Sem tirar promessas de campanha do papel, gestão Dilma mostra paralisia e incompetência

Os deputados César Colnago (ES) e William Dib (SP) criticaram nesta quinta-feira (28) a inoperância do governo federal para colocar em prática várias promessas feitas por Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. Os tucanos cobraram a execução de compromissos assumidos pela petista em seu discurso de posse, como a instalação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as praças do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Como alerta o jornal “O Estado de S.Paulo”, as 500 novas UPAs, que deveriam garantir atendimento médico 24 horas por dia à população, não registraram nem compromisso de gasto, o chamado “empenho” de verbas. Já as chamadas Praças do PAC, espaços integrados de esporte, cultura, lazer e prestação de serviços públicos, também estão paradas. No seu governo, a “mãe do PAC” cuidou mal de seu filho e não conseguiu sequer fazer um balanço público do andamento do programa ao longo do primeiro semestre.

Para os deputados, a capacidade de gestão e de resultados de Dilma é muito baixa, ao contrário da imagem de gestora competente vendida durante a disputa eleitoral. Enquanto várias das ações não saíam do papel, a presidente consumia a maior parte do seu tempo no primeiro semestre administrando sucessivas crises políticas provocadas por denúncias de corrupção e disputas de poder na Esplanada.

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Veja a lista de promessas da petista e o discurso de posse para comprovar a distância entre as promessas e o que foi efetivamente realizado até agora.

César Colnago disse que a presidente fez da campanha eleitoral um festival de promessas e iludiu a população. Segundo ele, há uma distância imensa entre o discurso de 2010 e as ações adotadas até agora. “Infelizmente estamos assistindo a um governo sem rumo e sem projeto para o Brasil, que falou muito e prometeu demais. No entanto, as coisas não saem do discurso para a prática. Não se realizou nada na saúde, na segurança pública e em tantas outras áreas. Isso é lamentável porque a população é enganada”, reprovou.

William Dib vê o quadro de paralisia com preocupação e tristeza. “Esse é um exemplo grande de inoperância do governo, que está totalmente paralisado, não investe e não cumpre o que falou durante a campanha. Além disso, interrompeu obras e anestesiou a saúde pública. Isso é uma incoerência e falta de vontade com os mais pobres, que são os que mais precisam das UPAs”, condenou.

Política de combate ao crack ainda em “estudo”

Os tucanos condenaram também a lentidão do Planalto no combate ao crack. Outra promessa da campanha eleitoral, o atendimento às vítimas da droga ainda está em estudo no Ministério da Saúde. A pasta promete criar este ano uma rede nacional destinada ao usuário de crack e outras drogas, de acordo com o “O Globo”.

Na avaliação dos tucanos, o problema do crack é gravíssimo, pois engloba as áreas de saúde e de segurança pública. “A nossa juventude precisa desse serviço. A questão é muito grave porque mexe com vidas e, principalmente, com a população mais jovem. Este é um governo de discurso e de ficção, e não uma gestão eficiente, de resultados, que atua para amenizar o sofrimento da nossa população”, apontou Colnago.

De acordo com Dib, que é integrante da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às drogas da Câmara, o Brasil é apontado no exterior como o novo país na rota das substâncias ilícitas. “A droga é uma pandemia que atinge todos os estados. A operação da segurança pública nas fronteiras e nas cidades é cada vez menor. Nada é feito na prevenção e no cuidado ao doente pelo governo, enquanto outras instituições estão preparadas para tirar da rua, tratar o viciado e tentar recuperá-lo”, afirmou.

Milhões de reais parados no Orçamento

→ O Orçamento da União de 2011 autoriza gastos de R$ 212,5 milhões nas UPAs. Já o início da instalação das Praças do PAC conta com R$ 170 milhões no Orçamento deste ano, dinheiro intocado até agora.

→ Outros projetos destacados na campanha, como a implantação de postos de polícia comunitária, também estão parados. Seriam criados 2,8 mil unidades desse tipo durante o mandato, segundo a promessa eleitoral. O dinheiro previsto para começar a construir 8 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) tampouco foi liberado. No Orçamento deste ano, as autorizações de gastos para os dois projetos alcançaram R$ 350 milhões e R$ 480,2 milhões, respectivamente.

Proposta por Dilma, a rede de atendimento aos consumidores de crack faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e a outras Drogas, lançado em maio de 2010 pelo então presidente Lula. Em um ano e dois meses, a ação pouco avançou. O plano destinou R$ 410 milhões para vários ministérios.



ONG lançará campanha contra

preconceito às pessoas vivendo

com HIV/Aids, no Recife

Conscientizar a sociedade e minimizar o preconceito e a discriminação às pessoas vivendo com HIV/Aids é o objetivo da campanha que a ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) lançará hoje, no Recife. O evento, que conta com o apoio da The International Exchange (TIE) e da Agência Experimental da AESO (Inata), acontecerá na Casa da Cultura, no Centro do Recife.

"Como você gostaria de ser tratado se tivesse HIV? Trate as pessoas do jeito que você gostaria de ser tratado” é o slogan da campanha que terá em seu lançamento as intervenções teatrais do Grupo Teatro "Turma da Prevenção”. Além disso, a campanha circulará em produtos pelas ruas, como adesivos para espelhos, panfletos, cartazes, outbus e nas redes sociais da instituição, com o objetivo de sensibilizar a população da capital, região metropolitana e interior do Estado sobre um melhor acolhimento às pessoas vivendo com HIV e Aids.