quarta-feira, 1 de agosto de 2012




Falta responsabilidade

Desde fevereiro deste ano, os moradores da Rua Jailton Priston Figueira, antiga Rua do Abacate, III Etapa, em Rio Doce, Olinda convivem com buracos e esgotos estourados na entrada principal com a Avenida das Garças. As residências ficaram prejudicadas com o refluxo dos esgotos e a comunidade encaminhou pedidos e reclamações, através dos veículos de comunicação e da Associação de Moradores. A denúncia é do jornalista Chico Carlos que afirma: “Apareceram salvadores da pátria e amigos do “rei”. Cada um disse o que queria, mas, o problema continuou. Funcionários da Prefeitura de Olinda e da Compesa estiveram na via e prometeram resolver o problema. Todavia, nada mudou. Os buracos continuam tirando a paciência dos motoristas e pedestres. O descaso e a omissão ferem a dignidade de cidadãos que pagam tributos, taxas e impostos. Até quando vamos esperar? Não há luz no fim do túnel?Antes ou depois das eleições municipais? Enquanto isso, os moradores precisam transitar pela rua e sentem dificuldades devido ao enorme buraco.

Judeus - O Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco inaugurou, no térreo do Museu Sinagoga Kahal Zur Israel, uma biblioteca, aberta a pesquisadores e curiosos, sobre a história dos judeus no Nordeste, no Brasil e no mundo, com cerca de 800 títulos, além do Banco de Informações Bibliográficas, com mais de 200 autores nacionais e estrangeiros. Qualquer pessoa, universidade e escola podem visitá-la, agendando pelos telefones 3224.2128 ou 3224.8351, de terça a quinta, das 13h às 16h40.



Usuários prejudicados

Kaio Alves reclama que, desde sábado, os ônibus das linhas Curado II/ Caxangá e Curado I/ Werneck, nos sentidos daqueles bairros, estão fazendo retorno na Praça da Chesf. “Sair da entrada do Totó até a Chesf e, depois voltar para aqueles bairros, prejudicou os usuários. O percurso ficou longo demais. Esperamos que o Consórcio Grande Recife ache um percurso novo e mais rápido para oferecer mais conforto e agilidade aos passageiros”, explica Alves



Prevenir a violência

Aguinaldo Fenelon, procurador-geral, afirma: “Segurança pública também é responsabilidade dos municípios”. E recomenda que as prefeituras melhorem a iluminação pública, instalem câmeras efortaleçam a guarda municipal.



Farmácia

Marcos Palito lamenta o fechamento da Farmácia do Lafepe, em Casa Amarela, ontem. “O dono do imóvel não renovou o contrato e a diretoria do Lafepe informou aos funcionários que não tem interesse de procurar outro ponto”, diz Palito.



Governador

Palito acrescenta: “Apelamos ao governador para que não permita este descaso com mais de 400 mil habitantes de Casa Amarela. As farmácias de Dois Irmãos e do Centro do Recife ficam longe, o que aumenta as despesas com ônibus”.



Gestão - A Faculdade Estácio do Recife abriu vagas para cursos de Gestão em RH, Gestão Financeira e Logística, com duração de dois anos e foco no mercado de trabalho. Informações: 3226-8800 e www.estacio.br.


Sintepe - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realiza, hoje, às 14h, no Teatro da Boa Vista,assembleia geral para apresentar as diretrizes da campanha salarial e a agenda de atividades 2012.

Pais - O presidente da Associação Pernambucana de Servidores do Estado (Apse), Manoel de Moura, comanda, domingo, na sede em Candeias, às 9h, a festa e o show (com Augusto César) em homenagem aos pais. Tel. 3469-9265.


Esgoto - A Compesa consertou o esgoto da Avenida Colibri, esquina com a Rua 121, Maranguape I, em Paulista, desobstruindo o trecho da rede coletora que apresentava problema.





Um tiro na nuca da nação

Guilherme Fiuza
21 Jul 2012

Carlinhos Cachoeira disse que vai à CPI quando quiser, porque a CPI é dele.

Quase simultaneamente, um dos agentes federais que o investigaram é executado num cemitério,enquanto visitava o túmulo dos pais. Al Pacino e Marlon Brando não precisam entrar em cena para o país entender que há uma gangue atentando contra o Estado brasileiro. Em qualquer lugar supostamente civilizado, os dois tiros profissionais na nuca e na têmpora do policial Wilton Tapajós poriam sob suspeita, imediatamente, os investigados pela Operação Monte Carlo - alvos do agente assassinado.

Mas no Brasil progressista é diferente.O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se pronunciou sobre o crime.
Declarou que "é leviano" fazer qualquer ligação entre a execução do policial federal e a operação da qual ele fazia parte. E mais não disse. Tapajós foi enterrado no lugar onde foi morto. Se fosse filme de máfia,iam dizer que esses roteiristas exageram.

No enterro, alguém de bom-senso poderia ter soprado ao ouvido do ministro: dizer que é leviano suspeitar dos investigados pela vítima, excelência, é uma leviandade.
Mas ninguém fez isso, e nem poderia. O ministro da Justiça não foi ao enterro.Wilton Tapajós era subordinado ao seu ministério, atuava na principal investigação da Polícia Federal e foi executado em plena capital da República, mas José Eduardo Cardozo devia estar com a agenda cheia. (Talvez seja mais fácil desvendar o crime do que a agenda do ministro.)

Por outro lado, o advogado de Cachoeira, investigado pelo agente assassinado,é antecessor de Cardozo no cargo de xerife do governo popular. Seria leviano contrariar o companheiro Thomaz Bastos. Assim como o consultor Fernando Pimentel (ministro vegetativo do Desenvolvimento)
e Fernando Haddad (o príncipe do Enem), Cardozo é militante político de Dilma Rousseff e ministro nas horas vagas.
O projeto de permanência petista no poder é a prioridade de todos eles, daí os resultados nulos de suas pastas.
Cardozo anunciara que ia se aposentar da política, e em seguida virou ministro.


Lançou então seu ambicioso plano de espalhar UPPs pelo país e se aposentou (da função de cumpri-lo).Deixou de lado o abacaxi do plano nacional de segurança, que não dá voto a ninguém, e foi fazer política, que ninguém é de ferro. Para bater boca com a oposição e acusá-la de politizar a operação da PF, por exemplo,o ministro não se sente leviano.Carlinhos Cachoeira era comparsa da Delta, a construtora queridinha do PAC. O bicheiro mandava e desmandava no Dnit,órgão que, além de acobertar as jogadas da Delta, intermediava doações para campanhas políticas, segundo seu ex-diretor Luiz Antonio Pagot. Entre essas campanhas estava a de Dilma Rousseff, da qual Cardozo fazia parte. O policial federal assassinado estava entre os homens que começaram a desmontar o esquema Cachoeira-Delta,e seus tentáculos palacianos.

O mínimo que qualquer autoridade responsável deveria dizer é que um caçador da máfia foi eliminado de forma mafiosa.
Mas o falante ministro da Justiça preferiu ficar neutro,
como se a vítima fosse o sorveteiro da esquina. Haja neutralidade.Montar golpes contra o Estado brasileiro é, cada vez mais, um crime que compensa. Especialmente se o golpe é montado dentro do próprio Estado, com os padrinhos certos. Exemplo: às vésperas do julgamento do mensalão, um conhecido agente do valerioduto acaba de ser inocentado, candidamente, à luz do dia.Graças a uma providencial decisão do Tribunal de Contas da União - contrariando parecer técnico anterior do próprio TCU -,Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que permitiu repasses milionários à agência de Marcos Valério, não deve mais nada a ninguém.

Os famosos contratos fantasmas de publicidade, que permitiram o escoamento sistemático de dinheiro público para o caixa do PT, acabam de ser, por assim dizer, legalizados.
Nesse ritmo, o Brasil ainda descobrirá que Lula tinha razão:
o mensalão não existiu (e Marcos Valério se sacrificou por este país). O melhor de tudo é que uma lavagem de reputação como essa acontece tranquilamente, sem nem uma vaia da arquibancada. No mesmo embalo ético, Delúbio Soares já mandou seu advogado gritar que ele é inocente e jamais subornou ninguém. O máximo que fez foi operar um pouquinho no caixa dois, o que, como já declarou o próprio Lula, todo mundo faz.

Nesse clima geral de compreensão e tolerância,o ministro do Supremo Tribunal Federal que passou a vida advogando para o PTjá dá sinais de que não vai se declarar impedido de julgar o mensalão. O Brasil progressista há de confiar no seu voto.Esses ventos indulgentes naturalmente batem na cela de Cachoeira, que se enche de otimismo e fala grosso com a CPI.
Se o esquema de Marcos Valério está repleto de inocentes, seria leviano deixar o bicheiro de fora dessa festa.
GUILHERME FIUZA é jornalista.


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