terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Parabólica







Linhas, mercados e galerias

O Grande Recife esclarece que as linhas, que atendem as comunidades do Cabo, foram inseridas no Sistema Estrutural Integrado a partir do TI Cabo e TI Cajueiro Seco, onde centenas de deslocamentos podem ser alcançados. Especificamente para a comunidade da Cohab, já existe a possibilidade de integração com o TI Cabo através da Linha 119 – Circular/TI Cabo, que passa na Cohab. Com relação à queixa do leitor e ex-candidato a vereador Henrique Lotto, a Prefeitura de Paulista diz que será feito um levantamento da situação dos mercados públicos. A primeira ação foi disciplinar o comércio informal da área central. O prefeito também tem, como promessa de campanha, revitalizar o Mercado de Paratibe, que é um dos maiores da cidade. Por sua vez, a Emlurbb, em resposta à nota “Descaso na Várzea”, informa que, dentro das ações de manutenção e limpeza, que está executando, vai realizar, hoje, a desobstrução de galeria, na Rua Mário Campelo, na Várzea. E a Compesa já desobstruiu a rede coletora de esgoto, na Rua 1º. de Março, no Centro do Recife.



Ônibus: O tenente-coronel da PMPE, Moura, diz o seguinte: “Estão preocupados com as saídas de emergências das casas de shows e entendo a preocupação. Porém, já pensaram nas saídas de emergências dos ônibus. Nunca houve uma fiscalização. Será que os empresários permitirão uma fiscalização? Imaginem um ônibus lotado, com mais de cem passageiros, pegando fogo, na Av. Agamenon Magalhães. Quem será o culpado? O motorista? O Pato Donald? As autoridades públicas? Peter Pan? Delúbio Soares?”



Lixo e cavalos





O leitor Fernando Melo, autor da foto, afirma que “o serviço de coleta de lixo existe, mas a população insiste em jogar resíduos, na frente da Clínica de Fisioterapia, de Igarassu, na Rua Salatiel Fruto de Macedo, no Centro. Assim que o caminhão recolhe o lixo, pessoas sem educação voltam a despejar sujeira no local que vem se acumulando e proliferando ratos e insetos. Até cavalos, soltos nas ruas, andam se alimentando do lixo”.



Construção ilegal?

Leitor quer saber da Dircon como anda o Processo de nº 07074512 13 da construção irregular, na Rua Crucilândia, em Afogados. Diz que a 5ª Regional não atende os telefones e nem sabe informar nada. E já estão fazendo um segundo andar.


Buracos

Um trecho da Ra Augusto Lins e Silva, perto do Restaurante Paranoia, em Boa Viagem, está cheio de buracos e prejudicando pedestres e motoristas. Os moradores reclamam que esta situação perdura, há alguns meses, e sem solução.



Sangue

Com o Rei e a Rainha do Carnaval e os blocos líricos, o Hemope dá continuidade, hoje, às 9h, à sua Campanha de Doação de Sangue para o período de Momo. As doações podem ser feitas, até sexta-feira, na sede do Hemope, nas Graças.



Teatro - O SESC de Santa Rita abriu inscrições para os Cursos de Iniciação ao Teatro e Intermediário de Teatro, ministrados pela arte educadora Célia Cardoso. Informações: 3224.7577.


Cuidadores - O Instituto de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco (IGGPE) e a Associação Médica de Pernambuco promovem, em março, o Curso de Cuidadores de Idosos. Informações: 3423-5473/3457.



Malha - O Bloco Malha Fina sai, amanhã, às 17h30, do lado da Delegacia da Receita Federal, no Bairro do Recife. Camisa à venda - R$ 20,00 - no térreo da DRF. Tels: 9977. 1039, 8729. 8661 e 9299 .8580.



FOCCA - Amanhã, às 21h, na Rua do Bonfim, início do desfile do Bloco Carnavalesco FOCCA que, há 13 anos, percorre as ladeiras de Olinda, com professores, alunos e funcionários da Faculdade de Olinda. Camisa: R$ 10,00 - Tel: 3429.3696.




Renan: Texto de Tereza Collor


... "Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h, por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas! Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a digladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.

Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não
mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.

Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito. Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento de vencedor.
Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto,
todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei."

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: "A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!"

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço!
Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US$ 1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha - e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje ospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?
Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?
No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira.
Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan.

Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..

E SÓ.

Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!
Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000.

Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhoes, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?.

Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!

Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara. Os alagoanos agradecem.

Thereza Collor

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