pessoa interessada em participar das reuniões e de se inteirar a respeito do andamento da política de infância e adolescência na cidade. Mas o problema de estrutura física é apenas um indício de uma questão maior.



No final de 2010, a equipe técnica do COMDICA, que era terceirizada, foi demitida. Como o Conselho tem o papel de acompanhar e fiscalizar os programas e projetos financiados pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, a equipe necessita de assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, e administradores. Um concurso público deveria substituir os terceirizados, mas ao invés de realizar o processo seletivo, a gestão municipal decidiu realocar técnicos ligados ao Instituto de Assistência Social e Cidadania – IASC, não atendendo às especialidades necessárias ao Conselho. Além das especialidades citadas, a gestão financeira é realizada por funcionário deslocado para o Conselho sem o apoio administrativo. O número de profissionais da equipe adequado é de seis pessoas, mas atualmente há cinco técnicos, dos quais apenas três podem realizar monitoramento dos projetos por terem formação superior.



Enquanto a administração opera com dificuldade, a equipe de conselheiros precisa se debruçar sobre balanços e demais atividades administrativas, atrasando a revisão dos planos de políticas públicas e suas outras atribuições. O concurso público não foi realizado até o momento. A intenção da Secretaria de Direitos Humanos é contratar aprovados num concurso de educadores sociais realizado para a Secretaria Municipal de Assistência Social, com validade até dezembro deste ano.



Também não se sabe com quais recursos serão realizadas a Conferência municipal, a Conferência lúdica para participação das crianças e adolescentes. Da mesma a forma, a eleição dos conselheiros tutelares. Se a política de atendimento não se concretiza e não atinge a intersetorialidade, os danos da negligência atinge a toda sociedade.



Serviço


O quê? Ato Público e caminhada em defesa do COMDICA e da política de atendimento da criança e do adolescente no Recife


Quando? 12 de julho, às 8h


Onde? Concentração na Praça da República, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, s/n, Santo Antônio, Recife



Sugestão de fontes:



Coordenação do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife:


Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC


(81)3227-712


Grupo Ruas e Praças


(81) 3221-6476


Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua - MNMMR


(81) 3037.2455





COMDICA:


Conselheiras de Direitos da Criança e do Adolescente do Recife:


Casa Menina Mulher


Maria de Lourdes de Sousa


(81)3231.0463


IDESC - Instituto de desenvolvimento Social e Cultural


Dalva Barbosa de Lima


(81)3252-3832


Movimento Pró-Criança Arquidiocese de Olinda e Recife


Adriana Cristina Bezerra Paiva


(81) 3412.8989/9969.1304



Violência em Rio Doce

A violência está preocupando o bairro de Rio Doce/Olinda, mais precisamente na III E IV Etapas. Os roubos, arrombamentos e assaltos à mão armada aumentaram nos últimos meses, principalmente, nas avenidas das Nápoles, Garças, Tiradentes e Colibi, além das ruas do Dendê, Jambo,Macaíba, Coração de Negro, Abacate, Pêssego,Iracy Queiroz de Morais, Carlos Xavier de Brito, José Antônio Ferraz e Frei Vicente Salvador.


Todo dia aparece uma "novidade" nessa vias públicas. A comunidade está entregue à própria sorte. Cadê o policiamento? A comunidade está á mercê dos bandidos. Os marginais agem a qualquer hora do dia ou da noite. Os assaltos acontecem na porta das lojas comercias e residências. Na dia 05/07/11, mais um assalto, às 19h, foi registrado no bairro. Desta feita na avenida Napóles, em uma borracharia. Quatro marginais chegaram num carro, assaltaram e agediram um casal que estava numa borracharia “Não temos policiamento, tampouco segurança” denunciou uma moradora que não quis ser identificada. O clima é de insatisfação diante a sanha dos marginais. Até quando?

Assunto: PROFESSORA DO RN DISPENSA PRÊMIO




Professora do RN que criticou a educação recusa prêmio de empresários





Olá Geórgia, tudo bem?


Lembra da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte?

Pois ela acaba de recusar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″ do Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE).

Em carta, a professora Amanda expõe seus motivos. Diz que sua luta é outra e que espera para debater a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”. (plim-plim)!



zcarlos



Imagem removida pelo remetente.Por que não aceitei o prêmio do PNBE



Oi,


Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.



Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.



Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.


Amanda



Natal, 02 de julho de 2011


Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,


Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.



Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.



A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.



Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.



Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.



Saudações,

Professora Amanda Gurgel




Entenda o que é o PNBE , que já premiou a Rede Globo.





--

Hipólito Soriano Lira

Professor - (81) 9417.3923

Jaboatão dos Guararapes - PE

"Sempre na luta!!!"

*PLANTEM ÁRVORES!!!*




justiça ainda está fora do alcance de milhões

de mulheres, declara ONU Mulheres

Nova York, 6 de julho de 2011 - A justiça segue inacessível para milhões de mulheres no mundo, adverte o primeiro relatório divulgado hoje pela ONU Mulheres. ‘O Progresso das Mulheres no Mundo: Em busca da Justiça’ é o primeiro documento da ONU Mulheres após o lançamento da entidade, no início de 2011. Além de reconhecer os avanços já alcançados, como por exemplo, o reconhecimento da igualdade de gênero nas constituições de 139 países, o relatório também mostra que, muitas vezes, as mulheres continuam vítimas da violência e das desigualdades em casa e no trabalho.

Para garantir que a justiça se torne uma realidade para todas as mulheres, a ONU Mulheres convoca os governos a:

• Revogar as leis que discriminam as mulheres e garantir uma legislação para protegê-las contra a violência e a desigualdade praticada no lar e no trabalho.

• Apoiar os serviços inovadores de justiça, incluindo centros de atendimento integral, assistência jurídica e judicial para assegurar o acesso das mulheres à justiça.

•Empregar mais mulheres em cargos de administração da justiça. Como policiais, juízas, legisladoras e ativistas, para que as mulheres de todas as regiões façam a diferença e provoquem mudanças.

• Investir em sistemas de justiça que possam responder às necessidades das mulheres. Os países doadores distribuem anualmente 4,2 bilhões de dólares em ajuda para reformas judiciais, mas apenas 5% desse total vai para as mulheres e meninas.

"Com metade da população mundial em jogo, as conclusões do relatório constituem um forte apelo à ação. As bases para a justiça para as mulheres estão baseadas em 1911, quando as mulheres tinham o direito de votar em apenas dois países, agora é quase universal. Mas a plena igualdade exige que as mulheres se tornem iguais aos homens iguais frente aos olhos da lei: em casa, na vida profissional e na esfera pública”, declarou Michelle Bachelet, Sub-Secretária Geral e Diretora-Executiva da ONU Mulheres.

As mulheres continuam a sofrer injustiças em casa,

no trabalho e na vida pública, destaca O Progresso.


Muito já foi alcançado no último século nas esferas pública e privada. No entanto, a injustiça e a discriminação de gênero ainda são comuns em todo o mundo. Essa desigualdade pode ser observada nos seguintes dados:

Em casa

• A violência doméstica agora está proibida em 125 países, embora 603 milhões de mulheres ainda vivem em países onde esta forma de violência não é considerada crime.

• Até 2011, pelo menos, 52 países haviam criminalizado a violação conjugal. No entanto, mais de 2,6 milhões de mulheres vivem em países onde essa forma de violência não foi explicitamente definida como crime.

• As leis baseadas no costume ou religião, que coexistem com as leis do Estado, muitas vezes restringem os direitos das mulheres na família, por exemplo, em relação ao casamento, divórcio ou ao direito de herdar propriedade.

No local de trabalho:

• 117 países têm leis sobre igualdade de remuneração; entretanto, na prática, as mulheres ainda ganham até 30% menos que os homens em alguns países. As mulheres também realizam uma quantidade maior de trabalho doméstico e não remunerado em todas as regiões.

• No mundo, 53% das mulheres trabalhadoras (600 milhões no total) estão em empregos precários, como o trabalho autônomo ou não remunerado em empresas familiares. Geralmente, elas não têm a proteção das leis trabalhistas.

Na vida política e pública:

• Existem fortes evidências que em países como Ruanda, Nepal e Espanha uma maior presença feminina no parlamento acelera as reformas para os direitos das mulheres. Contudo, a proporção de mulheres nesses espaços ainda é inferior a 30% na maioria dos países.

O relatório assinala que as leis, quando empregadas adequadamente, estabelecem as bases para a mudança de atitudes e da situação da mulher na sociedade.

Segundo o relatório, foram registrados progressos graças aos esforços dos indivíduos, da sociedade civil e dos governos para o empoderamento econômico e político das mulheres. Mudanças nas legislações, incluindo as garantias de igualdade de remuneração e a adoção de cotas parlamentares, garantem que as mulheres conheçam seus direitos e possam exigi-los. Outros casos históricos que têm acelerado a reforma de leis e mudança de atitudes são:

• O caso da brasileira Maria da Penha, que sofreu duas tentativas de assassinato de seu marido: a primeira por arma de fogo, que a deixou paraplégica, e a segunda eletrocução e afogamento. Ela recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, o que resultou na adoção de uma legislação mais forte no Brasil contra a violência doméstica, simbolicamente chamada de Lei Maria da Penha.

• O caso Unity Dow, de uma juíza de Botsuana, que pediu autorização para transmitir sua cidadania aos filhos, cujo pai era estrangeiro. Unity ganhou a ação e, desde então, pelo menos 20 países africanos reformularam suas leis para permitir que mulheres passem suas cidadanias para seus filhos

Mas a reforma legal é apenas um começo, diz O Progresso, as leis devem ser implementadas para resultar em verdadeira igualdade.

Em síntese, o relatório conclui que muitas vezes as leis não são cumpridas corretamente. Muitas mulheres têm medo de denunciar os crimes devido ao estigma social e à fragilidade dos sistemas judiciais. Os custos dos processos judiciais e as dificuldades, como a distância física dos fóruns e tribunais, podem representar desafios para as mulheres quando buscam a justiça. Os resultados destas questões estão evidenciados nas altas taxas de desistência em processos relacionados à violência de gênero.

O Progresso aponta que, atualmente, muitos governos estão adotando medidas práticas para tornar a justiça mais acessível para as mulheres, enquanto outros países deveriam usá-las como exemplo, afirma O Progresso.

Algumas formas de acesso aberto à justiça:

• Investir em centros de atendimento integral, que integram os serviços jurídicos, legais e de saúde, para reduzir o número de passos que uma mulher deve seguir para acessar à justiça, como acontece na África do Sul.

• Empregar mais mulheres nos cargos de oficiais de polícia, como acontece na América Latina onde as delegacias especializadas têm registrado um aumento expressivo nas notificações de violência doméstica.

• Oferecer assistência jurídica e capacitação para as mulheres, como em países tão diversos como Paquistão, México, Ilhas Fiji e Quirguistão, a fim de assegurar que elas conheçam seus direitos e possam fazer melhor uso dos sistemas judiciais.

• Criar tribunais especializados, como os tribunais móveis na República Democrática do Congo, para levar a justiça para as mulheres que vivem em áreas rurais, onde os níveis de violência sexual são muito elevados.

O Progresso das Mulheres no Mundo: Em Busca da Justiça conclui que mudar as leis e oferecer mais apoio para as mulheres no acesso à justiça pode provocar consideráveis mudanças na sociedade e garantir que as mulheres e homens desfrutem de uma igualdade real no futuro.


NOTAS DOS EDITORES:

A ONU Mulheres é a organização da ONU dedicada à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres. Como uma defensora global das mulheres e meninas, a ONU Mulheres foi criada para acelerar o progresso e atender suas necessidades em todo o mundo. Para mais informações, visite www.onumujeres.org.

‘O Progresso das Mulheres no Mundo: Em Busca da Justiça’ é o primeiro relatório global da ONU Mulheres. Oferece uma revisão integral e global sobre os direitos jurídicos das mulheres em todo o mundo em relação a temas que vão desde a violência doméstica, igualdade salarial até a representação política e o acesso à justiça nas situações de pós-conflito.

Seis de cada dez empregos

com a Copa serão em MPE

Brasília - De cada dez empregos que devem ser gerados em função da Copa do Mundo de 2014, seis estarão em micro e pequenos negócios, segundo estimativa apresentada pelo presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, nesta quinta-feira (7), durante o Encontro Sebrae de Negócios-Oportunidades para 2014, realizado em Brasília. Considerando uma estimativa de 700 mil empregos diretos e indiretos em todo o país até 2014, 420 mil estariam no quadro de funcionários de pequenos negócios. Mas, para que essa previsão se concretize, é preciso investir na preparação dos empresários. Esse é o objetivo de uma série de encontros que serão realizados até o dia 30 de agosto. O circuito de 12 seminários integra mais uma etapa do Programa Sebrae 2014, que pretende discutir as oportunidades de negócios geradas por ocasião da Copa do Mundo, identificar os requisitos e estratégias necessários para alcançá-las, além de promover a capacitação dos pequenos empresários. O primeiro encontro foi realizado no Rio de Janeiro e o último será em Manaus.

Os seminários, segundo Luiz Barretto, marcam o início de uma jornada de preparação para que as micro e pequenas empresas possam aproveitar as oportunidades e gerar emprego e renda. “Temos de trabalhar para que a gente tenha um legado, com empresas com mais musculatura, maior longevidade e que possam crescer. Não queremos que a micro e pequena empresa fique sempre pequena”, afirma. Durante o seminário, que será realizado até o fim do dia, será apresentado o Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, que identificou 539 oportunidades de negócios na capital federal. A expectativa, segundo o estudo, é que sejam criados no Distrito Federal 2.695 novas empresas e gerados 8.085 empregos. “O crescimento de oportunidades e negócios será irreversível. É uma exposição muito grande para a capital federal do ponto de vista do turismo, que trará muitos benefícios”, afirma o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

Como exemplo de legado, o governador citou as obras do estádio Mané Garrincha, que, segundo ele, transformarão o local em um centro para eventos de negócios ou em uma arena artística. O governador citou ainda que serão realizados investimentos em obras de infraestrutura de mobilidade, no aeroporto e no setor de hotelaria. Durante a abertura do seminário, o Sebrae firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Esporte com o objetivo de identificar as oportunidades que serão geradas pela Copa do Mundo. Ao Sebrae caberá identificar as possibilidades de negócios que podem ser aproveitadas pelos empresários de pequeno porte. “Vamos aproveitar a experiência do Sebrae em gestão e estimular a participação das micro e pequenas empresas nos negócios que serão gerados ela Copa. Essa parceria vai nos ajudar muito”, explica o ministro do Esporte, Orlando Silva Junior.

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