terça-feira, 9 de julho de 2013

Parabólica

 
 Que Cultura, Olinda merece? 
 
A Conferência Municipal de Cultura de Olinda, realizada no final de semana, não tinha nada de cultura. Para se ter uma ideia do tamanho absurdo, estavam ausentes os artesãos, os representantes da Liga dos Bonecos Gigantes, da Associação Carnavalesca e tantos outros que fazem Cultura, o ano todo, na Cidade Patrimônio da Humanidade. Segundo o vereador Arlindo Siqueira (PSL), que foi à abertura do evento, no Centro de Convenções de Pernambuco, o que mais tinha eram dirigentes e assessores das secretarias de Obras, Controle Urbano, Direitos Humanos e Educação. O próprio Arlindo, que é o presidente da Comissão de Cultura e Patrimônio Histórico da Câmara de Vereadores, foi ignorado: não foi convidado para fazer parte da mesa de abertura dos trabalhos. A Prefeitura de Olinda preferiu convidar no seu lugar um vereador do PCdoB (Fernando de Mãe Jane), que não tem nada a ver com o segmento, mas é do mesmo partido do prefeito Renildo Calheiros. “É essa a política de Cultura que Olinda quer e merece?”, ironiza Siqueira.
 
 
Teatro - A Prefeitura de Paulista esclareceà classe artística que a cessão do anexo do Teatro Paulo Freire ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não foi feita pelo atual prefeito Júnior Matuto, mas pela gestão passada. Matuto, por sua vez, tentou desfazer o processo, mas não foi possível. Mas, trabalha para que a ocupação seja provisória e procura um terreno para o TRE construir as suas instalações. E que o prefeito busca captar recursos para novas intervenções na estrutura do Paulo Freire.

 
Caindo aos pedaços     
 
 
 
Vários leitores denunciam o estado de calamidade pública em que se encontra o Mercado de Cavaleiro (foto), em Jaboatão. Além da sua estrutura está caindo aos pedaços, os donos dos boxes e os clientes convivem com lixo e fezes de cães e de gatos por todos os cantos. “O mercado está parecendo uma ‘maternidade’ de gatos e cachorros. Prefeito Elias Gomes, tome providências, por  favor”, pede um comerciante.
 
 
Urgência que não é...
 
Leitora está indignada com o Hospital São Marcos, pois ficou mais de duas horas esperando atendimento de urgência para ortopedia. E a recepcionista respondeu que não sabia quem era o médico de plantão e que tinha que aguardar.
 
 
 
...urgente
 
“E que não tinham previsão para me atender. Você procura uma urgência e ainda tem que aguardar sem saber nem a hora de ser  atendida. Fica o alerta para a irresponsabilidade e a falta de respeito pelos pacientes”, reclama a cidadã.
 
 
Assaltos
 
Toda semana, o comércio e as pessoas, que moram em San Martin, estão sendo assaltadas e, até, à luz do dia. A denúncia é da leitora Marília Ramos que, indignada, pede mais segurança para o bairro à Secretaria de Defesa Social.
 
 
 
Vestibular- A Faculdade Esuda abriu inscrições do Vestibular de Graduação em Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis ou Econômicas e Psicologia. Tel: 3412.4250 e www.esuda.com.br.
 
 
Cabo - Diversas localidades do Cabo festejam, hoje, com shows e ações sociais e esportivas, os 136 anos da emancipação política da cidade. Hoje, tem as bandas Kitara e Musa, e os eventos são abertos ao público.
 
Acidentes - Abertas inscrições para a palestra “Como prevenir acidentes domésticos”, que o Hospital Memorial Guararapes promoverá, de graça, no dia 27, o Dia Nacional de Prevenção a Acidentes do Trabalho. Tel: (81) 3461-5300 e www.hmgpe.org.
 
 
Artesanato - Até o dia 24, no Shopping Guararapes, a Feira de Artesanato do Instituto Monã, organização sem fins lucrativos da área socioambiental. São trabalhos de 12 artesãos do Estado e apoio do Instituto Peró.
 
 
 
 
   CASA DA PADROEIRA DO RECIFE

 

 Leonardo Dantas Silva

 

A basílica de Nossa Senhora do Carmo do Recife tem a sua construção iniciada no final do século XVII, segundo informa José Antônio Gonsalves de Mello, que situa o ano de 1696 como sendo onze ou doze anos do início das obras: a igreja estava com algum adiantamento, pois aos 24 de abril desse ano estavam concluídos os serviços da capela-mor e de parte da Capela do Santíssimo Sacramento, esta última, objeto de instrumento de doação em favor dos irmãos da recém-criada Ordem Terceira do Carmo...1 À frente dos trabalhos continuava Antônio Fernandes de Matos, que veio a falecer em 1701. As obras, porém, arrastaram-se até 1767, data inscrita em um medalhão, no seu frontispício, abaixo do nicho da padroeira. O templo possui três capelas e seis altares, cada um com arquitetura particular e distinta, com ornamentação de talha, e todos de branco e ouro. O interior da basílica é de grande riqueza artística, com as colunas salomônicas da balaustrada torneadas em jacarandá, o mesmo acontecendo com as tribunas, as grades do coro, os altares laterais e o arco cruzeiro, que obedecem ao estilo D. João V. A capela-mor profunda, em estilo rocaille, toda em talha e dourada com desenhos acânticos e nervuras, é obra de cerca de 1780, possuindo, desde o século XIX, uma abóbada ogival geminada, da altura da cornija da nave, com óculos abertos para o exterior, através dos quais penetram os raios do sol. O seu altar principal, totalmente revestido por talha dourada, é dominado pela imagem, em tamanho natural, da Virgem do Carmo, co-padroeira da cidade do Recife (1909), cercada por anjos e ladeada pelas imagens dos profetas Elias (com o jarro) e Eliseu (com uma espada e uma igreja).

 

 

 

 

 A imagem da Virgem do Monte Carmelo, segundo a tradição, teria vindo de Portugal para Pernambuco anos antes da invasão holandesa (1630). No coro superior, destaque para a estante e a imagem do Cristo Crucificado, em singular anatomia, bem como para o conjunto das imagens dos seis altares e das duas capelas laterais. Muito especialmente para as imagens de Nossa Senhora da Assunção (cercada por querubins esculpidos em sua base e pintados no painel de fundo) e São Domingos (ostentando notável movimento e panejamento barroco). O teto possui um painel de autoria presumível a João de Deus e Sepúlveda, no qual aparece “Elias subindo aos céus no seu carro de fogo”, recuperado pelo restaurador José Ferrão Castelo Branco em 1973. O seu frontispício, onde predominam singulares esculturas em arenito, é um dos mais belos do Recife, possuindo uma única e harmoniosa torre. Vale também uma visita ao tesouro da igreja, onde se encontram o Relicário do Sagrado Coração, a Grande Custódia, em prata dourada, e as joias da Virgem com sua coroa pesando seis quilos de ouro fino, incrustada com brilhantes, pérolas, rubis e outras pedrarias, obra da Ourivesaria Barreto, da Rua da Concórdia. A entrada do convento destaca-se por sua rica moldura de cantaria, entalhada com brasões seiscentistas em alto-relevo, que antecede a sala da portaria, na qual se encontra a imagem do Cristo na Coluna, estando suas paredes revestidas por painéis de azulejos portugueses com cenas da paixão. Na entrada da basílica, uma pia de água benta em mármore de Estremoz e duas enormes lápides no mesmo material, finamente trabalhadas, chamam a atenção. A lápide da direita é encimada por escudos e armas – do papa, da Ordem Carmelita, do Estado de Pernambuco e da cidade do Recife –, a da esquerda, traz na sua moldura elementos diversos.

 

 

Ambas assinalam duas efemérides da maior importância para este templo recifense. A primeira refere-se à data de 16 de julho de 1908, ocasião em que o papa Pio X (1903-1914), atendendo ao pedido do povo do Recife, declara Nossa Senhora do Carmo “co-padroeira desta cidade”. Nesta ocasião, a sua igreja passou a gozar dos foros de agregada da basílica do Vaticano “e assim figuram suas próprias insígnias e armas sobre a porta principal do templo”. Em 1920, coube ao papa Benedito XV “honrar este templo dedicado à bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, com a dignidade e título de Basílica Menor, no dia 16 de julho de 1920”. A sagração solene, presidida pelo bispo Miguel de Lima Valverde, só veio a acontecer na festa da padroeira de 16 de julho de 1922. A solenidade de coroação de Nossa Senhora do Carmo, ocorrida em 16 de julho de 1920, encontra-se documentada em magnífico painel pintado por Henrique Moser, no qual aparecem as figuras dos bispos celebrantes, D. Jerônimo Tomé da Silva e D. Sebastião Leme. No Convento do Carmo viveu e encontra-se sepultado, em local não determinado, frei Joaquim do Amor Divino Caneca, militante da Revolução de 1817 e mártir da Confederação do Equador (1824). Nascido no Recife, em agosto de 1779, Joaquim do Amor Divino Rabelo entrou para o convento carmelita de sua cidade em 1796, substituindo o seu último nome pelo de Caneca. Ordenando-se em 1801, notabilizou-se pelos seus conhecimentos de Retórica e Geometria, Direito, Filosofia Racional e Moral, com incursões nos estudos da mecânica e cálculo matemático. Foi membro da Academia do Paraíso, com participação inflamada no movimento que instalou a República em Pernambuco, em seis de março de 1817, tendo sido levado preso aos cárceres da Bahia, onde escrevia versos. Não posso cantar meus males Nem a mim mesmo em segredo; É tão cruel o meu fado, Que até de mim tenho medo. Decretada a anistia pelas Cortes Portuguesas, em 1821, voltou frei Caneca ao Recife e, após a dissolução da Constituinte pelo imperador Pedro I, resolveu fundar o Typhis Pernambucano, principal divulgador das ideias liberais que viriam a ser propugnadas pela Confederação do Equador (1824). O jornal circulou entre 25 de dezembro de 1823 e 12 de agosto do ano seguinte, tendo sido impressas 29 edições.

 

 

 

 A Confederação do Equador, movimento separatista de caráter republicano promulgado em dois de julho de 1824, logo veio a sofrer a repressão das tropas imperiais. Como seu principal ideólogo, frei Caneca foi preso e depois condenado à morte na forca, com sua execução marcada para a manhã de 13 de janeiro de 1825. Na prisão escreveu versos, despediu-se dos amigos e das suas filhas, marchando sereno para o patíbulo. O Cabido Diocesano negou-se a desautorar suas ordens e os carrascos abstiveram-se na execução das ordens. Diante de tal impasse foi a pena transformada em execução por espingardeamento, o que aconteceu no Largo das Cinco Pontas, “por não haver réu que se prestasse a garroteá-lo”. Quem passa a vida que eu passo, Não deve a morte temer; Com a morte não se assusta Quem está sempre a morrer. O Convento do Carmo do Recife encontra-se também ligado à vida histórico-cultural da cidade, podendo ser chamado de a Casa das Muitas Histórias. Em seus salões foram instalados e funcionaram por algum tempo o primeiro Hospital Militar (1817), com a primeira aula de anatomia dirigida pelo oficial médico José Eustáquio Gomes; o Liceu Provincial, hoje Ginásio Pernambucano (1825); a Sociedade de Medicina de Pernambuco (1841); a Biblioteca Provincial (1852) e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (1862). No dia 16 de julho, feriado municipal no Recife, os devotos da Virgem do Carmelo comemoram com grande festa o dia da co-padroeira da cidade do Recife, geralmente antecedido de concorrido novenário. A devoção a Nossa Senhora do Carmo é uma constante na vida pernambucana, como bem se comprova em uma parte considerável da população recifense que ostenta no pescoço o seu escapulário, como nos faz recordar o poeta João Cabral de Melo Neto. Que, se milagres não fazes, pelas terras desse céu, este escritor recifense, sem porquês, segue-te fiel. O conjunto encontra-se inscrito como Monumento Nacional no livro das Belas Artes v. 1, sob o n.º 218, em 5 de outubro de 1938; Histórico v. 1, n.º 107, em 5 de outubro de 1938 (Processo n.º 148-T/38). http://geleiageneral.blogspot.com



Prefeitura dá mais um passo para
criação do Conselho da Cidade

 

         A Prefeitura do Recife instituiu, nesta segunda-feira (8), a comissão que terá o objetivo de elaborar o de Projeto de Lei municipal que vai criar o Conselho da Cidade do Recife. Ao total, 45 membros irão compor a comissão tendo representação do poder público; de movimentos populares e sociais; de entidades e instituições profissionais; dos sindicatos e de organizações não governamentais. O trabalho será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife.

         O Conselho da Cidade será a instância responsável pela discussão e acompanhamento das políticas públicas relacionadas com o espaço urbano com foco na melhoria da qualidade de vida na capital pernambucana. O conselho será composto por comitês nas seguintes áreas: habitação, saneamento ambiental, transporte, mobilidade e acessibilidade, planejamento e gestão territorial.

          A comissão, cuja criação é um desdobramento das deliberações da 5ª Conferência Municipal da Cidade, ocorrida entre os dias 24 e 26 de maio, terá o prazo de 90 dias para elaborar o texto. Com a conclusão desta etapa do trabalho, o documento será encaminhado para avaliação do prefeito Geraldo Julio, e, posteriormente, enviado à Câmara de Vereadores para apreciação. A proposta deverá conter a estrutura, funcionamento e atribuições da plenária do Conselho e suas câmaras temáticas, além de considerar as resoluções da Conferência.

CONFERÊNCIA - A Conferência da Cidade teve o objetivo de fomentar a discussão sobre assuntos relacionados à Política e Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano; assim como dos critérios e parâmetros para o planejamento da cidade, com destaque para o Projeto “Recife 500 Anos”. O relatório final com os resultados da conferência está disponível no site:http://conferenciadacidade.recife.pe.gov.br/

Recife 500 Anos - O Projeto Recife 500 Anos compreenderá uma série de propostas que já começam a ser desenhadas preparando a cidade para os próximos 24 anos, quando o Município completará cinco séculos de existência. As ações com execuções de médio e longo prazos objetivam, sobretudo, atuações que privilegiarão a inovação e a sustentabilidade. A construção do Recife 500 Anos se dará a partir de debates plurais envolvendo a população e os diversos segmentos da sociedade e a 5ª Conferência da Cidade foi o primeiro passo desta caminhada sendo hoje suas deliberações insumos para o trabalho que já se inicia.



Confira os órgãos e entidades que têm acento no Conselho:

Segmento I: Gestores, Administradores Públicos e Legislativo Municipal
- Secretarias Municipais de Desenvolvimento e Planejamento Urbano; de Mobilidade e Controle Urbano; de Habitação; de Finanças; de Infraestrutura e Serviços Urbanos; de Assuntos Jurídicos; de Saneamento;

- Instituto Engenheiro Pelópidas Silveira;

- Empresa de Urbanização do Recife (URB);

- Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB);

- Fórum do Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social (PREZEIS);

- Câmara Municipal do Recife;

- Secretaria das Cidades do Governo de Pernambuco;

- Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe/Fidem)

- Grande Recife Consórcio de Transporte;

- Caixa Econômica Federal;

- Secretaria de Patrimônio da União;

- Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).



Segmento II: Movimentos Sociais e Populares

- Federação das Associações dos Moradores de Núcleo de Cohab e Similares do Estado de Pernambuco;

- Movimento Sem Teto Imbiribeira;

- Movimento Negro Unificado;

- Federação das Entidades Comunitárias do Ibura/Jordão;

- Grupo Direitos Urbanos;

- Coletivo Luta Comunitária;

- Organização de Luta de Moradia Popular;

- Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa;

- Movimento da Luta Popular e Comunitária de Pernambuco;

- Movimento da Luta nos Bairros;

- Movimento de Luta pelo Teto;



Segmento III: Trabalhadores por suas Entidades Sociais

- Sindicato dos Engenheiros do Estado de Pernambuco;

- Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Hotéis, Flats, Pensões, Motéis, Pousadas, Apart-hotéis e similares, Restaurantes, Bares, Boates, Lanchonetes e similares de Recife e Região no Estado de Pernambuco;

- Central Força Sindical de Pernambuco;

- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife;



Segmento IV: Empresários Relacionados à Produção e ao Financiamento do Desenvolvimento Urbano

- Associação das Empresas do Mercado Imobiliário;

- Associação Brasileira da Indústria de Hotéis;

- Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (SINDUSCON);

- Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Recife);



Segmento V: Entidades Profissionais, Acadêmicas e de Pesquisa e Conselhos Profissionais

- Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE);

- Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco;

- Instituto de Arquitetos do Brasil;

- Mestrado em Desenvolvimento Urbano;



Segmento IV: Organizações Não Governamentais

- Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social;

- Diaconia;

- Grupo de Mulheres Cidadania Feminina;

- Habitat para a Humanidade Brasil.

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