Parabólica
Teatro da Vida:
Amor irracional?
Animais sim, irracionais,
nem tanto. Assim, poderíamos definir o idílio presenciado por várias pessoas,
numa certa sexta-feira, ao pôr do sol, no Bairro do Recife. Um casal de pombos,
postados numa das marquises do Edifício Canavial, defronte aqui da Folha, na Rua Vigário Tenório,
protagonizou tórridas cenas de paixão. Dignas dos melodramas globais em horário
nobre, as aves empolgaram os privilegiados espectadores. O macho, após o ritual
de dar voltas ao redor da fêmea para cortejá-la, completou a cópula. Em
seguida, roubaram a ternura típica de nós, animais racionais, tanto eram as
bicadas (seriam beijos, ao modo deles?) que levantaram o entusiasmo da plateia
e desmentiram o jargão de que dois bicudos não se beijam. O amor demonstrado
pelos pombinhos, símbolo também dos namorados, leva-nos a uma reflexão em
tempos de desamor e de violência. É preciso amar sempre, pois, só assim, nos
sentiremos mais humanos.
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